Publicação de Luiz Morcelli

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Petrobras prevê plano de investimentos em energia de US$ 11,5 bilhões e defende exploração na Margem Equatorial para impulsionar desenvolvimento e transição energética. O diretor-executivo de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, afirmou que a estatal tem dedicados US$ 11,5 bilhões em investimentos em energias renováveis. Em apresentação no Brazil-US Climate Impact Summit 2024, promovido pelo Valor e pela Amcham na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Tolmasquim destacou que a empresa já reduziu em 40% suas emissões absolutas de gases de efeito estufa e em 70% suas emissões de gás metano. A empresa destinará 11% de seus investimentos para a transição energética. Segundo ele, esses montantes são três vezes maiores que as emissões da aviação doméstica brasileira. Tolmasquim, que já foi presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelo planejamento do setor no Brasil, destacou que a meta de limitar em 1,5ºC o aumento da temperatura implica em reduzir anualmente em 7% as emissões de gases de efeito estufa. O executivo da Petrobras frisou que essa queda de 7% equivale ao que aconteceu durante a pandemia de covid-19. “Precisaria de uma covid por ano para atender a meta, para a gente ver o tamanho do desafio”, disse, lembrando que essa redução, ao contrário do que aconteceu durante a pandemia, deve acontecer sem os impactos na economia e na sociedade causados pela covid-19. Ele lembrou que essa necessidade de redução terá impacto geopolítico relevante, o aumenta a necessidade de diálogo entre países e de mudança das fontes primárias de energia. Tolmasquim lembrou que o Brasil conta com a vantagem de ter uma matriz energética renovável, com 50% da matriz total vindo de fontes renováveis. Por isso, segundo ele, o Brasil pode aprofundar parcerias comerciais com Estados Unidos, China e União Europeia. Na energia elétrica, o patamar salta para 91%, enquanto no mundo a média é de 30%. No transporte, frisou, 35% da matriz brasileira é renovável. No mesmo evento, ele voltou a defender que o Brasil explore o potencial de produção de petróleo na Margem Equatorial. Localizada no Norte do país, entre os Estados do Amapá e Rio Grande do Norte, a Margem Equatorial apresenta um importante potencial petrolífero. Ao passo que existe a possibilidade de gerar empregos, aumentar a arrecadação e participar de um desenvolvimento regional e nacional, a exploração ocorrerá em uma região sensível. O executivo reconhece que o Brasil já tem uma matriz elétrica e de transporte mais renovável em relação ao mundo. Ele entende que a demanda por petróleo em 2050 será menor, mas não será zero, por isso o Brasil pode dar um passo a mais na produção de um petróleo com menor emissão em relação a outros países.

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