#desabafo (terceirizado)
Sou observadora passiva nessa rede: sempre por aqui, mas só dando uma olhadinha - na volta eu compro.
Mas hoje vou contar, em forma de crônica, um ocorrido - uma tortura? - iniciado há 32 dias e encerrado há exatas 20h atrás - diga-se de passagem, infortunadamente.
Eu não estou #opentowork. Eu sou On Trade Marketing de fine brands. Mas nesse meu passeio constante pelo LinkedIn eu vejo muitas reclamações da falta de humanidade nos processos. E, recentemente, eu tive certeza.
Fulano de Tal fez uma aplicação para uma vaga numa multinacional de bebidas. Era uma vaga bastante condizente com seu perfil, encaixando quase como uma luva nas expectativas pessoais e no objetivo tanto profissional quanto pessoal.
No dia seguinte da aplicação, logo pela manhã, o primeiro contato da tão sonhada multinacional, avisando que Fulano foi notado: naquele mesmo dia, pela primeira fase do processo, uma breve conversa ao telefone a fim de alinhar as expectativas de ambos os lados - salários, horários, benefícios, intenções etc. Um encaixe adequado: parabéns! Você merece uma chance.
Na sequência, uma conversa por vídeo - ainda o Recursos Humanos - e, novamente estava lá os tapinhas nas costas, a arminha com a mão seguida do assoprar os dedos, confirmando seu favoritismo.
Nota-se que, em 2 dias, já tínhamos 2 etapas do processo. E, já que Fulano tinha provado no primeiro setor que era adequado, e segue o baile!
Blá-blá-blá, disponibilidade do gestor, de segunda até sexta, sendo segunda o primeiro contato, já na sexta se seguiu a conversa com o gestor - positivo? Se fosse possível descrever acima disso, com certeza seria. A conversa fluida e segura só deu mais certeza do tal favoritismo, do encaixe perfeito. Seguiu-se uma atmosfera de positividade e, sem surpresa, um avanço no processo: parabéns! Você ainda é a peça que falta em nosso quebra-cabeças corporativo! Aguarde a disponibilidade da agenda da analista de Humanos.
Pasmem: 2 semanas e 2 feriados e só então atal conversa fosse agendada - os gestores não estão apenas em um processo, mas um pouco de empatia não faz mal a ninguém. A expectativa, a ansiedade e a insegurança batem à porta e infestam a psiquê do Fulano, que a cada investida acredita mais nas palavras, nos sinais...
Finalmente, a conversa acontece: repetindo todas as outras etapas, o encaixe. E, confirmando todas as informações sutilmente entregues pela linguagem corporal dos entrevistadores, a confirmação de, depois de longas 3 semanas, 1 ligação e 3 entrevistas por vídeo com 3 diferentes setores e gestores, finalmente Fulano estava na última etapa, onde, já que toda a sua capacidade técnica já estava mais que provada que era adequada à vaga e toda a sua capacidade comunicativa e de persuasão já tinham sido avaliadas como um encaixe perfeito, haveria um bate papo descontraído apenas para conhecer a maioral! —mas notem: apenas um bate-papo, sem se prender à sua experiência profissional.
CONTINUA NOS COMENTÁRIOS
