Publicação de Maurício Renner

Comentário pertinente do nobre colega Leandro Miguel Souza no Startups. Poucas coisas são mais perigosas do que falsas contraposições. Uma delas é a que alguns críticos do South Summit fazem entre “hype e empolgação” e “evento de conteúdo e qualidade”. Os mais antigos do lugar talvez lembrem da BITS, uma feira de tecnologia que teve quatro edições em Porto Alegre entre 2010 e 2014. A BITS e o South Summit tinham proposições diferentes, mas algo em comum: ambas foram tentativas de importar eventos com “grife” para a capital lideradas por grupos privados com apoio de recursos públicos. A BITS era um evento associado da Cebit, feira alemã que no seu contexto e época tinha mais peso que o South Summit, e foi realizada na Fiergs, a melhor estrutura para eventos disponível em Porto Alegre, sem nada da improvisação necessária para fazer algo no Cais do Porto, um lugar frequentado apenas por pombos não faz nada. Mesmo assim, a BITS não pegou. De fato, já na segunda edição era possível ver que algo estava fundamentalmente errado. A terceira e a quarta edição tiveram ares de velório e a quinta foi cancelada na calada da noite e talvez só eu tenha dado bola. Claro que o fracasso da BITS tem diversas razões, mas se eu tivesse que escolher só uma, ela seria a falta do tal hype, da empolgação. Os seus criadores não tinham uma história que capturasse a imaginação, ou um local no qual as pessoas realmente quisessem estar. No final, esses são problemas que podem matar um evento, e, pelo que me parece, dos quais o South Summit não sofre até agora.

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Jornalista especializado em inovação e negócios | Repórter e editor | Criador de conteúdo

O South Summit é isento da "corneta"? Nos últimos dias, me deparei com diversos posts exaltando e falando do quão importante o South Summit se tornou, não apenas para Porto Alegre, mas para o ecossistema de inovação no país e na América Latina. Estão certos? Claro que estão. No seu terceiro ano, o encontro no Cais Mauá de fato se consolidou em diversas formas, colocando a minha cidade como a tal "capital da inovação" por três dias. Ao mesmo tempo, vi alguns querendo chiar com o encontro, reclamando do calor, ou de que o Cais Mauá não é um centro de convenções tipo a FIERGS (ainda bem que não é). Me lembrou quando eu quis cornetar o evento em 2022, situação em que o South Summit teve vários (VÁRIOS MESMO) problemas. Mas será que agora ainda vale encarnar o gaúcho ranzinza pra criticar? Tenho minhas dúvidas, ainda mais depois de ouvir as inúmeras opiniões de quem veio de fora e ficou impressionado com a parada. Isso quer dizer que o South Summit foi perfeito? Claro que não. Tem o que melhorar ou o que observar para não perder relevância? Obviamente. Mas ficar de azedume também não ajuda muito. Por isso, resolvi assumir o meu lado "corneteiro do amor" e dei meus dois centavos de opinião sobre o que rolou semana passada. Confiram, compartilhem (se quiser) e depois me digam nos comentários o que acham. Marcando uns aqui pra circular a corneta: Gustavo, Leonardo, Paulo, Amanda, Pedro, Eduardo, Paulo, Tássia, Mateus, João, Carolina, Romero, Maurício, Diana. #southsummitbrazil #startups #portoalegre #inovacao

South Summit: ainda pode cornetar o evento?

South Summit: ainda pode cornetar o evento?

startups.com.br

Luciano Brandão

Empresário, mentor programa mentoria Univates, profissional do mercado de TI, Membro do Board Club

9 m

Caro Leandro e Maurício, nas idas à negócios no centro do país são somente elogios pra esse evento. Inveja boa deles, orgulho meu. Estamos fazendo algo que outros gostariam de fazer.

Leandro Miguel Souza

Jornalista especializado em inovação e negócios | Repórter e editor | Criador de conteúdo

9 m

Touché

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