Este post tem trilha sonora: “Queremos Saber”, de Gilberto Gil (inspirada em Rodrigo Borges e sua “Urgência da Simplificação”)
Estive no HackTown um dos maiores festivais de inovação e criatividade da América Latina. Os insights dos 4 dias de evento ainda ressoam por aqui. Em tempos de IA, como é rico ouvir sobre o PONTENCIAL HUMANO.
Foram cerca de 800 palestras e milhares (30 mil!) de cabeças pensando juntas e tomando as ruas de Santa Rita do Sapucaí (MG). Com tantos assuntos e reflexões fiz um TOP 3 de “macrotemas” que me impactaram. O post acabou virando artigo, resumido aqui:
1– O preço da nossa ATENÇÃO
Com tantas horas conectados, quem decide para onde direcionamos nosso tempo e, claro, nossa atenção? Pergunta feita por Klyns Bagatini, na palestra sobre seu conceito “Aprendedorismo”. Para ele, precisamos buscar a autonomia nos 5 pontos de desenvolvimento interno (Ser, Pensar, Agir, Se Relacionar e Colaborar). Essas autonomias vêm com a aprendizagem empreendedora: contínua, protagonista e prática. Afinal, como destacou o neurocientista Prof. Dr. Allan Felippe R. C. ao falar do futuro do cérebro na era digital, é preciso exercitar a cabeça: “Se você não usar o seu cérebro. Alguém vai usar.”
2– A importância das BOAS PERGUNTAS
“A gente está tão ansioso por respostas que não faz boas perguntas”, provocou Maíra Blasi ao falar da Gen Z no mercado de trabalho e o conflito de gerações. Não dá para negar que saber perguntar é essencial, do CHAT GPT à percepção sobre nossas relações e o mundo que a gente vive – que a gente vive e constrói.
Vanessa Mathias e Lucymara Alves de Andrade, da White Rabbit , também destacaram a força do questionar. Além de convidar para uma Reimaginação Radical – a partir de 5 lentes que trazem em seu livro recém-lançado – também sugerem começar pelo “simples”, partindo de perguntas com “por quê?”, “como?”, “e se?”.
Vale o exercício. Ao pensar, por exemplo, que diversidade, equidade e inclusão vieram para ficar, como no ótimo painel com Vicky Napolitano, Fabi Granzotti 🏳️🌈, Erick Barbi e Iris Pereira Barbosa Barreira quantas boas perguntas podemos fazer começando com “como?”, “e se?” e “por quê?”. Questionar por que as coisas são como elas são é o primeiro passo para qualquer transformação. E, sempre lembrar, como destacou Maíne Martins, o mundo é muito maior do que a lente que a gente vê.
3– POTENCIAL HUMANO e a força DE OLHAR PARA DENTRO
Potencializar nossa humanidade é urgente. Identificar nossas fortalezas, desenvolver potências. Este são alguns dos caminhos sugeridos por Fernanda Andretta para superar os desafios do presente e criar organizações do futuro.
Olhar para dentro e entender a gente. Conduzir a nossa atenção, o ouro de hoje em dia, para o que realmente importa. Retomar nossa autonomia de ser, de pensar e até da nossa linguagem – como nos expressamos e nos conectamos com os outros, como explicou Renata Flores (papo para outro post!) – vem do autoconhecimento. Chegou a hora de encarar este mergulho.
Meu sonho é ter um vira-tempo! hehehe, adorei a referência!