123 Milhas apresenta plano de recuperação judicial: caminho para minimizar prejuízos e reconquistar confiança.
Ontem, a 123 Milhas deu um passo crucial ao apresentar seu Plano de Recuperação Judicial, em meio a uma dívida de R$ 2,4 bilhões e a uma crise que afetou consumidores de todo o Brasil. O plano será submetido à Assembleia Geral de Credores, onde será discutido e votado. Em sequência, seguirá para a homologação judicial, última etapa para que possa ser implementado.
O caso ganhou grande repercussão nacional devido ao impacto gerado em milhares de pessoas que planejavam viagens, muitas vezes organizadas com sacrifício financeiro. A suspensão de serviços prejudicou não apenas consumidores individuais, mas também comprometeu planos e gerou frustrações em diversos contextos.
O processo de recuperação judicial abrange as empresas do Grupo 123, incluindo 123 Milhas, HotMilhas, MaxMilhas, Novum e LH Lance Hotéis.
O plano prevê diferentes formas de pagamento para os credores, de acordo com as categorias estabelecidas. Os credores trabalhistas receberão o valor integral devido em 12 parcelas mensais iguais, corrigidas pelo IPCA, com início após a homologação do plano.
Já os credores quirografários, que são aqueles sem garantia, receberão o valor devido de três formas diferentes:
• Opção A: pagamento de 100% do valor devido em 12 parcelas semestrais, iniciando seis anos e meio após a homologação. Inclui cashback mínimo de 4% para compras futuras de passagens aéreas, hospedagens ou intermediação de milhas.
• Opção B: pagamento de 60% do valor total em 12 parcelas semestrais, com início um ano e meio após a homologação. Esta opção está limitada a R$ 80 milhões; caso o limite seja excedido, os pagamentos serão ajustados proporcionalmente.
• Opção C: para créditos de até R$ 450, pagamento em 10 parcelas semestrais a partir de dois anos e meio após a homologação. Esta opção está limitada a R$ 120 milhões; se excedido, haverá rateio proporcional.
A aprovação do plano depende da deliberação na Assembleia Geral de Credores, que será convocada para análise e votação. Caso aprovado, seguirá para homologação judicial, última etapa para que o plano seja implementado.
Este é um momento decisivo para o grupo, que busca reestruturar suas operações, minimizar os prejuízos causados e reconquistar a confiança de consumidores e parceiros. A apresentação do plano representa não apenas uma tentativa de superar a crise, mas também um esforço para equilibrar os interesses de todas as partes envolvidas, garantindo a continuidade das atividades e preservando o mercado de viagens no Brasil.
