SS El Faro O SS El Faro era um navio de carga que transportava contêineres e veículos entre a costa leste dos Estados Unidos e Porto Rico. Em 1º de outubro de 2015, o navio afundou no Oceano Atlântico durante o furacão Joaquim, com todos os 33 tripulantes a bordo. A Tragédia O El Faro partiu de Jacksonville, Flórida, com destino a Porto Rico, carregando carga diversa. No entanto, o capitão, apesar das previsões de tempo desfavoráveis, decidiu seguir a rota habitual, acreditando que poderia evitar o pior do furacão. Infelizmente, a tempestade rapidamente intensificou-se, e o El Faro encontrou-se em seu caminho. O navio perdeu propulsão, ficou à deriva e acabou inclinando-se perigosamente devido à carga deslocada e à inundação no convés. Circunstâncias do Afundamento Antes de desaparecer, o capitão conseguiu informar por rádio que o navio estava "inclinando-se 15 graus" e que havia uma brecha no casco permitindo a entrada de água. Pouco depois, o contato foi perdido, e o El Faro afundou em águas de mais de 4.500 metros de profundidade, levando consigo a tripulação. Investigações e Lições Aprendidas Uma investigação conduzida pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA (NTSB) revelou que o capitão subestimou a severidade do furacão, enquanto problemas técnicos e decisões operacionais contribuíram para a tragédia. Como resultado, várias recomendações foram feitas para melhorar a segurança marítima, incluindo melhores protocolos para evitar tempestades e reforçar sistemas de comunicação e treinamento de tripulantes. Essa tragédia destacou a importância da previsão meteorológica precisa e do julgamento criterioso no comando de embarcações, especialmente em condições climáticas extremas.
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ISSO PODE ACONTECER NA PONTE RIO NITERÓI ? - Quando uma grande embarcação entra ou sai de um grande Porto, o Capitão do navio é substituído por um "Prático" que é um comandante especializado naquele porto e conhece todos os canais seguros de entrada e saída. - O navio perdeu a alimentação elétrica PRINCIPAL, o que provocou um "APAGÃO" total da embarcação. Um gerador de emergência deve entrar automaticamente quando isso acontece, mas isso pode demorar um pouco. Em alto mar esses minutos podem não representar muito risco, porém se ocorre próximo a um obstáculo, a inércia do navio o fará continuar se deslocando perigosamente por muitas dezenas de metros. Dependendo do navio, a geração de emergência pode não ser suficiente para religar o Motor Propulsor Principal (motor do navio) e até o leme (que direciona o navio) pode se tornar indisponível. Todos esses fatores podem deixar o navio à deriva, ou seja, como um flutuante a mercê das correntes, ventos e da inercia do próprio navio. - O Comandante do navio comunicou MAYDAY que é a emergência crítica, com risco de colisão e naufrágio. Isso permitiu ações capazes de reduzir o número de vítimas. Mas o tempo após o "APAGÃO" foi muito curto em relação a dinâmica de controle de uma embarcação desse porte. Mesmo lançando âncoras e tentando religar o sistema de geração elétrica e propulsão, não foi possível evitar a colisão. - Em 2022 um navio na Baía de Guanabara rompeu suas amarras de ancoragem e foi levado pelas correntes marítimas e vento até colidir-se com a Ponte Rio Niterói. Esse é um risco real. Existem estudos técnicos de análise de riscos que conseguem avaliar e gerar recomendações de contingenciamento para acidentes extremamente severos. Os pilares que sustentam de fato a Ponte no Rio de Janeiro são protegidos por outros pilares de defesa, ao redor dos Pilares estruturais. Se algo similar acontecesse no Rio de Janeiro, o navio primeiro colidiria com esses pilares de defesa, reduzindo o risco de desabamento completo. Porém cada caso é um caso e uma colisão sempre é danosa para a estrutura tanto da Ponte como da embarcação. - A investigação deverá analisar a caixa preta do navio GERARDO PORTELA, PhD em Riscos e ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA pela COPPE UFRJ https://lnkd.in/dhiKkKM9
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O MV Blue Marlin é um dos gigantes dos mares, famoso por sua incrível capacidade de transportar estruturas colossais. Operado pela empresa holandesa Dockwise Shipping, o navio tem impressionantes 217 metros de comprimento e 42 metros de largura, sendo projetado especificamente para mover cargas extraordinariamente pesadas e volumosas, como plataformas de petróleo, navios de guerra e até submarinos. Uma de suas características mais notáveis é a capacidade de submergir parcialmente seu convés. Esse recurso permite que cargas imensas, como navios, flutuem sobre sua estrutura. Uma vez posicionados, o Blue Marlin emerge novamente, levantando a carga e a transportando para o destino desejado. Essa habilidade fez com que o navio ganhasse o apelido de "o navio que carrega outros navios." O MV Blue Marlin não é apenas funcional, mas também confortável para sua tripulação. Ele conta com uma academia, sauna, piscina e áreas seguras, projetadas para proteger os tripulantes de possíveis ameaças, como ataques piratas, especialmente em rotas marítimas perigosas. O navio ficou famoso em diversas missões de grande importância, incluindo o transporte do USS Cole, um destróier da Marinha dos EUA que foi gravemente danificado em um ataque terrorista em 2000. A capacidade do Blue Marlin de movimentar e proteger cargas tão delicadas e cruciais destacou sua versatilidade e importância estratégica no transporte marítimo global. Além disso, o navio é movido por um motor a diesel que permite alcançar velocidades de até 26,9 km/h, com um alcance impressionante de 46.000 km, tornando-o uma ferramenta essencial para operações logísticas complexas. O MV Blue Marlin é um verdadeiro exemplo de inovação e força no mundo da navegação, capaz de realizar tarefas que poucos navios no mundo conseguem executar.
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Sobre o MV Blue Marlin - O navio semissubmersível O navio que transporta outros navios, o Blue Marlin, é um navio semissubmersível de carga pesada de propriedade da Dockwise Shipping da Holanda, projectado para transportar cargas muito grandes, como plataformas de petróleo e embarcações navais desativadas. Mede 224,6 metros de comprimento e 63 metros de largura, com arqueação bruta de 51.821 e porte bruto de 76.061 toneladas. É movido por um motor MAN B&W 9S90ME-C8 que produz 12.640 kW (16.950 cv) e tem uma velocidade de cruzeiro de 14,5 nós (26,9 km/h). A embarcação tem a capacidade única de submergir o seu convés para carregar grandes estruturas e, em seguida, elevar o convés para transporte. Esteve envolvido em projectos significativos, como o transporte do USS Cole após o ataque terrorista de 2000 e o transporte da plataforma petrolífera Thunder Horse PDQ, pesando 60.000 toneladas, para Corpus Christi, Texas. Esta embarcação tem capacidade total de decolagem de 100 toneladas com um único guindaste, enfatizando a sua capacidade no transporte de carga pesada. O design e a engenharia inovadores do Blue Marlin estabeleceram novos padrões na indústria, tornando-o uma escolha confiável para tarefas desafiadoras em logística marítima. Nota: As fotos representam o MV Blue Marlin e o seu navio "gémeo", o MV Black Marlin, que desempenha a mesma função.
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Final de ano trágico que tivemos na aviação mundial, com dois graves acidentes envolvendo vítimas fatais. Além da tristeza e consternação que esse tipo de notícia sempre traz, me chama sempre a atenção a forma como a imprensa brasileira reporta esses acidentes. Observem o destaque da notícia do acidente no Cazaquistão por vários portais brasileiros na metade superior da figura. E na sequência, quatro dias depois, o do acidente na Coreia do Sul, na metade inferior. Neste, é dado destaque à tragédia em si. Naquele, o foco é onde o avião foi fabricado, mesmo com o surpreendente número de sobreviventes, como bem destacou o Lito Sousa no seu post https://lnkd.in/e4bgv8FQ . O produto nacional em questão é um dos aviões de maior sucesso comercial em sua categoria e com os mais altos índices de segurança do mundo, mostrando a qualidade do produto “Made in Brazil” e da Engenharia brasileira. #EngenhariaBrasileira #OrgulhoNacional #Brasil #MadeInBrazil
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O mar, muitas vezes romantizado como um lugar de paz e beleza, também pode ser palco de tragédias. Entre 2019 e 2021, mais de 1.000 acidentes marítimos foram registrados no Brasil! Mas por que isso acontece? As causas são diversas, desde falhas humanas, como erros de navegação, até condições climáticas adversas e problemas com a embarcação. E as consequências? Além do risco à vida dos tripulantes e passageiros, os acidentes marítimos podem causar danos ambientais graves, como vazamentos de óleo e contaminação da água. A Marinha do Brasil trabalha incansavelmente para prevenir acidentes e garantir a segurança da navegação. Através de regras rigorosas, treinamento da tripulação e inspeções regulares, buscando assim minimizar os riscos e proteger vidas. #013 #porto #shipping #direitomaritimo
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O DIA QUE MAIS DE 4 MIL CARROS DE LUXO AFUNDARAM NO MAR: O PIOR DESASTRE DE NAVIO RO-RO DO MUNDO O mar é imprevisível e qualquer erro pode ser fatal. Incidentes com navios RoRo, que transportam veículos, evidenciam os riscos e as consequências catastróficas de falhas. No vídeo, você verá tragédias como a do Felicity Ace, que afundou com 4.000 carros de luxo, do Sincerity Ace, que pegou fogo na noite de Réveillon, e do Cougar Ace, que se inclinou perigosamente durante uma operação. Assista agora para conhecer os maiores desastres envolvendo navios RoRo. #navio #navios #naviororo #maritimo #curiosidades
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ONDAS GIGANTESCAS X GRANDES NAVIOS Você já imaginou como seria enfrentar uma tempestade no meio do oceano? Neste vídeo, você vai ver como navios modernos lidam com ondas monstruosas e tempestades devastadoras. Desde um navio de guerra surpreendido no Oceano Antártico até o Carnival Sunshine enfrentando ventos e ondas intensas, cada momento é um verdadeiro teste de resistência. 🔍 Descubra o drama e a adrenalina de estar no coração de uma tempestade marítima e veja como até mesmo a engenharia mais avançada é desafiada. 🔍 #TP #Navio #Navios #Curiosidades #Porto #Cruzeiro
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Navio-tanque B-LPG Sophia em chamas é verdadeiramente angustiante, mas ao mesmo tempo inspiradora devido à coragem e heroísmo demonstrados pelos marinheiros e equipes de resgate envolvidas no incidente. A tragédia destaca a extrema importância da segurança na navegação, especialmente no transporte de substâncias inflamáveis, e ressalta a necessidade de medidas preventivas e protocolos de segurança rigorosos a bordo de navios-tanque. O relato enfatiza a preciosa vida dos marinheiros e a urgência em priorizar a segurança e o treinamento adequado para lidar com situações de emergência no mar. A rápida resposta e a determinação dos envolvidos no resgate dos 22 tripulantes do B-LPG Sophia são um testemunho da coragem e profissionalismo diante de circunstâncias extremamente desafiadoras. É fundamental que as autoridades competentes investiguem minuciosamente as causas do incêndio a bordo do navio-tanque para identificar possíveis falhas, erros ou condições que contribuíram para o incidente. Essas investigações podem fornecer insights valiosos para melhorar os protocolos de segurança marítima e prevenir futuros acidentes. A história do B-LPG Sophia em chamas é um lembrete impactante da vulnerabilidade e dos perigos inerentes à navegação marítima, especialmente quando se trata do transporte de substâncias inflamáveis. A coragem e a dedicação dos marinheiros e equipes de resgate são dignas de reconhecimento e gratidão, e sua ação rápida e eficaz salvou vidas e evitou uma tragédia ainda maior. Que este acidente sirva como um alerta para a importância da segurança marítima, da capacitação adequada dos profissionais envolvidos e da constante vigilância e prevenção de acidentes no mar. A segurança dos marinheiros e a proteção do meio ambiente devem ser prioridades absolutas na navegação marítima.
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O HMNZS Manawanui, um navio da marinha da Nova Zelândia, colidiu com um recife na costa de Samoa no dia 5 de outubro. Esse incidente levou a um incêndio e, no dia seguinte, ao afundamento do navio. Felizmente, todos os 75 tripulantes foram evacuados com segurança. O caso é um alerta importante sobre como aprender com os erros pode evitar tragédias futuras. Esse episódio nos oferece uma oportunidade para refletir e usar uma das ferramentas mais simples e poderosas na análise de problemas: os 5 Porquês. Vamos praticar juntos: Análise dos 5 Porquês: Por que o HMNZS Manawanui afundou? 1)Por que o navio afundou? Porque colidiu com um recife e pegou fogo, o que levou ao naufrágio. 2)Por que o navio colidiu com o recife? Porque estava navegando sem controle manual adequado e manteve o curso em direção à terra. 3)Por que o navio estava navegando sem controle manual? Porque o piloto automático não foi desativado como deveria, e a tripulação não percebeu que o navio ainda estava nesse modo. 4)Por que a tripulação não percebeu que o piloto automático estava ativado? Porque não realizaram as verificações necessárias no painel de controle e interpretaram o problema como uma falha no sistema de propulsão (thruster). 5)Por que a tripulação não realizou as verificações necessárias? Por falta de treinamento adequado, supervisão insuficiente e falhas na avaliação de riscos operacionais. Validação dos Porquês Até o quarto porquê, temos evidências claras baseadas no que foi relatado pela imprensa e no relatório preliminar da investigação. O quinto porquê, que aponta para falhas estruturais mais profundas, como lacunas no treinamento e supervisão, ainda precisa ser confirmado pelos resultados finais da investigação. Conclusão: A análise inicial mostra que o naufrágio do HMNZS Manawanui foi resultado de uma sequência de erros humanos e operacionais. No entanto, para chegarmos à causa-raiz com precisão, é fundamental esperar pela confirmação do quinto porquê. Só com essas informações será possível propor ações corretivas que evitem futuros incidentes. Esse caso é mais um lembrete de que, diante de problemas complexos, não podemos nos contentar com respostas simples ou óbvias. É essencial investigar a fundo e aprender, para que erros como esses não se repitam. matéria completa:https://lnkd.in/d-YK9sxW
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A arte de manobrar - Ação Indireta Nesse último fim de semana vivenciamos a maestria do rebocador portuário, evitando o que poderia ter sido um acidente de grandes proporções. Uma lancha de esporte e recreio apresentou pane de máquinas, ficando a deriva (sem capacidade de manobra) no meio do canal de acesso ao Porto de Santos, justamente quando adentrava um navio mercante. Em face da proximidade entre as embarcações, era praticamente impossível o abalroamento (colisão entre embarcações), devido ao tempo de resposta necessário para que o navio atuasse no seu leme, a fim de evitar o acidente. Nesse momento, observa-se a manobra do Comandante do rebocador, provavelmente em ação coordenada com o Prático, atuando de modo puxar a popa (parte de ré do navio) para bombordo (lado esquerdo) de modo desviar a proa (parte da frente do navio) para boreste (lado direito), manobra denominada de Ação Indireta, empregada para reduzir a velocidade do navio e auxiliar nas guinadas em canais sinuosos que exigem baixa velocidade e rápidas alterações de rumo em curto espaço. A Ação Indireta é uma das mais poderosas ferramentas de manobra e depende, em grande parte, do sentimento e experiência do Comandante do rebocador. Na figura abaixo, podemos melhor entender esse efeito. A força resultante (vetor amarelo) é decorrente de duas componentes: o vetor branco que reduz a velocidade do navio e o vetor vermelho que auxilia na mudança do rumo (guinada no sentido horário), ilustrando exatamente o que ocorreu por ocasião da manobra do rebocador. Apesar da tripulação da lancha ter abandonado a embarcação quando da aproximação do navio, não fosse a atuação do Comandante do rebocador, teríamos um acidente material que, provavelmente, resultaria em poluição ambiental, provocado pelo derramamento do combustível da lancha. Parabéns Comandante...
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