Tenho escrito aqui a respeito daquelas que acredito serem as prioridades para o setor de saúde do Brasil neste ano e no futuro próximo, visando à sustentabilidade do segmento. Dividi essas prioridades em três grupos: 1) relacionadas à cultura e ao público; 2) de inovação; e 3) de gestão. Os dois primeiros estão contemplados aqui https://lnkd.in/daX3YhTv e aqui https://lnkd.in/dzr4jcYv. Hoje, encerro a série falando das prioridades de gestão:
• Gerenciamento de custos e eficiência operacional: a escalada de custos, impulsionada por fatores como inflação médica e legislações emergentes, exige uma abordagem multidisciplinar. Estratégias para mitigar esses aumentos incluem a adoção de tecnologias inovadoras que promovam eficiência operacional, como a telemedicina e o uso de dados para otimizar a alocação de recursos. Além disso, a reestruturação da cadeia de suprimentos, visando à sua diversificação e fortalecimento, é fundamental para minimizar disrupções e custos.
• Capacitação e bem-estar dos profissionais de saúde: a escassez de profissionais de saúde e o esgotamento desse contingente destacam a necessidade de estratégias focadas no bem-estar dos trabalhadores e na sua retenção. Estudo da EY (Global Voices in Health Care) traz alguns insights de profissionais de saúde sobre a realidade do setor no país: resistência na adoção de tecnologia, salários não competitivos, falta de investimento de capital em cuidados de saúde, desafios na retenção da força de trabalho e aumento de casos de burnout e depressão entre o corpo clínico, incluindo médico. Investir na formação e na capacitação contínua, bem como na criação de um ambiente de trabalho que valorize a contribuição dos profissionais de saúde e promova o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, são passos fundamentais.
• Sustentabilidade e responsabilidade ambiental: a busca por práticas sustentáveis no setor de saúde não é apenas uma questão de responsabilidade ambiental, mas também de viabilidade econômica a longo prazo. Repensar a cadeia de suprimentos para viabilizar uma experiência mais conectada e personalizada ao cliente, criando um ecossistema dinâmico e interconectado de serviços de saúde, é fundamental. Deve-se investir em tecnologias limpas e processos que reduzam o desperdício de recursos, focando na satisfação contínua dos pacientes e, ao mesmo tempo, impulsionando a eficiência e o crescimento de receita.
Em síntese, o futuro sustentável do setor de saúde depende da capacidade de adaptação às novas realidades, implementando estratégias focadas na inovação, eficiência, inclusão e sustentabilidade. A colaboração entre todos os atores, incluindo governos, operadoras, hospitais, clínicas, profissionais de saúde e até mesmo pacientes, será fundamental para superar esses desafios!
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