No Edital Referências dessa semana, vamos até Palermo para falar de um projeto exemplo de aproveitamento de terreno, extraindo o máximo em uma proposta compacta e de muita identidade. A migração das áreas rurais para os centros urbanos resultou em densidades muito além do imaginado, forçando-nos a abandonar a ideia de um único plano para grandes extensões de terra. Essa compreensão nos levou a explorar maneiras diferentes de aumentar e diversificar a complexidade de nossas cidades. Os empreendimentos de uso misto, que combinam uma variedade de funções em um único projeto, exemplificam essa abordagem. Embora tenhamos desenvolvido técnicas para conectar esse modelo urbano proposto às construções em grande escala, a relação com as estruturas de escala média ainda não foi devidamente explorada. O edifício Bonpland 2169 busca se inserir nesse debate, isso porque a ênfase é na diversidade de usos por meio da flexibilidade espacial. Ao invés de ser concebido como um espaço para abrigar programas predefinidos, o edifício é projetado como uma estrutura aberta a diferentes usos. Ao todo são treze unidades de dois dormitórios, onde cada tipologia incorpora um jardim interno protegido por treliças de metal que trazem uma característica única para a fachada. A fachada se destaca por sua estética quadriculada, incluindo portas de batente, criando uma aparência externa semelhante a um tabuleiro de xadrez. Internamente, a planta é uniforme em todas as unidades, apresentando uma cozinha em um canto e um banheiro no lado oposto. O projeto visa desenvolver uma sensibilidade em relação aos espaços ocupados por cada unidade e enfrentar os desafios de sua apropriação, abrindo caminho para uma nova maneira de habitar a cidade. #editalreferencias #mercadoimobiliario #design #arquitetura
Publicação de Plot Co.
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O projeto de arquitetura desenvolvido para o Ministério Público do Trabalho em São Luís, Maranhão, foi concebido com o intuito de romper com a convencionalidade e inovar no cenário das edificações públicas. Tradicionalmente, esses edifícios são caracterizados por formas quadradas, fachadas brancas e espelhadas, desprovidas de identidade e atratividade. Nosso objetivo foi criar um espaço que proporcionasse uma experiência diferenciada, onde o público se sentisse atraído quanto em um shopping center. Para alcançar essa visão, investimos em uma paleta de materiais elegantes e sofisticados que elevam a estética e a funcionalidade do edifício. O paisagismo foi cuidadosamente planejado para integrar a natureza ao ambiente construído, criando uma atmosfera acolhedora e agradável. Uma das principais características deste projeto é o átrio central nos pavimentos administrativos, que não só facilita a circulação e a comunicação entre os setores, mas também permite a entrada de luz natural, conferindo ao espaço uma sensação de amplitude e bem-estar. Cada detalhe arquitetônico foi pensado para oferecer conforto e eficiência, promovendo um ambiente de trabalho inspirador e funcional para os funcionários e uma experiência acolhedora para os usuários. Assim, redefinimos o conceito de edifício público, oferecendo um espaço que é ao mesmo tempo icônico e acessível.
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A arquitetura moderna não se trata apenas de criar estruturas esteticamente agradáveis, mas também de garantir que os ambientes sejam confortáveis e saudáveis para seus ocupantes. Neste vídeo, nosso parceiro Iago de Oliveira, da Bloco Base, explica sobre conforto térmico e lumínico e como esses conceitos foram aplicados no desenvolvimento do projeto do Residencial Serra Dourada, fatores que têm influência direta no bem-estar em uma construção.
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No Edital Referências dessa semana, continuamos na Argentina, mais especificamente em Buenos Aires, para falar sobre um projeto que possui um grande pátio central. Apesar do terreno ser trapezoidal e ter 8 metros de largura na frente, seus 50 metros de comprimento permitiram a criação de um pátio central que garante um bom conforto ambiental para todas as fachadas. Dividido em 2 blocos, o edifício conta com espaços laterais que dão acesso às unidades habitacionais, contando com escadas e corredores. Cada apartamento é diferente do outro, mas todos têm em comum um terraço de 2 metros de largura. O pátio é o espaço comunitário da edificação e determina o limite entre espaço público e privado, por meio das passarelas e malhas vegetais e dos lugares de transição que conferem privacidade para os moradores. As fachadas são compostas por malhas soldadas para permitir o crescimento de vegetação, gerando um espaço vegetal intermediário, florido e perfumado que ajuda na privacidade dos dormitórios. Projeto: Liliana Schraier / Daniel Zelcer / Leo Rietti Foto: Javier Agustin Rojas #editalreferencias #mercadoimobiliario #design #arquitetura #plotco
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A implementação de Fachadas Ativas é a materialização do nosso conceito de Arquitetura Viva. Fachadas ativas são projetadas para interagir com o espaço urbano ao seu redor, em vez de serem barreiras entre o interior de um edifício e a rua. Elas geralmente incluem espaços como lojas, restaurantes e cafés, no nível térreo, criando um ambiente dinâmico e acessível para os pedestres. Esse tipo de fachada promove a circulação de pessoas e a interação social, transformando a experiência urbana ao conectar os edifícios diretamente com a vida da cidade. Elas têm tudo a ver com o conceito de Arquitetura Viva porque este conceito se refere a uma arquitetura que não é estática ou isolada, mas sim uma parte integrada e ativa do tecido urbano e da vida das pessoas. A Arquitetura Viva valoriza a criação de espaços que estimulam a convivência, a troca de experiências e a vitalidade urbana, refletindo a vida e a energia da cidade. Fachadas ativas são uma expressão direta dessa filosofia, pois elas trazem a vida da rua para dentro dos edifícios e vice-versa, criando uma experiência rica e interativa para quem vive, trabalha ou passa por esses espaços. Você já conhecia o conceito das Fachadas Ativas? #fachadaativa #arquitetura #urbanismo #arquiteturaviva
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Las Villas.Jundiaí. Linguagem e Conceito Arquitetônico. A oportunidade de criar um conceito Arquitetônico e Urbanístico para um complexo residencial desta magnitude, com 192.000m² de terreno e aproximadamente 900 unidades residenciais, foi um desafio para nosso escritório de arquitetura, a ftm arquiteto. Significa trabalhar um “pedaço” da cidade, imaginando o melhor cenário possível para garantir as melhores condições de vida para seus moradores. Desde o começo, junto com nosso cliente, o Grupo Lar, trabalhamos com algumas ideias muito precisas: queríamos criar espaços modernos, humanos, respeitosos e comprometidos com o meio ambiente. Espaços onde todos pudessem realizar seus sonhos. Procurei criar mecanismos unificadores para adotar uma linguagem única a todos os empreendimentos, assegurando uma linguagem arquitetônica e urbanística que dará ordem e qualidade espacial a todo o conjunto. Foram utilizadas as seguintes premissas conceituais: Uma arquitetura com geometrias modernas, com cores e materiais que possibilitam a integração das casas com a natureza. A criação de um desenho de “muros vegetais” que permitem uma permeabilidade visual, evitando uma continuidade de paredes, e assim transformando as avenidas em um “boulevard” para passeios que conecta os espaços verdes e parques. Árvores de distintas cores que estruturam as transições entre os diferentes condomínios e demais áreas criadas. A vegetação, a Serra do Japi...a Natureza é a protagonista.
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A arquitetura ao mesmo tempo que salva, ela também pode sufocar e até matar. Nesse post conseguimos observar que, mesmo depois de anos, ainda é possível vermos prédios sendo construídos para abrigar o máximo de pessoas possíveis em uma martragem quadrada mínima, sem se pensar na qualidade de vida que a pessoa terá. Em alguns casos, pessoas que vão para esses espaços mínimos para posteriormente conseguir um lar melhor para morar, nem todas conseguem e são obrigadas a viver confinadas em um apartamento que só foi projetado pensando no "rodízio" pessoas e não na longa duração delas ali. A arquitetura precisa ser visto como algo que engloba não apenas a construção para um momento passageiro mas algo que acolhe e traga bem-estar para o usuário, mesmo que seja um espaco pequeno, precisa possuir um layout adequado para se viver. Isso tudo porque nem estou falando do edifício inserido na malha urbana que se torna outro ponto a ser discutido.
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Entre o essencial e o sensorial: como o estoicismo inspira a arquitetura que promove bem-estar e conexão com a natureza. Em seu artigo mais recente, Aristarco Sobreira explora como a filosofia estoica – com foco no que é simples e essencial – pode guiar projetos arquitetônicos a criar experiências ricas e sensoriais. Exemplo disso são obras que integram luz natural, espaços amplos e um contato íntimo com o ambiente externo, como o painel de Burle Marx no Gran Marquise e o empreendimento Origem Fortim. A simplicidade aliada ao design sustentável transforma moradias em verdadeiros santuários de tranquilidade e contemplação. Quer saber mais? Descubra como a arquitetura pode influenciar diretamente o nosso bem-estar, leia o artigo completo: https://lnkd.in/dFBYqyx6
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Um conjunto habitacional, um edifício habitacional, há mais de uma forma de compreender este projeto do MVRDV, um escritório de arquitetura holandês que possui muitas obras que serviram e ainda servem de inspiração para nós. Em um programa extenso os arquitetos holandeses e utilizaram de uma estrutura de Silo pre-existente para a partir daí organizarem o tal programa, com comércio, academia de esportes, espaço para serviços e 157 apartamentos em arranjos de 8 a 12 tipos, também chamado por eles de vizinhança. Cada cor na fachada representa uma tipologia de apartamento diferente, e ou um uso diferente como a academia mencionada antes. O uso de diferentes arranjos nas fachadas externando os usos e tipos que acontecem no interior da obra geram pertença entre seus moradores, geram identidade de vizinhança, da vizinhança próxima e da vizinhança de todo o bairro de Amsterdã. E isto, uma teoria arquitetônica posta em prática (ver Rossi, Jacobs, etc.) nos estimulam a sempre buscar fazer o mesmo, mostrar que não se faz boa Arquitetura sem teoria…!z https://lnkd.in/dzvvC4Qx Autoria: MVRDV; Localização: área portuária, Amsterdã, Países Baixos; Área: 19.500 m2; Ano de Conclusão: 2003. #zArquitetura #arquitetura #inspiracao #influencia #habitacao #moradia #usoresidencial #habitar #morar #comercio #servicos #usomisto #usovariado #pertenca #identidade #vizinhanca #teoriaaplicada #rossi #jacobs #silodam #amsterdam #mvrdv
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Aplicar todo o conhecimento da Arquitetura e Urbanismo em cada projeto faz parte da nossa filosofia. Arquitetura se faz com conhecimento e reflexão... assim que trabalhamos...!z
Um conjunto habitacional, um edifício habitacional, há mais de uma forma de compreender este projeto do MVRDV, um escritório de arquitetura holandês que possui muitas obras que serviram e ainda servem de inspiração para nós. Em um programa extenso os arquitetos holandeses e utilizaram de uma estrutura de Silo pre-existente para a partir daí organizarem o tal programa, com comércio, academia de esportes, espaço para serviços e 157 apartamentos em arranjos de 8 a 12 tipos, também chamado por eles de vizinhança. Cada cor na fachada representa uma tipologia de apartamento diferente, e ou um uso diferente como a academia mencionada antes. O uso de diferentes arranjos nas fachadas externando os usos e tipos que acontecem no interior da obra geram pertença entre seus moradores, geram identidade de vizinhança, da vizinhança próxima e da vizinhança de todo o bairro de Amsterdã. E isto, uma teoria arquitetônica posta em prática (ver Rossi, Jacobs, etc.) nos estimulam a sempre buscar fazer o mesmo, mostrar que não se faz boa Arquitetura sem teoria…!z https://lnkd.in/dzvvC4Qx Autoria: MVRDV; Localização: área portuária, Amsterdã, Países Baixos; Área: 19.500 m2; Ano de Conclusão: 2003. #zArquitetura #arquitetura #inspiracao #influencia #habitacao #moradia #usoresidencial #habitar #morar #comercio #servicos #usomisto #usovariado #pertenca #identidade #vizinhanca #teoriaaplicada #rossi #jacobs #silodam #amsterdam #mvrdv
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CONSIDERAÇÕES SOBRE O MEIO-LOTE (021) Considerando um terreno de meio-lote de 5m x 25m na cidade de São Paulo, cuja fachada frontal olha para o sul e terá apenas um pavimento, chegamos à essa solução. Longe de ser o ideal, a planta sofreu devido à duas premissas de projeto: 1 - Deveria haver espaço para uma garagem na face da rua. 2 - Um jardim interno deveria criar um fosso de iluminação e ventilação naturais. O arquiteto se divertiu desenhando o jardim, que aparece em verde, entre o banheiro (a imagem mostra o retângulo da caixa d'água, acima do banheiro) e o quarto das crianças. "A área de serviço ficou sofrível, no fundo do terreno, próximo do quarto do casal!" É verdade. Mas, sabe o que andei pensando, ao desenhar esse projeto? E se a gente trocasse a localização da área de serviço pela do jardim? "Mas e a questão da ventilação natural e luz natural?" Não mudaria em nada, pois a abertura zenital permanece a mesma! "Ok, arquiteto! Mas continuo achando essa coisa de jardim interno em casa de meio-lote, muito ousadia para uma família de baixa renda." Mas se não for para pensar com ousadia, por que contratar um arquiteto?
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