Publicação de Rodrigo Martins 🌈

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Gerente de Growth Marketing | MBA, Growth, Performance, Branding, Conteúdo, Inbound | SaaS | B2B | B2C

Quanto custa a cidade de SP? Ninguém mais vai ao Estádio Municipal. Agora, é Arena Mercado Livre. O Natal é muito mais feliz com a árvore de Natal Nubank. Você não vai mais ao tradicional Largo da Batata. Agora, é Largo da Batata Ruffles, segundo O Globo. Há mais de uma década, SP escolheu tirar outdoors e placas enormes que poluiam visualmente a cidade, escondendo toda a nossa arquitetura. Agora, as marcas tentam se apossar de pontos tradicionais de SP, privatizando o espaço público. Quando trabalhava no Grupo Abril, em frente ao prédio da Marginal Pinheiros, havia a praça Victor Civita (o nome do fundador da Abril). A editora mantinha a praça, que era pública, com limpeza e programação, como Yoga. Mas não tinha ativações das marcas da Abril lá. Eram plaquinhas pequenas na grama dizendo que a praça era cuidada pela editora. Agora, a Ruffles quer transformar o tradicional Largo da Batata num parque de diversões com bancos, equipamentos de ginástica, espaço instagramavel, tudo com a marca ostensiva da batata frita. Estrategicamente, como ativação para um dos locais mais cheios no Carnaval, faz todo sentido. Mas e pra cidade? Vamos privatizar espaços públicos? Nada contra a Prefeitura buscar parcerias, doações. Acho lindo empresas que adotam praças. Mas deveria ser uma atitude altruísta, de responsabilidade social. Não uma forma de burlar a Lei Cidade Limpa e transformar uma praça tradicional num parque de diversões pra vender batata frita. Deu polêmica e, por ora, o prefeito voltou atrás. Mas acho que a discussão é importante. Não me vem na cabeça ir de metrô à estação Pernambucanas ou Ultrafarma, por exemplo. Acho que há coisas que não se vende, nem por muito dinheiro. Empresas, adotem praças. É um ato bonito. Mas não as transformem num showroom de suas marcas. Mais em O Globo: https://lnkd.in/dWM-Umb5

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Emerson Rodrigues

Coordenador de Infraestrutura

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Ótima perspectiva, mas ..... É uma via de mão dupla, se o investimento vem de uma empresa privada, e ela irá fazer melhorias significativas, como a implantação de mobiliário urbano, tornar mais atrativo, limpo e organizado, não vejo o porquê não explorar um pouco comercialmente, claro que com certas imposições para não se tornar a avacalhação que era nos tempos dos outdoors. Quanto as referências históricas, acredito uma leve tendência a reescrita de alguns monumentos, e locais, dando um ar mais engajado com os tempos atuais. Algumas marcas historicamente tradicionais já vem quebrando algumas barreiras e se "modernizando", e no final das contas as vezes vale "vender" o nome em prol de grandes melhorias, a ficar preso em um passado sucateado.

Galo Lopez Noriega

People Analytics l Top 2 HR Influencer Brasil l LinkedIn Creator l Análise de Cenários l Palestrante Internacional l Pensamento Analítico l Professor MBA l Cultura Organizacional l Data Driven l Gestão por Indicadores

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Análise interessante Rodrigo Martins 🌈 o que podemos fazer nós como cidadãos da maior cidade da América Latina que amamos cada espaço desta cidade espetacular ? O assunto que você trouxe é extremamente relevante

Rui AG Miranda

Especialista em Comunicação Estratégica e Marketing de Relacionamento. Redator. Criativo.

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Se você acha que ok a prefeitura buscar "parcerias" você é a favor da privatização de espaços públicos. E se ainda está na dúvida sobre qual é o melhor "modelo" experimente buscar o parque vila lobos para relaxar e me conte como foi sua experiência. Ou o espaço público é público, ou é privada. Assim mesmo, a popular latrina.

Marco Moreira

Product Design | Design System | Design Ops | Defensor da Acessibilidade | Creator @ UX da Questão

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Caraca, que texto necessário! Me lembro quando um espaço de shows na Zona Sul adotou o nome de "Credicard Hall" (Não sei se existe um nome do espaço originalmente). Já achei super estranho na época. Depois mudou para Citibank Hall, depois voltou para Credicard Hall, depois mudou para Unimed Hall e agora se chama "Vibra São Paulo". Até aí é um espaço privado, mas não deixa de ser esquisito em termos de identidade e funcionalidade (localização pelo nome). MANO, eu só queria que o lugar pudesse ter um nome apenas, tipo o Olympia, Via Funchal, etc. Mas uma armadilha de se privatizar espaços públicos, é que tira da prefeitura uma responsabilidade, os livrando da cobrança da população. Pra quê? Para continuar não fazendo nada em prol do cidadão pagante de impostos, e embolsoando ainda mais o nosso suado dinheirinho. "Ah mas o bom dessas marcas é que retorna um dinheiro para a cidade!". Ahãm. Finge que fala a verdade que eu finjo que acredito.

Sergio Paulo Ferreira

Account Executive | SaaS | Tech | B2B | Sales | CRM|

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Num mundo em que a nossa atenção já é mercadoria nas redes sociais e apps, sobra cada vez menos espaço pra gente respirar sem publicidade. Sair das telas não é mais garantia de exposição moderada à campanhas publicitárias ou ao chamado marketing de guerrilha. Será que vale tudo pela visibilidade? Até a usurpação de bens e espaços públicos? Muita marca não entende que no médio prazo isso vai gerar uma genuína aversão dos clientes. Basta ver a reação do pessoal ante essa pataquada do Largo da Batata.

Patrícia Moura

Content Expert, Entertainment Lions Jury 2024 🦁 2022 + 30 Awards 2023

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Certo dia eu entrei no Ibirapuera pra caminhar e relaxar a mente, eis que me deparo com uma ativação de marca em proporções colossais na quadra de vôlei. Como publicitária eu senti um mal estar. Um parque - na minha concepção - tem uma função (para além da ecológica) de nos fazer conectar com a natureza e higienizar a mente. Não era ali que eu queria ser "interrompida" por uma propaganda gigante. Eu só queria descansar e parar de lidar com publicidade por algumas horas. Faz bem pra mente. É um exemplo especifico, mas serve de paralelo com a tentativa de dominação do espaço público pelas marcas.

Bruno Fernandes

Head de Parcerias no Metrô SP | Mobilidade Urbana Sustentável | Parcerias Estratégicas & Inovação em Negócios

2 sem

A discussão é complexa e merece ser vista além do debate emocional. É verdade que o espaço público deve preservar sua identidade cultural e servir ao cidadão, mas ao encararmos os desafios reais de financiamento e gestão desses locais podemos ampliar o debate. Parcerias bem estruturadas podem, sim, agregar valor, trazendo manutenção, melhorias e experiências para a população — desde que respeitem os princípios da transparência, do urbanismo e do interesse público. A questão não é simplesmente se deve haver ou não uma marca presente, mas como essa presença pode trazer máxima contribuicao para a cidade. Mais do que achismos sobre valores simbólicos ou culturais e financeiros, convido a todos a conhecerem cada projeto tecnicamente, principalmente nos quesitos de como a receita gerada pode viabilizar uma nova dinâmica da coisa pública: mais auto-suficiente do ponto de vista financeiro e muito mais inovadora quando focada no bem-estar do cidadão. E pra quem, assim como eu, pensa diferente a respeito do tema e quer aproximar sua marca da cidade de São Paulo, o Metrô de São Paulo está divulgando o seu edital de naming rights para estação clínicas.

Se existem empresas dispostas a pagar e isso ajuda a financiar o estado (e por consequência, diminui impostos — e sim, essa é a parte importante: SP está diminuindo impostos?) pode ser uma boa. Mas, claramente há limites. Ou então, já já eu estou indo no "Posto de Saúde Ypiranga" tomar uma vacina "McAfee"... Aí e demais, né?

Andrea A.

Assistente Técnico Operacional de Seguros (PCD)

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De que adianta as empresas falarem de saúde mental, ecologia, recicláveis se elas estão contribuindo mais ainda para o nosso estresse visual e tecnológico. Super concordo com sua abordagem e até cheguei a fazer Yoga na praça. Me recordo mais ainda do Civita por isso, do que pelos holofotes da mídia imediatista. Tenho me sentido nauseada ao circular nos metrôs quando vou à SP. Será que toda essa exposição de proporção gigante ou Cyber, vai contribuir para a melhora da população com Burnout, Pânico ou Depressão??? Não fiquei para conferir, mudei para Jundiaí há 3 anos. Aqui, só agora começaram a instalar relógios digitais com banners nos pontos principais da cidade. A estação de trem preserva sua historicidade. Se piorarem talvez eu tenha que ir para uma cabana na montanha kkkk. Não desejo viver numa civilização Matrix ou Minority Report. Já recebi minha alta de anti-depressivos!!!! 🥰 ✨ 🙌

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