Bioeconomia !!! Castanha-do-brasil vira estrela entre os superalimentos.
Quando os extrativistas processam a castanha-do-brasil para extrair óleo vegetal fornecido à indústria de cosméticos, é gerado um subproduto, chamado “torta”, quase sempre jogado fora como resíduo por falta de um uso mais nobre e rentável.
Altamente nutritivo, o insumo antes sem valor é hoje estrela de superfoods no crescente mercado da alimentação saudável, com o diferencial da origem amazônica, da valorização dos povos tradicionais e dos benefícios pela manutenção da floresta em pé.
O mundo precisa aliar ciência moderna e sabedoria ancestral, reaproximando a humanidade da floresta, com nutrição para quem consome, justiça social para quem fornece e minimização de impacto da mudança climática na produção”, afirma Max Petrucci, fundador da foodtech Mahta.bio.
A startup, especializada em superalimentos substitutos de refeições completas como suporte à rotina no trabalho, estudos, prática de esportes e agitação da vida urbana, ambiciona faturar R$ 300 milhões ao ano ainda nesta década. “Queremos colocar a Amazônia como protagonista de uma nova categoria de alimentos no Brasil”, diz o CEO.
São itens como o leite de castanha em pó, um shake de 15 ingredientes e uma bebida funcional e energética contendo o café agroflorestal produzido em Apuí (AM) e o guaraná do povo sateré mawé, no Amazonas, guardião dos saberes tradicionais sobre o fruto.
No total, a empresa tem mais de mil fornecedores em comunidades da Amazônia - entre os quais, extrativistas do projeto Reca, em Rondônia, que hoje faturam mais com o maior aproveitamento da castanha. O desafio é processar a “torta” localmente, deixando maior valor na Amazônia - e menos em São Paulo, onde hoje a matéria-prima é beneficiada na forma de pó.
A estratégia para viabilizar o negócio tem sido combinar a demanda da empresa com a da indústria de cosmético, que compra o óleo da castanha, gerando o resíduo útil à produção da Mahta.
Com o produto plant-based, de baixo carboidrato e alta carga proteica, obtido pelo extrativismo nas áreas nativas ou plantações em sistemas agroflorestais, a empresa integra o mais recente ranking da Endevor entre as startups de destaque no país. “O plano é unir crescimento exponencial e entrega de impacto social positivo”, reforça Petrucci.
Após um ano de qualificação na AMAZ Aceleradora de Impacto, maior aceleradora de negócios de impacto do Norte do país, a Mahta captou R$ 4,5 milhões de investidores anjos para a etapa inicial e, posteriormente, outros R$ 4 milhões para avançar nas pesquisas e estruturação da cadeia de suprimento, com mentoria, treinamento e garantia de compra, além de forte presença nas redes sociais.
O grande objetivo é isolar a proteína da castanha-do-brasil, substituindo fontes veganas hoje obtidas em monoculturas agrícolas. Para essas pesquisas, a startup captou R$ 1,4 milhão da Embrapii em parceria com outra startup, a Belterra Agroflorestas.
Presidente - Logística'/cadeia do frio/ transporte/alimentos/varejo
4 mparabéns pelo trabalho equipe TAFF Brasil