📊 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹 𝗲𝘀𝘁𝗮́ 𝗽𝗼𝗯𝗿𝗲: 𝟳𝟴.𝟲% 𝗱𝗼𝘀 𝗽𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝘂𝗲𝘀𝗲𝘀 𝗴𝗮𝗻𝗵𝗮𝗺 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗲 𝟴𝟬𝟭€ 𝗲 𝟭𝟱𝟬𝟬€ 𝗯𝗿𝘂𝘁𝗼𝘀 Os números não mentem. A última radiografia da Segurança Social expõe a dura realidade: mais de metade dos portugueses está presa num limbo salarial medíocre. Vamos a factos sobre as remunerações em Portugal: ➡️ Apenas 4,1% dos trabalhadores ganham acima de 3000€/brutos mês. Em contrapartida, quase 2,5 milhões de portugueses estão presos entre o salário mínimo e os 1500€ brutos ➡️ 63.8% dos portugueses ganham até 1000€ brutos. Traduzindo para português claro: em cada 3 trabalhadores, 2 sobrevivem com menos de mil euros por mês. E sim, isto é em 2024, não em 1995. 💸 ➡️ Pirâmide etária assustadoramente invertida: temos 1,2 milhões de trabalhadores acima dos 50 anos, enquanto apenas 845 mil têm menos de 30 anos. Enquanto discutimos startups unicórnio e hubs de inovação, a realidade nua e crua é que somos o "𝘱𝘢𝘪́𝘴 𝘭𝘰𝘸 𝘤𝘰𝘴𝘵" da Europa Ocidental. 📉 O mais chocante? A distribuição salarial revela que temos uma classe média a desaparecer. O escalão entre 801€ e 1500€ é uma espécie de purgatório onde milhões de portugueses ficam presos, sem perspetiva de evolução. 🔗 Relatório oficial da Segurança Social: https://lnkd.in/dxx2MEER #Portugal #EconomiaPT #Teamlyzer #salarios
Fica bem claro porque os jovens pensam em emigrar...
Números totalmente deturpados pela economia paralela. Se fossem reais, não tínhamos restaurantes cheios, esplanadas cheias e por aí fora. Sectores e indústrias onde a intensiva circulação de "cash" (numerário) potencia os "pagamentos por fora": - TODO o sector primário (agricultura, pecuária) - Construção civil - Restauração (as célebres "consultas de mesa") - Operários das indústrias ...e por aí fora. Arrisco dizer que mais de metade das pessoas que conheço que trabalham em empregos pouco ou não qualificados, declaram ordenado mínimo (ou quase) e ganham o resto por fora. E mesmo nos qualificados a percentagem é alta. Só conheço um sector onde, tanto quanto sei, não há fuga ao Fisco: a Função Pública.
Longe de ser uma crítica, ao viver aqui em Portugal percebi que este lindo país enfrenta, e enfrentará por décadas, os efeitos perversos de ter educado muito bem os seus jovens com custos subsidiados por impostos. Uma juventude bem-educada tende a evitar ter filhos ou, quando os têm, é muito tarde, reduzindo as chances de formar famílias numerosas e manter uma demografia saudável. Sem crianças, um país não cresce; sem crescimento, nunca haverá empregos qualificados para essa mesma juventude escolarizada e, ao mesmo tempo, infértil. Um país educado que não cria oportunidades vê seus talentos escaparem pelos aeroportos, deixando para trás pais, avós, nenhuma criança, nenhum crédito imobiliário para sustentar a economia. Em resposta, o governo, em desespero, importa pessoas pobres e sem formação para realizar os trabalhos que nem os idosos nem os licenciados farão. Esses trabalhadores importados contribuem, como podem, para financiar a segurança social, mas até um limite insustentável, já que, eventualmente, também envelhecerão, adoecerão e não poderão ser substituídos por outros mais jovens e úteis. Como bem diz o português: É o que é. Toda nação altamente educada parece estar destinada a enfrentar o mesmo destino.
Ressalvo também a desigualdade de género nos escalões mais altos de remuneração (acima de 3000 euros). Mais um combate a travar na nossa sociedade.
O estudo é somente sobre remuneração declarada. Há pequenas e grandes empresas que pagam por fora. A economia informal é do conhecimento da maioria.
Salários em Portugal são baixos porque a produtividade da economia está baixa. Do meu ponto de vista, a produtividade baixa é o resultado da (falta) da educação adequada. Os níveis de escolaridade e das qualificações da população ativa em Portugal são bem menores que a média europeia.
Isso também demonstra o quanto as pessoas recebem “por fora” para tentar evitar impostos em nosso pais. Lembrando que muitos empregos com maiores remunerações tendem a passar a um modelo unipessoal ou prestador de serviços. Mas que o gráfico é assustador, isso é.
Algum estudo sobre o que as empresas pagam fora do bruto ( a pedido do colaborador ou não )?
Os números reais são bem diferentes dos declarados na segurança social.
Engenheiro de Redes | IP Routing & Switching Empresarial
2 mPara que os salários possam aumentar em média, só através das seguintes vias: 1) Aumento da produtividade nas empresas (não estou a dizer que os portugueses são preguiçosos - os fatores para aumento da produtividade são diversos e refiro-me a práticas de gestão e inovação tecnológica); 2) Redução de impostos ao nível das empresas e ao nível das pessoas singulares; 3) Captação de capital principalmente estrangeiro (e principalmente de investimentos de grandes empresas - ao contrário do que muito do que se diz por aí, são essas empresas que pagam de forma geral os melhores salários, que são o motor da economia noutros países com os quais ambicionamos parecer e que espoletam a criação de empresas de menor dimensão com as quais colaboram - vejam o exemplo da Autoeuropa em Setúbal e em menor escala a Peugeot/Citroën em Mangualde). Somos um país que tem tudo para crescer, só que temos de mudar o nosso modelo sócio-económico (que durará mais que 1 geração). O que temos vai transformar este país num país pobre, com uma minoria de reformados ricos, numa enorme maioria de reformados pobres, de funcionários públicos e de imigrantes (que precisamos para trabalhos que os portugueses não querem fazer) e com cada vez menos gente qualificada.