⚠ Análise preliminar e direta ao ponto do Grupo Casas Bahia, olhando apenas para os números, sem demais narrativas ou explicações ⚠
O Grupo Casas Bahia enfrenta uma forte crise de liquidez e um significativo risco de insolvência em função de seus resultados decadentes ao longo da última década e uma estrutura de capital inadequada.
De maneira geral, os resultados da companhia demonstram uma queda contínua na margem bruta e operacional ao longo dos anos. Além disso, as despesas financeiras têm contribuído de forma determinante para os sucessivos prejuízos.
A crise de resultados levou a companhia a uma crise de rentabilidade, com ROIC e ROE cada vez menores ao longo dos anos (margens piores e giro do ativo e dos investimentos caindo).
A dinâmica do fluxo de caixa também mostrou uma deterioração significativa entre 2015 e 2021. O ciclo financeiro passou de 11 dias para 100 dias, devido ao aumento nos prazos de recebimento e aos níveis mais altos de estoque. O prazo de pagamento, no entanto, não acompanhou esse aumento do ciclo operacional (PMR + PME) a fim de amenizar os impactos no ciclo financeiro. Houve uma melhora no ciclo financeiro nos últimos dois anos, mas o Grupo segue colhendo prejuízos ano após ano.
Em 2020, o Grupo Casas Bahia realizou uma grande captação de recursos através de um follow-on, quando estava prestes a ver seu patrimônio líquido se tornar negativo. Apesar da captação e das promessas de mudanças na estratégia, a comparação da evolução da estrutura de balanço pós follow-on e pré follow-on mostra que a companhia segue rumando na mesma direção:
🆘 Sucessivos prejuízos encolhem seu PL, aumentando a dependência de capital de terceiros (o que prejudica o resultado) e perfil de endividamento cada vez mais inadequado (excesso de dívidas de curto prazo = liquidez ruim, maior risco de insolvência). Observando o balanço através das lentes da Dinâmica de Fleuriet, fica evidente a dependência das fontes de recursos de curto prazo.
O caminho escolhido pelo Grupo, em acordo com credores, de alongar os pagamentos de parte das dívidas ajuda a aliviar a situação de curto prazo da companhia, mas sem a devida intervenção na causa do problema, a medida adotada apenas postergará os desafios atuais para o futuro.
🔎 Análises feitas com base nos números retirados da planilha fornecida no site de RI da própria empresa
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