Água para o semiárido: Equipe da CONATUS AMBIENTAL tem aprovação pela FINEP em projeto para aumentar a eficiência hídrica na região.

O semiárido brasileiro sempre enfrentou problemas de escassez hídrica. Garantir acesso universalizado à água e saneamento é um grande desafio. Cada gota de água não desperdiçada conta muito para populações com pouco acesso à água.

Pensando nisso, a FINEP lançou uma iniciativa para apoiar projetos que aumentem a oferta e a qualidade de água para a população do semiárido brasileiro. O edital “Água para o Semiárido” disponibilizou 15 milhões em recursos não reembolsáveis para soluções inovadoras para ajudar a solucionar os problemas da região.

O projeto apresentado pela equipe da CONATUS recebeu a segunda colocação no edital, tendo obtido nota máxima no critério de inovação. O objetivo do projeto é desenvolver uma solução de baixo custo para automação de estações de tratamento de água. Isto reduz as ineficiências no processo, como por exemplo: perdas de água por falta de padrão de qualidade e dependência de mão de obra qualificada, que é escassa também na região, além de aumentar a eficiência da aplicação de produtos químicos, como sulfato de alumínio ou policloreto de alumínio.

“O processo de tratamento de água é complexo e exige profissionais experientes para operar a estação com eficiência. Além da escassez de água, a região tem pouca oferta de profissionais deste profissionais. Nossa plataforma de automação tem um baixo custo de implantação, reduz as perdas por qualidade e deixa as estações menos dependentes de fatores humanos”, diz José Renato Lanzi Martini , diretor de tecnologia.

Para apresentar uma proposta, as empresas deveriam encontrar parceiros regionais para realizar provas de conceito em alguma cidade do semiárido brasileiro. A CONATUS estabeleceu uma parceria com a Iguá Saneamento , que em sua unidade Agreste atende cerca de 400 mil pessoas no estado de Alagoas. O projeto será implantado na cidade de São Brás, no interior do estado.

Este é um passo importante para a empresa no sentido de expansão territorial da empresa. Paulo Lanzi Martini , diretor de operações comenta:

“Temos metas ambiciosas de expansão da nossa área de atuação. Nosso planejamento é crescer tanto em nível nacional, como internacional. Isto deve acontecer nos próximos anos e estamos nos preparando para isto”

Além disso, o projeto tem um caráter de impacto socioambiental importante. Segundo João Pedro Lanzi Martini , diretor de Growth da CONATUS, a implantação do projeto tem como objetivo, além da redução no desperdício de água, a criação de um caso de sucesso na região para que a tecnologia possa gerar ganhos para o semiárido:

“Queremos ajudar nossos parceiros a aumentar a eficiência operacional das estações de tratamento de água, possibilitando fornecer mais água, com mais qualidade e menores custos. Além disso, vamos precisar capacitar profissionais da região para operar e realizar as manutenções dos sistemas instalados. Isto impacta diretamente a população local.”

Atualmente, o projeto já conta com apoio do CNPq por meio do apoio com bolsas de capacitação e fixação de profissionais. Por meio do programa RHAE, a empresa contratou três profissionais. A equipe atual do projeto conta com Luiz Octavio Martini (Graduando em Física), Lucas Carvalho (Mestre em Automação), Juliana Cortez Borges (Engenheira Química) e João Paulo Salles de Oliveira (Cientista da Computação).

O projeto, que tem previsão de durar 18 meses, irá mobilizar profissionais das áreas de automação, física, ciência da computação, engenharia química e até mesmo design. Os recursos aportados pela FINEP vão ser também destinados à melhoria do laboratório de prototipagem rápida da CONATUS AMBIENTAL, que poderá ser usado em projetos futuros da empresa.