Áreas Protegidas do Norte do Pará: alguns fatos que talvez você não saiba
Os esforços para proteger a região Norte do Pará, onde hoje está uma das porções mais conservadas da floresta amazônica brasileira, começaram na década de 1970 - período de intensas mudanças econômicas e sociais por conta dos chamados "grandes projetos", como os de extração de bauxita em Oriximiná (PA) e da implantação da indústria de celulose no vale do rio Jari, divisa entre Pará e Amapá.
Após os primeiros estudos para demarcação de Áreas Protegidas, foram criadas a Reserva Biológica (Rebio) do Rio Trombetas (1979), a Estação Ecológica (Esec) do Jari (1982) e Floresta Nacional (Flona) de Saracá-Taquera (1989).
Com a retomada da democracia brasileira e promulgada a Constituição Federal de 1988, também houve apelo para demarcação de Terras Indígenas, e já em 1989 foi homologada a primeira da região Norte do Pará, a TI Nhamundá-Mapuera.
Na década de 1990, os primeiros Territórios Quilombolas começaram a ser reconhecidos, com a titulação inédita do Território Quilombola de Boa Vista (1995). Em seguida, foram os de Água Fria (1996), Pacoval (1996), Trombetas (1997) e Erepecuru (1998).
Além disso, as áreas protegidas do Norte do Pará, em conjunto com as dos estados do Amapá e do Amazonas, formam o maior corredor de biodiversidade do mundo! E tem mais: elas estão inseridas no Centro de Endemismo Guiana, um território que apresenta aproximadamente 40% de sua fauna e flora endêmicas. Ou seja, que só podem ser encontradas nessa região do planeta.
Quer saber mais sobre o assunto? Confira na publicação “Áreas Protegidas do Norte do Pará: história de ocupação, desenvolvimento e ordenamento territorial”.
Environmental Engineer | Coastal Hazard, Risks, Climate Change Adaptation
2 aRayanne de Kássia Salimos
Engenheira Sênior do INPE. Fraterna da Frafem Cruzeiro do Sul_GOB-SP. Engenheira Cartografa. Especialista em Sensoriamento Remoto. Engenheira de Projeto.
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