Árvore da vida e os devaneios da existência
Houve um dia que senti uma gratidão estranha. Me coloquei como um átomo sem existência. Me enxerguei do vazio de cima considerando a possibilidade de não ser nada, nem antes, nem depois, muito menos agora.
Não sendo nada, em nenhuma dimensão ou tempo, não teria nada a ser perdido, nada a ser lamentado. Nenhum remorso, nenhuma saudade. Uma soma eterna de zeros. Só que, entre a não existência e a eternidade, foi me concedida de graça uma jornada que se chama vida.
Eu não pedi para estar aqui, mas, afinal, se pudesse, teria pedido. Foi então que me enchi com uma certeza de que tudo é mesmo um milagre. O que foi vivido, o que foi sofrido, o que foi comemorado, pessoas que vieram, que foram, momentos tristes e alegres.
E, no final das contas, o medo da morte fica pequeno diante desse presente. Tantas descobertas gratuitas, árvore da vida. O que mais poderia exigir? Afinal, se a morte é um estado de não consciência, ela nem vai chegar a existir.
Sr. PXT (HR) Manager na Amazon
3 aNossa, que final.
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3 aExcelente. Parabéns!