É caro desenvolver aplicativos de IA?
Existe um mito recorrente de que criar soluções com IA generativa é caro. Embora o treinamento de modelos de base de última geração exija altos investimentos — com algumas empresas gastando bilhões de dólares nessa etapa —, o custo de desenvolvimento de aplicativos com base nesses modelos tornou-se surpreendentemente acessível.
A pilha de IA é composta por várias camadas, que podem ser representadasm, de forma simplificada, no seguinte diagrama.
Vamos explorar essas camadas de baixo para cima:
Os modelos de base frequentemente ganham destaque na mídia porque seu desenvolvimento (que inclui o treinamento do modelo) é extremamente custoso. Empresas que treinam esses modelos investem grandes somas em dados e capacidade computacional, seguindo o princípio de que mais investimento geralmente leva a melhores resultados. No entanto, essa camada enfrenta intensa concorrência, e os desenvolvedores podem alternar entre modelos com mudanças mínimas em seu código.
Apesar desses desafios, o artigo “A questão de US$ 600 bilhões da IA”, da Sequoia Capital, ressalta que investimentos massivos em infraestrutura de IA — como GPUs e data centers — só serão justificáveis se a IA generativa gerar receitas equivalentes ou maiores. Essa realidade torna os investimentos em modelos de base uma tarefa financeiramente complexa, já que o setor ainda busca maneiras sustentáveis de rentabilizá-los.
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Felizmente, os avanços e os investimentos nas camadas inferiores tornaram mais barato prototipar soluções na camada de aplicação. Por exemplo, criar e testar aplicativos de IA generativa com APIs da OpenAI, AWS ou outras empresas pode custar menos de US$ 50 por mês.
Ainda assim, quando o objetivo é construir protótipos funcionais com ferramentas amplamente disponíveis, o AI Fund estima um orçamento médio de US$ 55.000. Embora isso represente um investimento significativo, é muito mais acessível do que os bilhões gastos no desenvolvimento de modelos de base.
Graças a esses avanços, tanto indivíduos quanto empresas podem explorar e testar ideias promissoras sem gastar muito.
Fonte: The Batch, 4 de dezembro de 2024, com a introdução de Andrew Ng.