É "fogo de palha" ou o quê?
Já ouviu a frase … “_ Fulano tem um gogó poderoso!” ???
E aquela outra… “_ Ciclano é um marqueteiro de plantão!”..??
Então!! Eu tenho pesquisado e pensado mais detidamente sobre as características e variáveis que favorecem ou dificultam a performance, os resultados das pessoas em seus vários projetos. Isso tem a ver com os meus recentes trabalhos relacionados a “ampliar os caminhos realização”.
E essa característica, em particular, costuma ser frequente: a de falar muito e agir pouco, sobre as pessoas que discursam bem, tem uma retórica fabulosa, são por vezes, em sofisticação, informações e argumentos, mas não necessariamente os convertem em realizações. Veja também outras frases comuns: “fulano só fala”, ou ” aquele ali é um vendedor de ilusões”.
E o mais interessante é que provavelmente isso ocorre com a maioria das pessoas, mas em graus e intensidades diferentes. Se você parar pra pensar, já deve ter dito algo que não tenha conseguido viabilizar.
Já presenciei profissionais com essa característica bem aguçada se darem muito bem em muitas culturas organizacionais e por longos períodos de tempo, colecionando importantes promoções e cargos.
Num outro contexto: tem culturas em que as pessoas dizem às outras “passa lá em casa”, mas nunca estão esperando, nunca dizem para quando estão convidando. Também da mesma forma tem o “te ligo” , ou “me liga”. Ocorre no cotidiano e é algo dissonante entre o que se diz e o que se pratica, instalado numa cultura estabelecida. Está certo, cabem análises bem mais complexas (lendas urbanas, culturas regionais, etc.), mas o que ressalto é que essas promessas não se cumprem. Existem até muitas piadas e histórias a esse respeito.
Observo que na medida em que isso ocorre, se for uma característica muito intensamente presente prejudica a imagem de quem a carrega, dando chances para crescer o rótulo “fogo de palha”. Essas pessoas passam a ser menos ouvidas, perdem a credibilidade nos contextos relacionais.
“Isso é só fogo de palha.”
Falar é muito mais fácil e até mais rápido do que realizar. Realizar, fazer, ir a campo, pressupõe abarcar muitas outras características e habilidades também. O cuidado reside no que se fala. A distância entre o que se diz e que se faz denota incoerência. Trata-se de um dos grandes desafios do ser humano, ser “coerente”, com o que pensa, sente, fala e faz. Daí a necessidade de, primeiro, ter consciência disso, segundo, ter vontade de REALIZAR mudanças e por fim, colocar a questão EM FOCO, canalizado os devidos esforços e atenção.
Em tempos de festas juninas ou “julinas”, tem muito “fogo de palha” por ai, né não?
Até sempre!!
Darlene