É hora de recuperar ou "re-cooperar"​

É hora de recuperar ou "re-cooperar"

O clichê do novo normal chegou e chegou com tudo. Novas formas de se fazer negócio, novas abordagens, economia enfraquecida, relações humanas abaladas devido ao necessário isolamento social e as perdas afetivas, desemprego e a necessidade de se reinventar batendo na porta de milhões de brasileiros, empregados e empregadores se vendo muitas vezes incapazes de seguir com suas atividades.

No entanto, todos sabemos que o pior, em termos de economia, já passou. O fato de termos nos adaptado a este cenário e, com o início da vacinação em massa em diversos países, o que se avizinha a começar no Brasil também (pula a parte da política – sem comentários), ficamos mais esperançosos de que logo ali, não sabemos bem ao certo aqui no Brasil, mas acredita-se que em meados de 2021, nossas vidas voltarão ao “velho normal”?! kkkkkk

Brincadeiras à parte. Mas, seria esse o objetivo? Voltarmos ao “velho normal”? Será melhor voltarmos ao velho, ou iremos para um “novo normal” ainda não tão bom quanto o velho? Ou será que esse clichê do “novo normal” poderá ser melhor?

São muitas as perguntas dos empresários e trabalhadores nesse momento, mas a esperança é que entramos agora na fase de Recuperação.

Ressignificar o clichê “novo normal” para um “melhor normal” pode ser a alternativa otimista para pensarmos em no lugar de máscaras (quando não houver mais a necessidade), utilizarmos àquilo que não utilizávamos e que deixaram nossa empresa vulnerável. Ao invés do álcool em gel, pensarmos em melhoria, automação e blindagem de processos que deixaram nossa empresa exposta durante essa crise. No lugar de uma liderança ultrapassada, repensarmos o quão humana tem que ser a relação, líder e liderados. Afinal, sem saúde, não há resultado. Não é mesmo?

Quem acompanhou minhas publicações lá no início da pandemia, lembra que comentei a respeito do estudo realizado pela Deloitte que trazia as fases da crise que estávamos enfrentando: Responder, Recuperar e Sustentar.

Nesta semana a Deloitte publicou a pesquisa que trata do momento que estamos enfrentando da crise econômica e propõe uma construção de agenda para a recuperação do Brasil. Abaixo compartilho alguns dos números apresentados:

A pesquisa foi aplicada em 663 empresas, a soma da receita de 2020 destas empresas foi de R$ 1,2 Trilhão, o que representa 15% do PIB do Brasil (2019) e 65% dos respondentes em cargos de Conselho, Presidência e Diretoria.

Recuperação, sustentação e o legado para os negócios

Ao longo da crise, grande parte das empresas estabeleceu prioridades, fez adaptações e realizou investimentos voltados a atender aos desafios da crise e buscar eficiência nas operações. Foi identificada uma recuperação importante dos negócios em relação aos piores momentos da crise. Porém, a maior parte dos entrevistados não acredita que o Brasil vai atingir em 2021 um nível superior de atividade econômica em relação ao pré-crise. Isso sinaliza que o processo de recuperação vai se manter na agenda das empresas, que precisarão continuar se transformando nas mais diversas áreas, como um legado que levam dos impactos da crise da Covid-19 para o próximo ano.

Primeiro ponto que me chama a atenção é que o ano de 2021 ainda se apresenta como um ano desafiador e de se olhar para transformação de diversas áreas do negócio, devido ao legado da crise do covid-19 e seus impactos, segundo os entrevistados.

Mas afinal, o que precisaremos “utilizar” para que a saúde da nossa empresa se reestabeleça pós-pandemia?

Quais as orientações para sofrer menos ao legado danoso do covid-19 na nossa saúde financeira?

Ao longo da crise, grande parte das empresas estabeleceu prioridades, fez adaptações e realizou investimentos voltados a atender aos desafios da crise e buscar eficiência nas operações. Contudo, a maior parte não acredita que voltaremos a uma atividade econômica superior à que tínhamos antes da crise.

Para os empresários brasileiros, a atividade econômica no Brasil em 2021...

·        18% será superior ao nível pré-crise da Covid-19;

·        42% ficará igual ao nível pré-crise da Covid-19;

·        37% ficará abaixo do nível pré-crise da Covid-19;

·        3% terá queda em relação ao fechamento de 2020.

O quadro de funcionários deverá aumentar na maior parcela das empresas participantes. Esse é um reflexo da curva de recuperação, o que indica que as novas vagas deverão recompor postos de trabalho perdidos na crise.

Quadro de funcionários em 2021

·        44% responderam que aumentarão;

·        24% manterão sem substituições;

·        23% manterão com substituições;

·        9% diminuirão.

Esta é uma informação que anima, visto que o trabalhador recuperando o seu emprego, aumentará o consumo, o que trará bons frutos a atividade econômica, impactando toda a cadeia de suprimentos positivamente.

Entre as empresas que irão diminuir ou promover substituições de funcionários, a maior parcela o fará para buscar profissionais mais qualificados e para conduzir a automatização de processos.

O que também nos mostra um cenário positivo, deste indicador que poderia ser interpretado como negativo. Se recuperar investindo em mão de obra mais qualificada e automatização de processos, nos evidencia que estamos caminhando para o futuro do mercado de trabalho, onde cada vez mais precisaremos nos capacitar para ocupar o lugar de pensarmos por trás da tecnologia que está sendo implementada. E sem dúvidas as relações de trabalho mudarão, balanceando nosso tempo e proporcionando um melhor estilo e qualidade de vida.

Quanto aos motivos da diminuição ou substituição, independentemente do cenário em 2020:

·        56% farão substituição por profissionais mais qualificados;

·        33% robotização e/ou automação de processos;

·        25% redução de custos;

·        22% diminuição da demanda.

Para alguns segmentos, é notável o deslocamento entre a evolução da margem líquida e a evolução das vendas e da produção. Isso mostra que a preocupação das empresas deverá ser, mais do que retomar as vendas, voltar a praticar margens adequadas à sustentabilidade e à capacidade de geração de valor do negócio.

Fonte: Agenda 2021 | Deloitte Brasil

A partir desse cenário, acredito que essa é a hora de cooperar, colaborar, co-criar e todos os "co's" (coletivo/equipe/juntos) que possam imaginar. Hora de líderes e liderados estabelecerem suas metas para o próximo ano que não será menos desafiador, mas um pouco mais próximo do que conhecemos.

Com certa margem para mais ou para menos, por viver de business e respirar o mercado todos os dias, tendo a ter uma visão mais otimista sobre a economia, até por que da nossa janela (privilegiados) a vista é sempre mais bonita. No entanto, os fatores históricos e a necessidade do ser humano de se relacionar, me dão ainda mais motivos para acreditar numa retomada forte da economia assim que tivermos superado a crise sanitária que estamos vivendo.

Desejo que as lições aprendidas sejam maiores que qualquer dificuldade que tenhamos passado em 2020, e que 2021 nos traga mais saúde, mais prosperidade e a certeza de dias melhores com os nossos amigos e familiares, por que ao final do dia, o que vale mesmo, é com quem a gente desfruta dessa viagem que é a vida.

Que venha 2021!

Jorge Modesti

Executivo de Soluções e Negócios | Key Account Manager | Farmer | Sales Executive | Sales Manager | B2B | ESG | ERP | RH | WMS | TMS | TECH | SaaS

3 a

Exatamente Caio Mastrascusa Rodrigues! Sabe que compartilho da visão e perspectiva do amigo. Boa parte da nossa realidade é construída durante o percurso, e a maneira como encaramos os desafios é que nos torna ainda mais capazes e resilientes. Abraço ao Amigo!!! 👊 💪 😎

Daniel Brozoza

Gerente de Soluções de Negócios

4 a

Grande Caio Mastrascusa Rodrigues, como já falamos sobre, também sou do time dos otimistas. Vejo que esse ano foi de muito aprendizado com tantos desafios e incertezas. Agora, é momento de nos adaptarmos a uma nova realidade (ainda não sabemos o quanto ela será realmente nova, ajustada, etc.), já esperando atender a uma demanda reprimida relevante.

Vitor Pisco

Realizando a Transformação Digital nas empresas para que tenham Gestão para Resultados

4 a

Sensacional Caio! Eu acredito que temos um mercado com demanda represada. Teremos um excelente 2021!

Simone Souza

Executiva de Vendas | Gerente de Contas | Account Manager | Closer Hunter | Estratégia Comercial | Vendas de TI | Vendas de SaaS

4 a

Excelente.

Simone Souza

Executiva de Vendas | Gerente de Contas | Account Manager | Closer Hunter | Estratégia Comercial | Vendas de TI | Vendas de SaaS

4 a

Muito legal.

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