É mesmo?

É mesmo?

Algumas pessoas insistem em ter razão, quando a aplicação do bom senso seria o melhor para todos. 

Mas o que fazer nessas horas? 

Eu resolvi praticar o silêncio e deixar que o entendimento seja decidido por quem de direito. Até lá.....

“Uma linda garota da vila ficou grávida. Seus pais, encolerizados, exigiram saber quem era o pai. Inicialmente resistente a confessar, a ansiosa e embaraçada menina finalmente acusou Hakuin, o mestre Zen o qual todos da vila reverenciavam profundamente por viver uma vida digna. Quando os insultados pais confrontaram Hakuin com a acusação de sua filha, ele simplesmente disse:

É mesmo?

Quando a criança nasceu, os pais a levaram para Hakuin, o qual agora era visto como um pária por todos da região. Eles exigiram que ele tomasse conta da criança, uma vez que essa era sua responsabilidade.

É mesmo? Hakuin disse calmamente enquanto aceitava a criança.

Por muitos meses ele cuidou carinhosamente da criança até o dia em que a menina não aguentou mais sustentar a mentira e confessou que o pai verdadeiro era um jovem da vila que ela estava tentando proteger.

Os pais imediatamente foram a Hakuin, constrangidos, para ver se ele poderia devolver a guarda do bebê. Com profusas desculpas eles explicaram o que tinha acontecido.

É mesmo? disse Hakuin enquanto devolvia a criança”.

A vida me ensinou que algumas coisas não compensam. Discutir com quem tem opinião formada é uma delas. Discutir com quem “acha” alguma coisa sobre todos os assuntos é outra. 

Mas o aprendizado maior é ser feliz, e para isso tento seguir o conselho do velho Mestre quando foi questionado sobre o segredo da felicidade:

- Mestre, qual o segredo da felicidade? 

- Não discutir com idiotas. 

- Não concordo que esse seja o segredo. 

- Você tem razão.

É mesmo?

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