É POSSÍVEL MITIGAR OS INCIDENTES CIBERNÉTICOS?
Por Serge Birepinte
No seu dia a dia os gestores das empresas tem muitas preocupações, o medo da invasão por hackers é com certeza uma delas, só para se ter uma ideia, estima-se que para 2024, a conta mundial gerada por conta das invasões será de mais de US$ 9,5 trilhões de dólares[1], estes custos incluem dinheiro roubado, roubo de propriedade intelectual, roubo de dados pessoais e financeiros, investigação forense, restauração dos dados e sistemas hackeados etc.
Outro dado importante, de acordo com uma pesquisa[2] feita em mais de 90 países do mundo, com empresas de todos os portes (grandes, médias e pequenas), apontou que Incidentes cibernéticos (crimes cibernéticos, interrupções de serviços e redes de TI, malware/ransomware, violações de dados, multas e penalidades) é o risco empresarial que mais preocupa as empresas no mundo inteiro, sendo apontado por 36% das empresas, independente do porte.
Ora, se por um lado temos dados impactantes e reais de invasões e sequestros de dados batendo a nossa porta, do outro temos uma “pressão” crescente nas empresas para implantação de leis que tragam mais segurança aos dados pessoais, porém, conhecemos a cultura brasileira de lentidão na implantação de novas leis, então, qual sua opinião, você acha que nesse momento devemos focar nos ataques hackers e deixar de lado a LGPD?
Ou, que tal se pudermos trazer a LGPD para dentro das empresas como ferramenta de proteção contra os ataques dos hackers?
Isso mesmo, a implantação da LGPD pode ser uma poderosa aliada na defesa da sua empresa de proteção contra crimes cibernéticos, o Art. 50 da lei trás uma série de recomendações de boas práticas e governança que podem ajudar, vejamos alguns pontos:
1. Processos: tenha processos de TI bem definidos e divulgados, processos auxiliam a manter os pontos de controle e segurança vivos e monitorados;
2. Atualizações: procure manter seus sistemas e softwares sempre com as últimas atualizações de segurança aplicadas;
3. Backups: tenha processos de backups consistentes com testes de validação e restauração;
4. Auditorias: faça periodicamente testes de segurança para validação dos perímetros (exemplos: testes de penetração, revisão de acessos, segurança de sistemas, antivírus, revisão de logs e alertas de sistemas);
5. Plano de continuidade: tenha um plano de ação pronto, revisado e testado, uma estratégia de resposta rápida se sua empresa for alvo de ataque;
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6. Treinamento da equipe: o treinamento dos funcionários é uma das partes mais críticas da segurança, pois 74% de todas as violações incluem o elemento humano, é importante que estejam atualizados com as práticas recomendadas de cibersegurança no mundo, como escolher senhas fortes, nunca fornecer suas senhas a outras pessoas e evitar links e conteúdo que pareçam suspeitos ou desconhecidos.
7. Técnicas: mantenha ferramentas de detecção e análise de ataques ativas, use estratégias de segmentação da rede, use criptografia dos dados e equipamentos de proteção atualizados;
Esses são alguns pontos que sugerimos a adoção, visando a implantação da LGPD e controles de segurança que podem auxiliar muito na proteção de ataques cibernéticos. Quer saber mais sobre a implantação da LGPD ou Governança de TI?
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Sobre o autor:
Serge Birepinte é engenheiro com especialização em Tecnologia da Informação, pós-graduado em Economia, Marketing e Meio Ambiente. Possui grande experiencia em gestão de tecnologia da informação, desenhos de processos, e em consultorias de governança no Brasil e no exterior. Atua em projetos de Tecnologia da Informação, Governança, LGPD e como DPO, é Sócio da Trixx Consulting.
[1] Dados da Cybersecurity Ventures
[2] Allianz Risk Barometer 2024
Consultor
10 mMuito bacana a reflexão sobre o bom uso da lgpd nessa proteção.