É preciso coragem para mostrar-se vulnerável
Falar em público e ouvir uma pergunta que você não sabe responder. Primeiro dia de trabalho. Ser apresentado à família d@ namorad@. Liderar uma equipe de colegas pela primeira vez.
Você se mexeu na cadeira? Está desconfortável e não quer nem falar a respeito? Estamos falando sobre vulnerabilidade. E o motivo de você estar desconfortável em falar sobre isto, é porque não fomos ensinados a aceitá-la.
Numa sociedade que luta para se mostrar perfeita, mostrar-se vulnerável pode, para muitos, ser um sinal de fraqueza.
Bem, não para Brené Brown, pesquisadora do assunto e autora do livro "A Coragem de Ser Imperfeito". Para ela, mostrar-se vulnerável é uma ferramenta poderosa para o bem-estar e, porque não, para o sucesso.
Se você não consegue imaginar como expondo os seus pontos fracos para outras pessoas pode gerar bem-estar, Brown descobriu em suas pesquisas que quando suprimimos emoções consideradas negativas, como a vulnerabilidade, o medo, a vergonha, suprimimos também as boas emoções - alegria, amor, fé. Perder a capacidade de ser vulnerável é, portanto, insensibilizar emoções de bem-estar.
Considerando-se que o cérebro é muito mais criativo para encontrar soluções quando está se sentindo fora de perigo - e é isto que acontece quando você está se sentindo feliz - a sua luta por parecer invulnerável pode estar custando o seu sucesso.
O fato é que estamos buscando conexão tentando nos mostrar perfeitos, ao invés de nos mostrar autênticos. Pense na apresentadora Oprah Winfrey, por exemplo. Oprah deve muito do seu sucesso como empresária por se mostrar humana e imperfeita. Quer um outro exemplo do mundo dos negócios? Sam Walton, dono do Walmart, compartilha histórias de como diz "não sei", e como se coloca na posição de aprendiz.
Brown sugere três passos para lidar com situações que nos fazem sentir vulneráveis:
1. Nomeie o que sente. Esta é uma ferramenta que usamos em Coaching e, apesar de parecer muito simples, tem um poder incrível. Experimente: feche os olhos por 5 segundos e nomeie o que está sentindo: "estou com medo. Estou com vergonha. Estou me sentindo exposto".
2. Fale a respeito. "A vergonha precisa de três coisas para crescer fora do controle: o segredo, o silêncio e o julgamento", diz Brown.
Procure alguém que realmente escute e fale sobre a experiência que o fez sentir vulnerável. Falar sobre o ocorrido tira o peso que você mesmo colocou nele. Você vai ouvir outro ponto de vista, e vai ver que o sentimento é comum a outras pessoas.
Ouse compartilhar sua experiência com uma audiência. Falar sobre o que sente engaja sua audiência, gerando conexão e empatia.
3. Seja dono da sua história. Você só pode mudar uma história, um resultado, se se responsabilizar por ela. Culpar outros, julgar, gera desconexão e lhe coloca numa posição de fraqueza, onde você está à mercê dos acontecimentos ao invés de ser o protagonista da história.
Brown lista como "dádivas" de colocar-se vulnerável a coragem, a compaixão e a conexão, em substituição ao medo, julgamento e solidão. E diz: "Coragem é contar sua história, não ser imune à crítica...Há um risco envolvido em mostrar o seu eu verdadeiro para o mundo. Mas eu acredito que há um risco ainda maior em esconder a si e seus dons do mundo."
Quer começar a experimentar o poder da vulnerabilidade? Compartilhe conosco em que situação você se sente vulnerável.
Silvia Rodrigues co-fundadora da Lid Lab – People Leading People. É coach ACC com mais de 1200 horas de atendimento, especialista em Liderança e Carreira – Mentora, Trainer e consultora.
Departamento Comercial l Construtora RCW
6 aMuito Bom.