É sempre melhor prevenir

Muitas vezes culpamos as pessoas pelas coisas que saem erradas porque não lhes explicamos  de forma verbal ou escrita. 

Algumas vezes escuto reclamações de que a diarista não limpa bem a casa, ou que tal ocorrência aconteceu por culpa de alguém.

Quando ocorre algo errado em uma empresa reuniões são realizadas e normalmente culpam o funcionário de baixo cargo hierarquico pelo desvio occorido.   

Somos especialistas em acusar as pessoas, sempre existe um culpado por defeitos, enganos, fracassos, atrasos e confusões em geral.

Mas não é bem assim, quem explica é o Capitão Edward A. Murphy da Força aérea, trabalhando como engenheiro no Writght Field Lab., em 1949.

Ele havia desenhado um colete a ser usado pelos pilotos de testes, com a finalidade de medir a aceleração máxima que um corpo humano poderia suportar. O transdutor dispunha de dezesseis (16) sensores para medir a pressão.

Eis a descrição do que aconteceu, feita pelo próprio Murphy:

“ Pensei que tivesse tido êxito e enviei meu transdutor base da força aérea em Muroc, onde estavam realizando pesquisas sobre acidentes de avião.

Instalaram meu transdutor na aba de um foguete pilotado por John Paul Stapp, então no posto de Major e mais tarde conhecido como o homem mais rápido do mundo, por ter pilotado um foguete a mais de 1.000 quilômetros por hora.

 A notícia seguinte que ouviu é que o teste fracassara e o transdutor havia sido responsável.

Uma vez que se tratava de um verdadeiro desastre financeiro,  Murphy foi  examinar os fatos pessoalmente , na esperança de salvaguardar seu nome e o transdutor.

Murphy prosseguiu seu relato dizendo estar certo de que o problema decorrera de  como fora ligado um medidor de pressão, ocasionando o mau funcionamento do transdutor :

“Há  apenas dois modos de se ligar um medidor de pressão” , explicou ele “ Na posição correta ou a 90º da posição correta”.

Na investigação empreendida por Murphy constatou-se que, conforme ele suspeitara, o medidor fora ligado de maneira errada.  

Esse erro provocou o seguinte comentário de Murphy:

“ Se houver uma única possibilidade de o técnico fazer uma ligação erradamente, ele o fará.”

George E. Nichols, investigador do projeto da Northrop que, por acaso, estava presente quando Murphy fez seu comentário, batizou-o  com o nome de Lei de Muphy.

Murphy em uma entrevista recente, declarou que estava falando sério quando fez seu comentário.

Sua intenção era alertar os desenhistas   de máquinas e engenheiros para que aos  novos   equipamentos, se preocupassem com a segurança, de maneira a tornar difícil, senão impossível, um erro de montagem.

Esta Lei de Murphey é uma lei que serve para toda a eternidade e alerta que demostra que qualquer erro pode ser evitado se houver procedimentos operativos, mesmo que seja para varrer o chão, limpar um móvel ou utensílio, fabricar parafusos e até controlar voos de aviões e produção de medicamentos qualificando processos e validando os produtos.

Vale a pena lembrar a lei de Murphy e desta forma iremos parar de culpar as pessoas e muitas vezes a nos mesmos por nossa negligência de não explicar e não fazer procedimentos.

Darcio Calligaris 04.01.16