Ética no contexto da Inteligência Artificial

Ética no contexto da Inteligência Artificial

A inteligência artificial, ramo da informática que objetiva a criação de máquinas inteligentes, se propõe a desenvolver máquinas que tenham a habilidade de pensar e agir como seres humanos.

E a ética? Está naquilo que podemos adquirir como seres humanos, para nos posicionar de forma coerente perante os conflitos que a vida em sociedade nos impõe.

A ética é a capacidade que o ser humano possui de expressar suas opiniões e sentimentos com liberdade para, durante a criação de máquinas inteligentes, determinar normas e condutas que lhe pareçam corretas.

Como você já deve ter notado, a parceria entre a humanidade e a inteligência artificial liberta o ser humano de suas atividades repetitivas, aquelas tão conhecidas e intensificadas no período da Revolução Industrial.

Automatizar tarefas monótonas e padronizadas, liberará o humano para explorar necessidades, de certa forma, não programáveis pela ciência artificial. 

Desenvolver e tratar dados cibernéticos sempre terá o ser humano como apoiador: o robô aprenderá com quem? Com os humanos.

E a quantidade de informações para executar o trabalho por meio de bons e maus exemplos, amparados em modelagens e estímulo humano voltado à geração do resultado ético?

O robô deve ser munido de muitos exemplos para que consiga generalizar várias hipóteses, responder com precisão e, ao mesmo tempo, por meio dos algoritmos de inteligência, identificar relacionamentos e padrões que escapam aos humanos.

Outro ponto: a qualidade dos exemplos fornecidos pela força humana durante o input nos robôs? O correto hoje, amanhã pode ser a propagação de coisas ruins como preconceitos, por exemplo, já refletiu sobre isso?

Desde projetos de novas tecnologias, IA e algoritmos, as considerações ético-sociais devem ser feitas de forma a colocar as pessoas - salvaguardar os interesses dos trabalhadores e equilibrar o poder nos locais de trabalho - e o planeta em primeiro lugar.

A liberdade de opinião e de expressão é o que deve caracterizar o sujeito ético. A obediência incondicional seria uma característica contrária a essa condição.

Assegurada tal liberdade o ser humano soluciona conflitos, opta pelos valores que lhe pareçam convenientes, a ele mesmo e a sociedade a que pertence.

Uma das características do ser ético é a sensibilidade emocional a capacidade para ouvir o que lhe diz seu interior, ou seja, saber separar o que é emoção e o que é razão.

Aí vem outra pergunta: diante de um erro com ou sem impacto ao cliente, será possível responsabilizarmos o robô? Até que ponto devemos (ou queremos) conferir autonomia à inteligência artificial, dado que, ao surgir qualquer erro, o robô (não) será o culpado?

O avanço tecnológico está aí para, inclusive por meio da robótica, ajudar a difundir e agilizar o conhecimento; executar funções não decisórias. Após o robô executar a tarefa e apresentar o resultado, caberá a nós decidir entre (i) seguir adiante, (ii) refazer ou reprogramar a atividade ou (iii) inclusive fazer uso parcial da entrega feita pela máquina.

Logo, por cautela, recomenda-se realizar a auditoria no robô para que esta reflita e materialize a segurança desejada pela sociedade e, ao mesmo tempo, aprimore base de dados viabilizadora da performance ética pautada na evolução dos comportamentos sociais, seus conceitos e juízo de valores.

Nesse contexto, refletir sobre as inúmeras oportunidades globais envolvidas como, por exemplo, levar inteligência analítica para indústrias e domínios nos quais ela é pouco utilizada, aprimorar o avanço tecnológico em nossas profissões e o futuro do trabalho, dentre outras situações nos motivou abordar, num formato acessível, reflexões desde o conceito de ética até a primeira legislação sobre inteligência artificial.

O que você achou desta primeira abordagem? E da imagem que o Paulo Henrique Crivellaro (*) e eu colocamos neste artigo? Robôs pensam?

Ah, e o próximo artigo abordará os reflexos econômicos e sociais. Desde já, contamos com sua participação, feedback e comentários, basta rolar a tela para baixo.

(*) Artigo escrito em parceria com o colega Paulo H. Crivellaro. 

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Matheus Oliveira

Marketing Júridico | Gestão de escritórios.

4 a

Excelente artigo. Parabéns!!

Danilo Laiz

Assessor jurídico | Câmara Municipal de Mauá

4 a

Assunto muito interessante. Parabéns pelo artigo desenvolvido.

Paulo Henrique Crivellaro

Advogado Empresarial | M&A | Societário | Contratos

4 a

Foi um prazer trocar idéias contigo Suzy Lima e fazer este artigo!

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