A Ética, Cultura e Propósito nas Empresa

Artigo do PFCC - Programa de Formação e Certificação do Board Academy Br

A ética é um conjunto de padrões de valores morais que orienta as ações de indivíduos, grupos ou sociedades, determinando o que é considerado correto ou incorreto. A base da ética está em princípios fundamentais como integridade, beneficência, respeito, regras de conduta e honestidade. No contexto corporativo, a cultura ética é uma parte integral da cultura organizacional, influenciando a forma como os colaboradores interagem e tomam decisões.

Cultura Ética e Organizacional

A cultura ética dentro de uma organização é composta por sistemas de valores formais e informais. Elementos formais e tangíveis incluem códigos de conduta e declarações de missão, visão e valores. Já os aspectos informais e implícitos abrangem regras não escritas e atitudes de liderança.

Uma forte cultura ética é evidenciada pela confiança entre todos os níveis hierárquicos e colegas de trabalho, promoção da diversidade, transparência e segurança física e psicológica. A cultura organizacional, por sua vez, representa a maneira como os colaboradores agem e reagem, diariamente, refletindo o espírito e os valores do negócio. Conforme a figura no início deste artigo, essa cultura pode ser classificada em oito tipos distintos:

Acolhimento e Aprendizado: Enfatiza a independência e flexibilidade.

Resultado e Autoridade: Foca na independência e estabilidade.

Propósito e Acolhimento: Valoriza a interdependência e flexibilidade.

Segurança e Ordem: Prioriza a interdependência e estabilidade.

Tipos de Mudanças Organizacionais

A transformação organizacional pode ocorrer de várias formas, dependendo das necessidades e circunstâncias da empresa:

• Voluntária: A empresa decide quando e quais mudanças implementar.
• Involuntária: A empresa é forçada a realizar transformações.
• Incremental: Implementações pontuais em busca de melhorias.
• Transformacional: Transformações significativas de aspectos existentes.
• Evolucionária: Objetivos definidos através de várias mudanças.
• Revolucionária: Transformações profundas na cultura atual da empresa.

O Papel do Conselheiro Consultivo

Um conselheiro consultivo deve estar alinhado ao propósito e cultura da empresa, agindo de forma ética e leal, equilibrando interesses pessoais e profissionais. Ele deve interagir com os colaboradores, identificando possíveis problemas culturais e oferecendo suporte na definição, implementação e orientação de uma cultura com propósito. Embora não administre diretamente o processo, o conselheiro é um agente crucial na promoção de uma cultura organizacional saudável.

Conclusão

Toda cultura organizacional e sua transformação envolve pessoas. Um conselheiro consultivo não precisa, necessariamente, entender todos os detalhes do negócio, mas deve compreender de negócios e, principalmente, de pessoas. Como Simon Sinek afirma: “100% dos clientes são pessoas. 100% dos funcionários são pessoas. Se você não entende de pessoas, você não entende de negócios.” Betania Tanure complementa, destacando que, apesar da evolução no discurso empresarial, ainda há vestígios de autoritarismo que devem ser superados para uma gestão mais humana e eficaz.

Entender e valorizar as pessoas é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. O caminho para a excelência organizacional passa, inevitavelmente, pela ética e pela construção de uma cultura forte e inclusiva, onde todos os colaboradores se sintam parte integral do processo.