Órgãos dos Sentidos: Olfato - Importância nos Sentimentos e Emoções

Órgãos dos Sentidos: Olfato - Importância nos Sentimentos e Emoções


A maioria das pessoas não sabe que o odor está presente em quase tudo que nos cerca. Os seres humanos tem cerca de 25 milhões de células olfativas.

O olfato humano é menos desenvolvido que o dos animais. Um cachorro, por exemplo, tem aproximadamente 100 milhões de células olfativas, por esse motivo os cachorros têm a capacidade de sentir odores a quilômetros de distância, imperceptíveis pelos humanos.

Para alguns animais, o olfato é uma questão de sobrevivência, pois sentem o cheiro do predador a quilômetros de distância, fugindo antes do ataque.

Segundo uma pesquisa realizada pela psicóloga Niélsy Helena Puglia Bergamasco, o olfato é um dos primeiros órgãos dos sentidos a se desenvolver no embrião. “O líquido amniótico passa pelas células receptoras e recebe estímulos. Desde o útero, já há experiências olfativas e digestivas, entre outras”, esclarece a especialista.

O olfato também tem a função de dar gosto ao paladar, pois, quando mastigamos os alimentos, passa um fluxo de ar pela garganta captando as moléculas odoríferas e alcançando a câmera olfativa. O cérebro, por sua vez, soma as moléculas do olfato com as informações das papilas gustativas presentes na língua (salgado, doce, amargo e azedo) resultando assim no paladar. Por esse motivo, quando estamos gripados não sentimos direito o gosto dos alimentos, pois a câmara olfativa fica cheia de muco, impossibilitando que as moléculas contatem os receptores.

Além de ser o grande responsável pelo apetite, o olfato também nos traz lembranças individuais e únicas para cada pessoa. Chamamos isso de memória olfativa.

O cérebro registra e armazena todos os odores na memória e, na maioria das vezes, esses são acompanhados das emoções e sentimentos vividos naquele momento, assim, quando sentimos um cheiro que foi registrado pelo cérebro mediante um acontecimento, as lembranças afetivas são acionadas.

A percepção dos odores não é padronizada, cada um percebe-os de forma particular, o mesmo cheiro proporciona lembranças boas e ruins dependendo de quem está sentindo, da associação que o seu cérebro fez diante daquele cheiro.

Dizem que o bebê assim que nasce tem capacidade de reconhecer a mãe pelo cheiro.

As emoções são regidas pelos mecanismos fisiológicos e psicológicos vindos do olfato, os cheiros que sentimos são processados pelo sistema límbico, um dos responsáveis pelos instintos, reflexos, sentimentos e memórias.

Alguns odores nos trazem lembranças com riqueza de detalhes, quando vivenciamos odores iguais ou parecidos com os armazenados na memória, remetendo às lembranças passadas, por exemplo, o cheiro do café, o aroma de um alimento feito por uma pessoa querida, o exalar do perfume da flor, entre outros diversos odores.

Um simples inspirar é capaz de nos trazer lembranças de amor, ódio, saudades, despertar a fome, enjoar, rir ou chorar. Todo odor provoca sentimentos ou emoções, sejam elas boas ou ruins, algumas das vezes tão sutis que não damos o devido valor e não agradecemos algo tão simples como é o prazer de sentir o mundo através do olfato.


Karine G. P. Cirillo Rocha

Graduada em Psicologia com Ênfase em Gestão de Pessoas e responsável pelo Recursos Humanos da Araújo’s Organizações.


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