10 Maneiras de Aprender pelo Mau Exemplo
É muito comum ler artigos, publicações, reportagens ou até livros que insistem em enumerar boas práticas de liderança. No dia-a-dia do trabalhador, o que mais se percebe, é que essas cartilhas são pouco seguidas pela maioria dos gestores. Ainda não tendo chegado em uma década de trabalho, já pude me deparar com inúmeros e recorrentes erros de gestores (ou seriam chefes?), que debaterei aqui. Assim como me deparei, muitos dos meus contatos próximos também relatam erros parecidos:
- Não dê feedback – A máxima de Vicente Falconi – “Quem não mede, não gerencia”, também funciona para feedback. Para profissionais em qualquer fase da carreira, a condução é fundamental. É mais do que necessário ouvir e entender os pontos cegos de carreira, a fim de que se possa estabelecer um plano de ação de correção de rota, bem como relevar e investir nos pontos de acerto e destaque.
- Dê feedback negativo de forma coletiva – Alguns gestores utilizam de costume patriarcal na hora de criticar funcionários e abusam da exposição negativa. Por mais que seja quase um mantra profissional a questão de elogiar coletivamente e criticar em ambiente sigiloso, a realidade é totalmente oposta. Gestores usam desse costume para demonstrar poder e força.
- Exponha negativamente sua equipe – Apelidos, costumes e falhas são comumente usadas de forma pejorativa ou em tom engraçado. Essa exposição, que normalmente provoca sorrisos tímidos, é capaz de provocar estragos irreversíveis de confiança coletiva, bem como de imagem ao liderado.
- Estabeleça núcleos de confiança com seus liderados – Não se trata de propor que todas as informações gerenciais devam ser expostas em todos os níveis do negócio sem filtro algum. O que se percebe, é que gestores, normalmente, se fecham em círculos onde a informação normalmente é ali ceifada e não é compartilhada com filtro algum, tornando o ambiente instável e inseguro. O efeito é muito comum: informações compartilhadas em corredores e de forma incorreta.
- Boicote seus talentos – Talentos precisam ser desenvolvidos. Sucessores precisam ser formados. A realidade é que, por insegurança, há chefias simplesmente ceifam o desenvolvimento de funcionários com algum talento especial. Ou, simplesmente, margeiam de novas possibilidades de crescimento.
- Não se expresse – Fato comum no mercado são as chefias que nunca demonstram suas emoções ou empolgação com resultados. Resultados não são comemorados, como bons exemplos não são relevados. Mesma expressão na catástrofe ou na glória.
- Não se entrose – Há uma grande distância entre perder a capacidade de liderança e participar da rotina da equipe. Há lideranças que simplesmente optam por não ter nenhum tipo de envolvimento interpessoal. Detalhes simples, mas que, para o liderado fazem toda a diferença, como uma lembrança da data de aniversário, atualização sobre problemas de saúde de parentes próximos, planos pessoais e profissionais são ignorados. Uma pergunta, às vezes, faz toda a diferença para a motivação.
- Foque nos meios, não nos fins – Foi-se o tempo do micro gerenciamento. Novos mercados, novos negócios, pedem novas atitudes. Cinco minutos a mais, botão de roupa, sapato lustrado, cabelo mais ou menos penteado, barba por fazer, corte de roupa, neologismos e exemplos assim, jamais serão os definidores de bons ou maus resultados. Valorizar quem sai todos os dias fora do horário ainda é muito comum, por exemplo.
- Postergue a tomada de decisão – É claro que intempestividade pode acarretar erros. O que não quer dizer que demorar demais seja o melhor caminho. Eventualmente, há fatos cotidianos que precisam de máxima agilidade, mas, por dificuldade de estabelecimento de prioridades ou mesmo de empatia, gestores perdem a possibilidade de acertar ou até mesmo de cometer erros, com tempo de ajustes. Bolas de neve ou fatos irremediáveis são efeito.
- Seja centralizador – Centralização é efeito de vários problemas, mas, me aterei a dois: 1. Falta de confiança em liderados/equipe, que normalmente nasce de escolhas malfeitas ou maus eventos passados; 2. Apego. É comum que o apego ao seu nome como a última palavra crie loops ou gargalos, inviabilizando a celeridade e até acontecimento de eventos.
Assim como, no cotidiano, é possível aprender com os erros dos seus pais, parentes, vizinhos, no ambiente profissional é fundamental enxergar os pontos negativos e absolutamente não seguir ou copiar os mesmos erros. Nos guiar por bons exemplos é fundamental, em contrapartida, é mandatório nos blindar de tantos erros que em algum momento já nos prejudicaram ou causaram males em colegas.
E você, tem algum mau exemplo a compartilhar? Contribua com o debate!
GERENTE DE RECURSOS HUMANOS GENERALISTA
7 aAs organizações tem que proporcionar Qualidade de Vida para seus colaboradores, qualquer coisa ao contrário disso, estarão fadadas ao insucesso.