100 startups para observar

Na última sexta-feira, 18 de outubro, a Pequenas Empresas & Grandes Negócios (PEGN) revelou a tão aguardada 7ª edição das "100 Startups to Watch". Este relatório destaca as empresas mais promissoras do ecossistema de inovação brasileiro em 2024. Dentre as 1.979 startups que participaram, as escolhidas representam uma visão intrigante do nosso cenário empreendedor.

Uma das informações mais marcantes desta edição é que 51% das startups estão nas fases de tração, enquanto 38% estão em fase de escala. Esses números são um claro reflexo da maturidade e resiliência do ecossistema brasileiro, especialmente após os desafios que enfrentamos durante o chamado "inverno das startups". É inspirador ver como os empreendedores conseguiram não apenas sobreviver, mas também prosperar em tempos incertos.

Além disso, o setor de Tecnologia da Informação se destaca com 22 startups, seguido pelas áreas de Saúde e Finanças, que incluem 17 e 9 startups, respectivamente. Essa predominância nos mostra que o Brasil não apenas está se reinventando, mas também se firmando como um líder em tecnologia, healthtechs e fintechs.

A inclusão e diversidade também são pontos cruciais nesta seleção. Segundo Ingrid Barth, presidente da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), 51% das startups inscritas nos últimos dois anos afirmaram que mais da metade de seus sócios possuem características de diversidade. Isso é um avanço significativo, considerando que as startups não apenas se beneficiam da inovação, mas também refletem a diversidade da sociedade brasileira. Esse movimento não apenas traz riqueza às ideias, mas também abre portas para um futuro mais brilhante.

Uma das tendências que observei é o crescente papel das empresas que se baseiam em pesquisa científica e inovação complexa. Isso é particularmente evidente na popularização da inteligência artificial generativa e na crescente adoção da tecnologia no setor. Lucas Lima, líder do programa de deeptechs do Sebrae for Startups, destaca como esse fenômeno está impulsionando o empreendedorismo nas universidades e a transferência de projetos inovadores para o mercado. Acredito que, à medida que essas inovações continuam a amadurecer, veremos um impacto ainda mais significativo no mercado.

Além disso, a multiplicidade geográfica das startups selecionadas é um ponto digno de nota. O aumento de 150% na presença de startups da Região Norte é um sinal positivo de que a inovação está se espalhando por todo o Brasil. Isso não só demonstra o crescimento das iniciativas locais, mas também sugere um aumento no investimento em áreas que, historicamente, podem ter sido negligenciadas.

Com todas essas considerações, a pergunta que fica é: teremos um futuro brilhante para esses negócios? Pessoalmente, sou otimista. Acreditando na resiliência e na capacidade de adaptação dos fundadores brasileiros, estou convencida de que esses empreendimentos têm o potencial de não apenas sobreviver, mas de liderar o caminho em inovação e crescimento.

Encerrando, o relatório “100 Startups to Watch” é mais do que uma simples lista. É uma afirmação da força do Brasil no cenário global de inovação. Ele nos lembra que, apesar dos desafios econômicos, há um oceano de oportunidades à nossa frente, e cabe a nós, investidores e mentores, dar suporte a essas iniciativas promissoras. Portanto, convido todos a acompanhar de perto essas startups e considerar como podemos, juntos, contribuir para um futuro mais inovador e sustentável.

Vamos observar essas startups de perto, pois o futuro do Brasil no mundo da inovação é, sem dúvida, promissor!