16 DE AGÔSTO: 46 ANOS DA MORTE DE UM MITO!


·        E lá se vão quarenta e seis anos, desde aquela triste tarde do dia 16 de Agosto de 1977!

           O mundo do rock chorou, a imprensa mundial não tinha outro assunto, morria em sua mansão em Memphis, no Tennesse, aos quarenta e dois anos, Elvis Aaron Presley.

           Desde então, mesmo passados tantos anos ele continua vivo no coração dos fãs de todo o Globo, sua músicas ainda são tocadas no mundo todo, ainda é umas das maiores arrecadações no mundo musical. Ainda é considerado o “Rei do Rock”.

Mas esse fenômeno talvez se explique por ter sido o instrumento da mudança, da transformação, da renovação musical e visual, bem antes do aparecimento dos Beatles, que conseguiram também impor a sua filosofia musical, até se transformar no mito que ainda vive. O mito que nunca foi imaginado por seus pais, o tímido e recatado Vernon e pela religiosa Gladys, que em 8 de janeiro de 1935, na cidade de East Tupelo, no Missisipe, deu vida a Elvis Presley, sobrevivente de um parto de gêmeos. Infelizmente o irmão não sobreviveu.

           Menino comportado, estudioso e de formação protestante, porém tinha uma paixão, os “Blues”, ritmo negro do Sul dos Estados Unidos. Essa paixão musical fez com que o pai o presenteasse com uma velha guitarra, iniciando aí o sonho de ser cantor, chegando, inclusive, a ganhar um concurso de jovens talentos em sua cidade.

           Aos quatorze anos, buscando uma vida melhor, mudou-se com a família para a cidade de Memphis, onde trabalhou como porteiro de um cinema, empacotador de supermercado, ajudante de posto de gasolina e motorista de caminhão. Nunca se separou, no entanto, de sua guitarra. Aos dezenove anos, por ocasião do aniversário de sua mãe, resolveu fazer-lhe uma surpresa. Por quatro dólares, conseguiu gravar um disco, com duas músicas: “My Happiness” e “That’s Your Heartaches Begin”, o que fez sua mãe cair em prantos, ao ouvir a voz do filho, na vitrola.

           Mas a surpresa maior ainda estava por vir e era para o próprio Elvis.

No ano seguinte, em 1954, Sam Phillips, proprietário de um estúdio musical e dono do selo de discos Sun Records, ouviu as músicas e ficou impressionado com o estilo inovador, e daí para a assinatura de um contrato com a gravadora foi questão de dias. No mês de julho de 1954, compôs seu primeiro disco single, com duas músicas “ Take” e “ Blue Moon of Kentucky”.

           O sucesso foi meteórico...

Em várias cidades americanas as rádios só tocavam Elvis Presley.

No dia 17 de julho de 1954, ele faz o seu primeiro show na cidade de Memphis. Nascia ali o maior ídolo da música mundial.

           Toda vez que aquele cantor, de roupas de cetim brilhante, com aplicações de franjas e estrelas multicoloridas, subia no palco e agitava freneticamente o seu corpo, ao som alucinante das guitarras e soltava seu grito de guerra: “ A bop bop a loom op a lop bop boom”, as mulheres gritavam, choravam, cantavam e algumas até desmaiavam. O povo entoava com ele “Tutti Frutti au rutti”.

Aí era difícil saber se o que se passava era um sonho ou uma realidade. Era o nascimento do mito do rock mundial, que deixava escorregar pelo seu corpo jovem, de vinte anos, a magia das hélices de seus braços, que na dança e nos gestos, fazia cair por terra os tabus de uma juventude acostumada a cantores certinhos, de ternos e gravatas. Era um vulcão que soltava lavas de suores, erotismo e liberdade.

           Elvis já nasceu ídolo, seu primeiro disco vendeu milhares de cópias e toda a América cantava o seu primeiro sucesso: “Mistery Train”. Empresários brigavam por ele, mas foi Tom Parker que o levou para Nova York, e fez com que ele, em 1955, colocasse doze músicas nas “paradas” de sucesso ao mesmo tempo, todas com disco de ouro.

Nesse período fez também quatro filmes, sendo o primeiro deles “Love me tender”, o que veio engordar seu cachê de cinqüenta mil dólares por show e não dava conta de atender a todos os interessados, que queriam ver seu rebolado frenético, com o cabelo com topete saliente e ajeitado com gomalina, que provocava frenesi nos jovens do mundo inteiro.

Já era quase um deus da música...

           Mas o rei teve que descer do trono, tirar as roupas brilhantes e cortar o cabelo. O exército americano recruta-o, coloca-lhe um uniforme e o envia para a Base Militar americana na então Alemanha Ocidental. O vulcão, em plena erupção, fica adormecido por doze longos meses.            

Quando sai do exército, mais maduro e recatado, é ainda mais amado pelo público, no entanto quem lhe rouba desta vez é o cinema; foram vinte e oito filmes inesquecíveis e cada um rendia-lhe mais de um milhão de dólares na época, fazendo sua conta bancária receber por ano milhões de dólares, tornando-se o ator mais rico de Hollywood, a ponto de lhe proporcionar o extravagante luxo de ter um “Cadillac” folheado a ouro.

           Elvis tinha tudo, ou quase tudo: Fama, sucesso, dinheiro, mulheres, mas faltava-lhe uma coisa; era um homem solitário, faltava-lhe um grande amor e esse amor vem da mesma Alemanha que lhe acolheu por muito tempo.

Em 1º de Maio de 1967, Priscilla Ann Beaulien se transformou na mulher mais invejada do mundo, pois se tornara a senhora Presley, oficialmente. No ano seguinte nasce sua filha, Lisa Marie Presley. Tudo correu maravilhosamente bem até 1970, quando os compromissos, a turbulenta vida artística começou a colocar em risco o seu casamento o que se concretizou em 1973, como o seu divórcio.

           A carreira continuou, mas desde então ele se tornou um homem triste e ainda mais solitário do que antes, passou a ser apenas um escravo da profissão, tentando enganar a falta da esposa e da filha, em vão. Muitas mulheres tentaram então ocupar o seu coração, dar-lhe um pouco de amor, de paz, como a dançarina Sandra Zancan; a atriz Michele Carey; a cantora Cher, a Miss Israel, Nuieret Zeevi; Linda Tompson... Ele tenta, se ilude, se decepciona... A solidão é cada vez mais densa.

Então, apela para as drogas...

           Um dos seus últimos shows, o de Honolulu, no Hawai, em 1973, foi transmitido pela televisão para o mundo inteiro e os fãs viram um Elvis Presley cansado, com respiração funda, gordo, apático...O mundo não sabia, mas o ídolo estava doente, do corpo e da alma...

           Em 16 de Agosto de 1977, o empresário Joe Sposito chega em sua mansão para visitá-lo e não acredita no que vê: No chão, caído e sem vida, o maior símbolo da música mundial de todos os tempos.

           Elvis morria para a vida terrena, mais continua vivo para sempre na lembrança e nos corações de milhões de pessoas em todo o mundo, que certamente ainda cantam Tutti Frutti, It’s now or never, Love me tender, Jailhouse Rock, Sweet Caoline...

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