19 de novembro

Nessa semana, tive comemoração dupla. Sem intenção de ser predestinada, minha mãe me deu um presente vitalício — nascer no Dia do Empreendedorismo Feminino, 19 de novembro.

E, neste ano em especial, pude comemorar este dia junto com meus filhos em uma experiência inesquecível. Algo que queria fazer há muito tempo, mas só consegui em 2023.

Aproveitei o tempo de inspiração com a família (e também toda a simbologia do dia 19 de novembro), para compartilhar com vocês algumas reflexões sobre a liderança feminina — um tema que me é muito caro.

Como cofundadora e CRO da VOLL , vivenciei de perto os desafios e as recompensas de ser uma mulher no mercado de trabalho.

Desde cedo, a vida me ensinou a ser resiliente e determinada. Muita gente não sabe, mas eu nasci em Criciúma, Santa Catarina. Saí de casa aos 16 anos para estudar no Rio de Janeiro, tornando-me a primeira pessoa da minha família a ter um título de graduação.

Essa jornada não foi fácil. Especialmente conciliando a maternidade e a carreira. Mas cada desafio enfrentado me fortaleceu e me preparou para os desafios que viriam na VOLL.

No setor de tecnologia, ainda há um longo caminho a percorrer em termos de equidade de gênero. Dados da Associação Brasileira de Startups mostram que menos de 21% das empresas de inovação e tecnologia empregam um número significativo de mulheres em seus times.

Na VOLL, estamos orgulhosos de ter uma equipe composta por 63% de mulheres, com mais da metade dos cargos de liderança ocupados por elas.

Acredito firmemente que a mudança deve começar pela liderança. É essencial criar uma cultura empresarial que não apenas reserve vagas para mulheres, mas também as incentive a se posicionar, expressar suas opiniões e ocupar seus espaços.

Como mulher, enfrentei desafios em ambientes dominados por homens, seja no setor de tecnologia ou no ciclismo, outra paixão minha. Mas essas experiências só reforçaram minha convicção de que nós, mulheres, somos capazes de realizar qualquer coisa.

No Dia do Empreendedorismo Feminino, quero reforçar a importância de abrir portas para outras mulheres. A campanha #umasobeepuxaaoutra, da qual participei, reflete essa visão. Não se trata apenas de ser pioneira, mas de criar oportunidades para que todas possam ascender.

Encerro este texto com um convite à reflexão e à ação. Que possamos, juntas, construir um futuro onde a liderança feminina seja não apenas aceita, mas celebrada e encorajada.

O caminho ainda é longo, mas cada passo dado é um avanço em direção a um mundo mais igualitário e justo.