#20 – Classificar Coisas e Situações sem Calcular
Quantas vezes em sua vida pessoal e profissional você já ouviu ou falou expressões como estas:
- Não podemos investir nesse mercado, pois requer um aporte muito alto...
- Tranquilo! Esse endereço é logo ali, vocês estão pertinho...
- Acho que vocês não vão conseguir subir, pois essa montanha é muito alta...
- Esse móvel é muito grande, não caberá na sala de ninguém...
- Isso é fácil de fazer...
- É complexo, vai levar muito tempo, dinheiro e recursos adicionais...
É impressionante e alarmante o número de julgamentos e decisões, similares a essas, passíveis de observar em reuniões corporativas. São consideradas informações qualitativas rasas para direcionar ações que acabam sendo paliativas, pois a partir do momento que uma situação negativa é deflagrada, conflitos aparecem e novas ações precisam ser estabelecidas. Isso ocorre devido às subjetividades pessoais, até então veladas, virem à tona. Ouvem-se queixas mais ou menos assim:
- Espera um pouco! Eu falei que era rápido, pois tinha entendido que era outro requisito a ser cumprido e não esse...
- Não! Você falou que era barato, mas agora vendo esses valores, isso é um absurdo!
- Veja bem, quando você disse que a caixa era pequena eu achei que você sabia o tamanho do espaço disponível em nossa arquitetura! Esse volume que você me passou agora é totalmente incoerente!
Precisamos entender que vivemos um paradoxo cognitivo e é preciso "adestramento mental" para sair da inércia. Nossa capacidade cognitiva é maior do que podemos expressar e menor do que podemos experimentar. Maior porque temos apenas os cinco sentidos para transmitir todo potencial cognitivo alojado em nosso cérebro. Menor porque existem bilhões de pessoas no planeta onde a interpretação e representação de mundo para alguns sempre será distinta da interpretação e representação do mundo de outros.
O mundo sempre será dual precisamos melhorar nossa capacidade de discernimento. Lúcia Helena Galvão (Nova Acrópole).
Todo ser humano possui a tendência de classificar as coisas ou acontecimentos a partir de suas experiências e interpretações particulares, considerando que outros indivíduos utilizam as mesmas referências. Isso é uma crença limitante!
Por que abrimos essa brecha em nosso modelo cognitivo?
- Devido ao uso excessivo de expressões qualitativas em nossas comunicações, tais como: muito, bastante, pouco, alguns, perto, longe, pequeno, grande, etc.
Como podemos reduzir essa brecha?
- Calculando as coisas ou acontecimentos utilizando expressões de métrica quantitativa, harmonizando assim o entendimento entre envolvidos nas situações.