Ser informado é ler a notícia por vários ângulos

É notório que o acesso à informação está cada vez melhor no Brasil. As pessoas leem mais, assistem, interagem e trocam conhecimento com dinamismo e rapidez. Diante esse acesso em alta escala, vale a pena levantar uma visão sobre certas questões. O que significa ter acesso? Como caracterizamos que uma pessoa é realmente informada?

Hoje sim, lemos bem mais. Mas muitos demonstram ainda não ter um nível crítico sobre o que recebem, já que parece não estar preparadas para abrir as portas do recebimento de dados sobre o que ocorre no mundo por vários ângulos. Não podemos confundir em estar informado com ter um acúmulo de informação. Além disso, diversificar amplia o senso crítico e reduz o semianalfabetismo, principalmente, por causa da intepretação textual.

A revista VEJA é um exemplo que só oferece matérias prazerosas para a leitura desse tipo de pessoa, com publicação de conteúdos com o objetivo de trazer prazer aos ideais de seus leitores. São matérias bem parciais e que atendem ao interesse de quem a lê, como é caso de acusar o que não é parecido com o estilo de vida, gosto ou a um determinado estilo político de governança. Basta ver o que seu editorial publica sobre o governo federal que é do PT e não fala nada sobre a gestão do PSDB.

E é nisso que entra a grande questão! Para ser informado, é preciso ler de tudo e não apenas o que é equivalente aos seus ideais. Você precisa receber informações prós e, principalmente, contra do que acredita, para se tornar um ser humano racional.

A psicologia explica bem esse movimento social, o qual as notícias ruins são prazerosas para as pessoas porque remetem o senso de comparativo entre o fato e a vida desses leitores que sentem prazer ao saber que algo está pior que a própria vida deles. É o ciclo irracional do comparativo, se o meu está ruim dá para aguentar, porque o dele está bem pior. E para quem lê só o que está de acordo com a própria ideologia também.

Em resumo, a má vontade de não buscar outras fontes de informações, só porque não trazem prazer de leitura, criam resultados negativos no indivíduo. Ou seja, uma pessoa com falta de análise, com má interpretação de textos que não falem a mesma língua que esteja acostumado a ler, pouca argumentação, entendimento, ideias preconceituosas e, acima de tudo, a atividade de eliminar a liberdade de expressão dos outros que são contrários aos seus ideiais.

A VEJA é unicamente preocupada em alienar e manter meia visão das pessoas, porque suas matérias são gradativamente pensadas em não oferecer um espaço para a análise. Ela vive em apenas querer lobotizar o indivíduo. Não querer ampliar o seu horizonte de leitura não o tornará superior a ninguém e sim uma singela pessoa emotiva e que não admite o contrário.

Sim, ter informação é importante. Mas quem disse que o conteúdo dessa informação deve sempre ser prazeroso? Caso contrário, deveríamos ler apenas contos de fadas para chegar no ponto final com alegria e sorrisos.

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