2015 – Um ano de fortes emoções para o varejo!

2015 – Um ano de fortes emoções para o varejo!

Todo final de ano fazemos uma previsão do que vem pela frente e nos preparamos para o novo ano! Então o nosso plano de voo, ou seja, o planejamento e o orçamento do que iremos construir no ano novo, já deveria estar pronto, correto? Se sim, essa é realmente uma boa noticia, a má noticia é que mesmo com tudo devidamente planejado, temos muito pouca previsibilidade do que vem pela frente em 2016, não é mesmo?

Com base nesta informação, procurei rever o que tínhamos previsto no ano passado, em 2014 para 2015, e tomei um grande susto. Nós erramos e muito as nossas previsões! Bom, realmente 0 ano de 2015 foi de fortes emoções, mas  quem poderia prever algo tão ruim e de forma tão abrupta?

Ficar parado nunca foi uma opção para o varejo! Atuamos no ramo desde 1986 e já convivemos com situações até mais dramáticas, mas sempre pudemos observar que mesmo em meio as adversidades vários varejistas prosperaram, e temos certeza, que vários deles irão prosperar e até crescer em meio a crise.

Mas quais as lições apreendidas em 2015?

A primeira é que está ficando cada vez mais claro para todos que vencer no varejo requer no mínimo: estratégia, gestão e pessoas, tudo isso muito bem trabalhado, e em conjunto, para gerar uma forte experiência de compra. Tudo indica que chegamos ao final de um período de bonança em que todos cresciam, uns mais outros menos, tudo parecia dar certo, até lojas em pontos fracos, com mix de produtos convencional e pouca oferta de serviços e ou um bom atendimento pareciam sobreviver e prosperar. Agora essa realidade ficou no passado, e sem um bom plano na cabeça, sem um orçamento mínimo na mão e cercado de pessoas de baixa qualificação profissional, nenhum, repito com ênfase "nenhum" varejista irá prosperar nos próximos anos nestas condições.

 

A segunda é que cada vez mais dou razão a Nassim Taleb. Os eventos recentes nos mostram e confirmam, que o passado não pode, e por isso mesmo não deve ser usado para prever o futuro. O futuro a Deus pertence e não cabe a nós, meros mortais tentar desvendar como ele será. Só podemos, com toda a modéstia, traçar alguns cenários, nos preparar para o pior e torcer, com força e fé, para acontecer o melhor.

Assim, Taleb nos ensina que temos que nos preparar para que nos momentos de perda, percamos o mínimo possível, e nos momentos de bonança, possamos içar velas e chegar o mais longe possível. Essa posição, que a primeira vista parece enganosamente defensiva, tem uma elegância e uma inteligência superior quando estudada com profundidade. Basicamente o que Taleb nos pede é para administrarmos as oscilações de demanda e oferta de modo que possamos intercambiar nossas posições com facilidade, ou seja, em outras palavras , quando apostarmos em uma nova coleção e ou em uma nova loja, por exemplo, façamos com parcimônia, medindo os riscos e principalmente que nos certifiquemos com cuidado se temos caixa para suportar as perdas, caso nossas teses se mostrem forem equivocadas.

A terceira lição que podemos tirar do ano que se encerra é que quem teve os números na mão e percebeu lá no início que eles não iriam se confirmar, tiveram a possibilidade de mudar de rumo e reescrever o seu planejamento, segurando algumas despesas, reduzindo estoques, mantendo o caixa, e assim conseguiram atravessar o ano com poucos sobressaltos. É cada vez mais nítida a diferença de quem tem o negócio na mão e bem controlado daqueles que ainda insistem em confiar no feeling de comerciante para gerir os seus negócios.

Sabemos que a TI(tecnologia da Informação) deverá ser aliada de primeira hora do varejo em tempos de vacas magras, pois é um ótimo recurso para maximizar receitas e reduzir custos através da automatização dos processos. É hora, portanto, de nos preparar para oferecer ao varejo não apenas um software de gestão para o varejo, mas uma solução robusta, que dê respostas aos problemas de infra-estrutura, de falta de mão de obra qualificada em TI e da pouca informação que ainda é o padrão do varejo. Temos que nos reinventar como setor para dar condições estruturais de crescimento para os varejistas empreendedores que desejem transformar a sua rede de lojas e crescer com segurança.

É claro que estamos preocupados com o cenário que se vislumbra, mas muitos felizes com as possibilidade que se apresentam! Os avanços em nossa área não param e temos várias tecnologias que irão consolidar-se e poderão ajudar e muito o varejo que entra em uma nova fase.

Forte abraço, boas vendas e um grande 2016 a todos!

Itamar Wink Kochhann

Representante comercial - móveis planejados

9 a

Concordo com você Fabricio Matos Mendes

Fabricio Matos Mendes

Planejamento e Gestão de Negócios

9 a

Quem conseguir, no próximo ano, investir em profissionalismo e/ou estrutura de suporte ao próprio negócio, mesmo não crecendo em vendas, sairá na frente....e quando a recessão passar nadarão de braçada... eu acredito nisso!

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