2016 e o retrovisor

Uma das coisas que percebi que tenho feito no automático é dirigir. No início prestava atenção em tudo , em qual momento dar seta, a melhor entrada, tinha medo de ouvir música e desviar atenção, atender o celular ou até mesmo comer. Hoje em dia me pego maquiando entre um semáforo e outro, e olhar para o retrovisor nunca foi tão rotineiro e automático quanto tem sido. 

Difícil mesmo é olharmos para o retrovisor da vida e ver tudo que está lá atrás, saber se sinalizamos as passagens que fizemos, as entradas, as rotas que percorremos, se foram as melhores e mais rápidas ou se pegamos muito trânsito e engarrafamentos pelo caminho. 

Se lembra dos cruzamentos que passamos? Quantas pessoas ao lado, paralelas ou atrás, aquelas que nos ultrapassaram, as que ultrapassamos! As que demos passagem por educação e as se jogaram à nossa frente e para evitar colisões, permitimos cruzarem nosso caminho a frente. Alguns baixaram o vidro,cumprimentaram e dialogaram, outros mantiveram os vidros fechados e comunicamos apenas com o olhar, outros com insufilm e mal nos vimos e outros que nos ignoraram mesmo. 

Uau! quantos carros, pessoas, caminhos, rotas, trajetos, nesse retrovisor! Ainda bem que dirigimos para frente, de vez em quando damos ré, para estacionar, entrar em alguma vaga, mas logo saímos e continuamos para frente, sempre em frente.

Todo mundo tem seu mapa, o destino onde quer chegar, os check-ins que anseia fazer, as estadias temporárias, sazonais e as partidas em seguida.

2016 tem sido assim. 2016 vai ser assim, para mim, para você, para todos nós.

Olhe para frente:

é para lá que estamos indo! 

Pâmela Leite