2020, um ano desafiador para a liderança feminina
O ano de 2020 está sendo bem desafiador, principalmente para as mulheres com filhos, que sempre tiveram jornadas duplas de trabalho, sendo esse ano intensificada em virtude do fechamento das escolas e creches.
Segundo o estudo, Women in Workplace 2020, em português, Mulheres no Local de Trabalho 2020 da McKinsey em parceria com a Lean In, os pais com filhos estão enfrentando o dilema entre ficar abaixo das expectativas pré-pandemia (vulgo, baixa performance) que agora podem ser irrealistas ou se esforçar para manter um ritmo insustentável.
Isso se torna ainda mais preocupante quando concluímos pelos números o pouco avanço que tivemos nos últimos 3 anos e em virtude de mais mulheres estarem refletindo sobre deixar o mercado corporativo em virtude da pressão provocada pelo COVID. Isso está ocorrendo, pois, as mulheres em geral possuem padrão mais altos de desempenho e podem se sentir culpadas por não conseguir entregar no mesmo nível de antes da pandemia. Essa pressão se torna maior quanto mais alto o cargo da mulher.
Caso a perda da participação de mulheres no alto escalão aconteça, há grande risco de impacto financeiro para as empresas. A pesquisa mostra que os lucros da empresa e o desempenho das ações podem ser cerca de 50% mais altos quando mulheres estão bem representadas no topo. Fora o impacto na cultura da empresa.
Para reter as mulheres, as empresas precisam expandir seus esforços:
1. Tornar o trabalho mais sustentável
Para isso as empresas precisam revisar seus padrões de expectativa em relação aos parâmetros e realidade pré-pandemia
2. Redefinir as normas em torno da flexibilidade
Ajudando as mulheres a estabelecerem limites da vida profissional, relembrando da necessidade de fazer pausas e comunicado e treinando os líderes em relação aos horários de envio de e-mail e agendamento de reuniões.
3. Revisitar as avaliações de desempenho
Reavaliando os critérios de desempenho definidos antes da pandemia e verificando sua aderência ao cenário atual
4. Tomar medidas para minimizar o preconceito de gênero
Esse preconceito pode acontecer principalmente contra as mulheres que são mães, por causa da necessidade de acompanhar seus filhos nas aulas online, ou por terem crianças brincando ou gritando durante uma videochamada. Para isso, os lideres devem falar abertamente sobre o impacto da Covid na vida dessas mães.
5. Ajustar políticas e programas para melhor apoiar os funcionários
As empresas devem certificar-se de que os funcionários estão cientes de toda a gama de benefícios disponíveis para eles. Muitas empresas ampliaram os planos de benefício durante a pandemia como apoio emocional, consultas online e até suporte financeiro para custear mobiliário e despesas adicionais com consumo de internet e energia.
6. Fortalecer a comunicação dos funcionários
É fundamental que os líderes e as equipes de RH se comuniquem com empatia, para que os funcionários se sintam valorizados e compreendidos.
Outro ponto abordado pelo estudo, é o desafio ainda maior das mulheres negras no ambiente de trabalho. E destaca a necessidade das empresas agirem em duas áreas críticas:
1. Abordar os desafios distintos das mulheres negras de frente
Que enfrentam obstáculos enraizados tanto no racismo quanto no sexismo
2. Fomentar uma cultura que apóia e valoriza as mulheres negras
Promover uma cultura na qual as mulheres negras - e outros funcionários tradicionalmente marginalizados - sintam que pertencem.
Finalmente, é importante refletir sobre os costumes, rituais e normas organizacionais para garantir que sejam inclusivos.
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Fonte: McKinsey - Women in Workplace 2020
Executiva de TI / Diretora de TI / Tecnologia / Pessoas
4 aMuito bom, Gabi!! Nós líderes precisamos ter um olhar crítico e sensível sobre o assunto, evitando aumentar a distância de onde estamos para onde queremos ir.