25 anos dando um google

25 anos dando um google

A gente nem pára mais pra pensar de tão automático, como algumas marcas se tornam parte da nossa rotina e da cultura popular. Acho que é o sonho de toda marca: ser tão relevante e tão presente na vida das pessoas e assim elas se verem não numa relação de dependência funcional apenas mas numa construção de vínculo natural dentro do seu dia a dia.

Hoje, quando fui dar um google, descobri que o Google que está fazendo 25 anos. Primeira coisa que pensei foi o óbvio "caraca como tudo voa". Segunda coisa, foi clicar no doodle especial de 25 e cair no conteúdo especial que fizeram sobre a trajetória da marca. Assim, bem google rs.

Ali, já posicionam o conteúdo que virá : "On Google’s birthday, we’re celebrating with a special Doodle and some surprises in Search — and thanking our users for the questions that have moved us forward."

Obviamente é impossível pensar quantas vezes a gente já deu um google, ou usou de seus outros serviços para buscar alguma informação. Talvez mesmo diariamente façamos isso com uma frequência tão grande que nem percebemos. Mais uma evidência prática da marca que ficou intrinsecamente conectada a nossa rotina.

Já estudei o Google como case de marca inúmeras vezes também, com a lente de arquitetura de marca, de posicionamento, de comunicação, de cultura e toda vez que recorro a eles para procurar sobre eles mesmos (olha o inception effect aqui) sempre aprendo e descubro coisas incríveis que servem como repertório e referência para o problema-origem que despertou algum gatilho para dar o famoso google.

Resgato aqui a missão do Google (em inglês mesmo) - "to organize the world’s information and make it universally accessible and useful." A primeira vez que li essa missão anos atrás senti um quê de arrogância (como uma marca pode se comprometer a organizar toda a informação do mundo? é possível alguém deter toda a informação? - discussões filosóficas já passaram na minha cabeça sobre essa parte da missão, mas daí tem a outra parte "tornar a informação acessível e útil" - Opa! tem cheiro de coisa boa nisso. Cheiro de marca grande tentando fazer algo pras pessoas num mundo emaranhado de informações complexas e camadas múltiplas de significados.

Achei interessante também esse statement da marca de agradecer os usuários pelas perguntas que os fizeram avançar. Afinal, um componente importante de uma marca contemporânea é dialogar e ser relevante. E que jeito mais simples de criar um diálogo do que um próprio diálogo. Eu pergunto. Você responde. Eu procuro. Você me mostra. E assim, a marca vai se construindo, e trazendo na sua identidade a coerência de seu posicionamento e propósito.

Aqui um trecho da divulgação do Google sobre:

"So as we celebrate our 25th birthday today, we’re also celebrating 25 years of your curiosity. After all, your curiosity is what has fueled us — and our progress. Consider that in 2000 so many people rushed to Google seeking photos of Jennifer Lopez’s daring Grammy’s dress that it became the most popular search query. That search returned 10 blue links, but no green dress. So our engineers went to work, brainstorming new ways to index images alongside webpages and Google Images was born, enabling you to find that one photo you’re in search of faster than ever before."


How do you cut a pineapple?

Ah, mas é uma ferramenta de mídia. Sim, também. Mas já parou pra pensar que hoje em dia tudo é mídia. Até a gente pode ser mídia, e muitos somos. Se for pra ser relevante, entregar, conectar e gerar impacto, é pertinente. Afinal, é uma empresa, um negócio e precisa gerar valor. Pra si e pro mundo.

Não vou entregar aqui o conteúdo bacana que eles montaram, com curiosidades, facts e outros. Dá um google e vai lá conferir.🙏


Nick Anderson-Vines

Ghostwriter | I build content eco-systems that attract your next B2B customer | Full Stack Ghostwriter + Email Strategist for Marketing Founders | $330k+ in content-attributed revenue

1 a

fascinating to see how Google seamlessly integrated into our lives over the past 25 years. Brands that truly prioritize their users' needs don't just sell a product or service; they embed themselves into our routines and culture. Google's mission may have seemed lofty at first, but their commitment to making information 'accessible and useful' clearly paid off Renato

Roberto Muntoreanu

Assistant Professor at Colorado State University

1 a

Eu lembro a primeira vez que vi a marca. Estava me formando, minha orientadora abriu o browser e fez uma pesquisa no Google. Lembro só de pensar, que logo horrível… e olha ela aí 25 anos depois

Flora Setta

Brand Strategist | Coordenadora de Marketing e Branding | Conteúdo | Growth | Impacto e ESG | Linkedin Top Voice

1 a

Muito legal, Renato. Acho que essa missão tão ousada de “organizar as informações do mundo” que levou a marca a fazer o impensável e ser tão relevante na vida das pessoas. Por isso é tão importante os direcionamentos de marca serem internalizados na cultura da empresa.

Edmilson Souza

Creative Director | Photographer | Social Media Manager | Brand Specialist | Copywriter

1 a

Renato Winnig o Google faz tão parte da nossa vida que a gente nem lembra que é marca. Quando vi o 25 anos, pensei: poxa, parece que o Google sempre existiu. Bom texto. Abraço.

Ayandson Melo ✊🏾

comunicação | impacto social | de&i | esg | estudante de Administração - UFPE

1 a

Artigo incrível, Renato! Uma leitura fácil e que promove reflexão e muito aprendizado em relação a comunicação e construção de marcas. Gostei demais dos trechos: "...Um componente importante de uma marca contemporânea é dialogar e ser relevante.". / "...Ser relevante, entregar, conectar e gerar impacto.". No final de tudo, construir e/ou gerir uma marca é exatamente sobre isso! Obrigado por compartilhar esse artigo com a gente! 💡🧠

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