3 coisas que bloqueiam o "criar conteúdo"​

3 coisas que bloqueiam o "criar conteúdo"

Caso você tenha interesse em compartilhar histórias e conhecimento com o resto do mundo, esse texto pode ser que te ajude a enxergar três pontos que podem estar lhe impedindo.

Se tem algo que considero muito difícil é lidar com exposição, como escrevi aqui. Já deixei de publicar textos que poderiam ser úteis a alguém por medo que outros pudessem criticar. Bobeira? Talvez. Acredito que isso vai do perfil e do momento de cada um. Confesso que é um esforço diário para superar isso.

Esse medo por si só pode ser suficiente para lhe travar e impedir que compartilhem alguma experiência - posso falar isso por experiência própria. Neste texto proponho mais três coisas que podem reforçar essa trava: FOMO, leque de interesses e perfeccionismo.

Tela sendo puxada para que um novo conteúdo seja carregado.

FOMO

Fear of missing out ou "medo de ficar de fora" é relacionado a uma necessidade constante de ficar sabendo o que está acontecendo agora, ou agora, ou...agora e agora. A todo instante.

Pode ser exemplificado com aquele movimento de puxar a tela no Instagram e ver se há alguma publicação nova a cada dois minutos, conferir novos tweets publicados quando aparece aquele lindo e chamativo botão aparece na tela - sempre tão azul, tão centralizado e tão chamativo. Não que tenha acontecido comigo, claro, mas dá uma vontade incrível de ficar esperando ele aparecer só para poder clicá-lo. Entretanto, como falei, não aconteceu comigo. Foi com um amigo de um amigo de um amigo meu.

O fato é que um tempo precioso é perdido ao pegar o celular, acessar o aplicativo e "ler só mais um pouquinho" ou "rolar a tela só mais um tiquinho". Imagine isso inúmeras vezes ao longo do dia.

Sugestão: defina horários rígidos para usar aplicativos que promovem esse tipo de comportamento de consumo contínuo de informações. Início e final do dia? Hora do lanche? Independente do que você definir, siga com afinco. Só não vá definir algo como "da hora que acordo até a hora de dormir"...

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Leque de interesses

Uma pessoa ter curiosidade é tão importante e fundamental que é uma das dezessete principais competências socioemocionais trabalhadas por empresas expoentes da educação socioemocional, como a Semente Educação.

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Todavia, a curiosidade alinhada a um leque excessivamente grande de interesse pode levar uma pessoa a um caminho sem retorno em busca por novas informações - informações que não necessariamente serão úteis e práticas para aquele momento de vida ou tarefa que ela está querendo completar. No caso deste texto, o ato de compartilhar histórias e conhecimento.

Acho válido pontuar que considero a curiosidade por assuntos distintos, diversos e até bobos de grande valia. Eles podem colaborar direta ou indiretamente para a criatividade interagir com imaginação criativa - que por sinal é outra competência socioemocional. O inusitado e a inovação podem vir dessa combinação, o que é ótimo. A situação fica complicada quando você tem interesse em um leque amplo: arte, design, dança de salão, show de mágica e como são feitos, negócios e empreendedorismo, dribles novos no FIFA 21, RPGs, culinária, astronomia e Big Brother... Não. Big Brother não, nem de brincadeira.

Mesmo que venha escolher um único assunto, é impossível saber tudo sobre ele.

Sugestão: Aceite que não há como saber tudo sobre tudo. Dê a chance de alguém aprender algo com sua experiência, história, relato. Isso talvez seja mais importante do que acumular mais e mais informações e guardá-las somente na sua cabeça.

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Perfeccionismo

Se você tentou produzir ou trabalhar em algo e não pensou coisas como:

  • "Não está bom o suficiente";
  • "Não terminei, ainda faltam muitos detalhes" e;
  • "Preciso pesquisar mais... apesar de 20 fontes consultadas - ou algum número absurdo - não tenho informações suficientes".

Meus sinceros parabéns. Esses pensamentos vêm à minha mente de uma forma mais constante do que deveriam. Segredo para você, leitor: tenho alguns textos-rascunhos que não foram publicados exatamente por questionamentos como esses acima.

Ter cuidado, esmero, critério são coisas positivas mas não devem impedir de fazer, publicar e compartilhar.

Em minha humilde opinião, não deveríamos publicar um texto "excrevêndo tudu eradu, sem revizar eros gravez e bobos d e digitasao e portuges". Erros grosseiros como os encontrados entre essas aspas não podem passar, salvo se propositais - como você bem sabe que foi o caso. Não obstante, o "vosso texto não carece do alto rigor léxico e gramatical de expoentes como Machado. É mister que sejais capaz de produzir mais, sem ser peremptório o uso da linguagem erudita - preciosa e rebuscada". Há muitas possibilidades entre o tosco e a excessiva formalidade. O famoso "nem oito nem oitenta".

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Erros podem virar acertos: vai que alguém corrige e complementa o que você esteva falando. Esse comentário vai lhe ajudar e ajudar todo mundo que for acessar sua publicação.

Sugestão: Por mais que tentemos, cada produto/trabalho/esforço poderá sempre evoluir em algum aspecto. Mesmo que para uma determinada pessoa ele esteja impecável, para a pessoa ao lado pode já não estar. Então relaxe e abrace a ideia de que é perfeitamente normal e bom compartilhar algo imperfeito.

Salve um leão por dia

Nada de matar animal nenhum, por favor. Salve um leão por dia, sem pressa. Pode ser que não concorde com o texto ou que ache-os raso ou pouco relevante o que foi escrito. Se for esse o caso, ótimo! Estou desde já esperando o seu construtivo comentário para ampliarmos e aprofundarmos esse assunto.

Caso tenha se identificado com alguma das situações acima deles, dê uma relida na sugestão correspondente. Sei que eu irei ler, reler e reler...

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