3 Lições de Marketing que você pode aprender com Elon Musk
O empresário mais excêntrico do nosso século pode te ensinar muito sobre como despertar um comportamento de fã nas pessoas que te acompanham.
Esse é um sonho para a maioria dos marqueteiros para seus produtos: gerar fãs. Criar uma comunidade que defende com unhas e dentes suas mensagens, posicionamentos e sua pessoa em geral.
Bem longe de ser comum, há muito a ser aprendido sobre marketing (e principalmente Branding) com o Mr. Musk. Veja só:
1. Conecte-se a causas:
Nada aproxima mais as pessoas do que causas em comum.
Isso acontece com política, meio ambiente, CrossFit, veganismo e até clubes de carros rebaixados.
As pessoas querem estar próximas de quem fala a língua delas. Querem companheiros na briga pelos mesmos motivos. Querem pessoas que se expressam como elas se expressam.
Todo o fervor de uma briga na escola acaba se não tiver plateia, uma passeata política nunca vai ser feita se uma pessoa precisar ir sozinha e uma corrida de rua só é empolgante porque reúne centenas de pessoas com o mesmo objetivo.
No momento em que o Elon Musk de vendeu pro mundo como o salvador do planeta Terra, anunciando seus planos de colonização de Marte, atraiu milhões de fãs como um imã. Essas pessoas o adoram - e certamente vão continuar adorando independente do que ele faça a partir daqui, simplesmente porque ele se declarou publicamente conectado à causa que essas pessoas acreditam.
O que ele despertou e agarrou naqueles que compartilham dessa visão, é o que constrói a imagem de um herói. Por isso, é muito difícil de não encontrar fãs do Elon Musk por onde ele passa/fala (principalmente no twitter).
Escolher suas causas é imprescindível para qualquer marca que queira criar uma comunidade. Algumas apoiam as mulheres, outras o meio ambiente, outras os animais, as minorias ou qualquer outra coisa. Todas elas entendem o que seu público acredita e compram a ideia, se juntam ao movimento e vestem a camisa.
A partir daí o senso de comunidade se espalha e a conexão entre a marca e o público fica muito mais forte.
Isso é contrabalanceado pelo fato de que, ao defender uma causa, automaticamente você se afasta emocionalmente de outras. Nenhuma marca pode ser encaixada em dois padrões, então, ao escolher seu grupo, automaticamente você se desvincula dos outros. É uma escolha que precisa ser feita.
Por exemplo, é difícil pensar na Apple como uma marca que protege o mundo da fome, assim como não dá pra imaginar a Unicef criando inovações tecnológicas.
Exatamente por conta dessa "divisão" de causas/grupos, é difícil encontrar pessoas do meio empreendedor que sejam indiferentes ao Elon Musk. Em geral, ou você o adora ou o odeia. Isso nos leva ao segundo tópico:
2. Seja muito frio ou muito quente, mas nunca seja morno:
Elon Musk não é o tipo de cara morno.
Quando ele entra em um assunto, geralmente é para comprar uma briga ou para propor uma ideia absurda, e é com isso que as pessoas estão acostumadas.
Para que seu marketing faça sentido, você não pode ficar em cima do muro. Isso deixa sua comunicação sem sal, e dificilmente você construirá uma legião de advogados da sua marca (clientes que te defendem incondicionalmente) como Musk fez.
Isso significa que, para fins de marketing, você deve ser completamente frio: avesso a comprar brigas e agir de maneira regradamente polida (como Mark Zuckerberg ou Jorge Paulo Lemann, por exemplo). Isso faz com que suas palavras abalem muito pouco (ou nada) qualquer tipo de tópico em redes sociais e afins.
Ou você pode ser completamente quente e aproveitar cada oportunidade para alfinetar ideias diferentes das suas e agarrar causas publicamente, como Musk faz.
Em ambos os casos, você vai aproximar e repelir pessoas conforme a personalidade e o quanto seu posicionamento casa com o delas.
A questão é: nunca seja o morno. No fim do dia, ele não agrada nem desagrada ninguém, o que faz com que ninguém o defenda quando sua qualidade for colocada em xeque.
3. Esqueça os padrões
Exploração espacial de baixo custo, carro elétrico, casas "elétricas” e inteligentes e caminhonete com formato poligonal.
O que estas coisas têm em comum (além de serem todas criações do Musk)?
A resposta é simples: Nenhuma delas segue padrões. Não foram criadas dentro de um modelo e desafiam agressivamente tudo que seus respectivos mercados entendem como um bom produto.
Líderes quebram o status quo e passam por cima do senso comum. E (quase) ninguém faz isso tão bem como Elon Musk. No caso de um novo produto vindo dele, você pode esperar várias coisas, mas nunca algo normal.
Em marketing, você não pode ser normal. Normal significa mais um, e ser mais um é basicamente pedir para que ninguém te ouça.
Por isso, você precisa correr riscos e, por vezes, caminhar na linha perpendicular ao que as pessoas esperam de você.
Concluindo:
Ao Musk são atribuídos diversos adjetivos e certamente são várias as características pelas quais ele pode ser reconhecido, mas na minha opinião, a mais forte e menos comentada delas, é a capacidade dele de ser ele próprio o seu marketing. De fazer suas pessoas comprarem ideias que ele ainda nem teve.
Elon Musk é, além de um empreendedor de sucesso (até aqui), um exímio Marqueteiro. E o aprendizado mais valioso que você pode adquirir observando a jornada dele até aqui é:
A não ser que você queira ser engolido pelo mercado, não seja só mais um.