3 lições que a marca “sem marca” nos ensina
Em 2017 foi ao ar o site da “Brandless”, uma startup de produtos essenciais para o dia a dia. Autodenominada a “Procter & Gamble dos millenials”, seu modelo de negócio é baseado na venda direta ao consumidor final, reduzindo os custos relacionados ao modelo tradicional de distribuição e venda.
Em pouco mais de um ano de operação, ela cresceu mais rápido do que seus executivos imaginavam e aumentou seu portfólio de 100 para aproximadamente 300 itens, enviando-os diariamente para 48 estados norte-americanos.
De seu primeiro ano de venda direta ao consumidor, podemos tirar três lições:
1- O espaço físico ainda é importante para divulgar a marca.
Em maio, a Brandless abriu uma pop-up store (loja temporária) em Los Angeles. Não foi projetada para vender, mas para se conectar com um público socialmente engajado. O espaço foi dedicado para a realização de palestras com especialistas em saúde e bem-estar.
Essa iniciativa faz parte de uma tendência mais ampla de redefinição do papel das lojas físicas. Com os shoppings centers em declínio, o varejo norte-americano percebeu que as compras físicas precisam ser muito mais do que a simples venda de produtos. Oferecer experiências divertidas em lugares que promovam a comunidade atrai e fideliza consumidores.
2- A maioria dos consumidores ainda é sensível ao valor do frete.
Inicialmente, o frete era grátis para compras acima de US$ 72. Depois, baixou para US$ 39. Para as compras de menor valor, o preço caiu de US$ 9 para US$ 5. Um dos motivadores dessas reduções foi o movimento da Amazon de estender os benefícios do Amazon Prime (serviço no qual o cliente paga um valor fixo anual pelo frete) para a Whole Foods.
Entretanto, não basta reduzir ou zerar o frete. Nesse segmento, a entrega também é um dos fatores a serem considerados pelo consumidor. Aprimorar a logística será um dos principais desafios, pois alguns concorrentes têm trabalhado para reduzir o prazo de entrega de dias para horas.
3- É preciso um propósito para conectar a comunidade.A missão da Brandless vai além de vender produtos essenciais ao dia a dia por US$ 3. Muitos dos itens são orgânicos, sem glúten ou não transgênico. Dessa forma, a startup possibilita que mais pessoas tenham acesso a alimentos saudáveis, sem pagar preços elevados.
No fim das contas, a empresa busca lucros? Com certeza, mas também está comprometida em retribuir - começando por ajudar aqueles que enfrentam a fome. A cada pedido finalizado, a Brandless doa o valor referente a uma refeição para a ONG Feeding America.
Excelente colocação !! Como responder ao desafio do Brandless ? As grandes marcas tem perdido share consistentemente nos últimos anos