3 tendências para o mercado de franquias em 2016

3 tendências para o mercado de franquias em 2016

O mercado deve ter mais investimentos em negócios já estabelecidos.
Mesmo em crise, o segmento deve continuar apresentando crescimento bem acima do PIB.

Escolhido por muitos que deixam o mercado de trabalho, o segmento de franquias é opção para quem busca um negócio formatado e não tem apetite para se arriscar mais em uma marca independente. “Esperamos fechar 2015 com um crescimento nominal da ordem de 8%. Embora as incertezas políticas e econômicas ainda sejam grandes, creio que o mercado tenha uma expansão um pouco acima da inflação em 2016”, diz Altino Cristofoletti Junior, vice-presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

O otimismo está ligado, principalmente, aos pilares das franquias, como modelo testado e marca conhecida. “Apesar do quadro macroeconômico, o sistema de franchising aponta para crescimento e consolidação no ano de 2016, porque tem se mostrado um modelo de negócios com elementos sustentáveis de expansão e de gestão dos negócios”, afirma Adir Ribeiro, da Praxis Business.

Para os especialistas, mesmo assim, o mercado deve ter menos “modas” e mais investimentos em negócios já estabelecidos. “Para o ano que vem não vemos uma onda muito forte se aproximando. Os empreendedores irão buscar negócios mais sólidos que tenham menor risco”, diz Claudia Bittencourt, fundadora e diretora geral do Grupo Bittencourt.

Crescimento

Uma das tendências apontadas por Cristofoletti é a internacionalização. Hoje, as franquias brasileiras estão em 53 países, seja como operação ou exportação de produtos. Ao todo, 106 redes já têm algum tipo de relação comercial com o exterior. “Esse panorama, unido à depreciação do real, deve incentivar o intercambio internacional, com novas marcas chegando ao País, inclusive por meio de aquisições, e com marcas brasileiras buscando se internacionalizar”, diz o presidente da ABF.

Outra oportunidade do mercado está em estabelecimentos que apostam em nichos ainda pouco explorados. “Existem mercados negligenciados pela maioria dos estabelecimentos, como as pessoas com restrições alimentares. Celíacos e alérgicos ganham seus redutos e podem finalmente consumir em restaurantes e cafés sem riscos”, diz Claudia.

Digital

Não existe mais consumidor que não seja digital e as franquias ainda sofrem para estabelecer territórios online que não massacrem as lojas físicas. “Cada vez mais as empresas precisarão ter seus modelos de negócios contemplando esses dois ambientes, de maneira integrada, até porque o cliente não enxerga diferença. É uma marca e uma experiência de consumo só”, diz Ribeiro.

A ideia de oferecer a mesma experiência de marca em todos os pontos de contato se torna cada vez mais relevante. “O desafio será criar esses modelos que contemplem o envolvimento de toda a rede, seja unidades próprias ou franqueadas, que trarão geração de receitas de formas diferentes”, diz Ribeiro.

Encontrar esses modelos de negócios é um dos entraves que as franquias enfrentam para crescer. “A ampliação dos canais de vendas se torna quase que obrigatória para as empresas se aproximarem de verdade do consumidor”, diz Claudia. Algumas estratégias, segundo a consultora, incluem aplicativos mobile para compras direto no celular, logística e inteligência na seleção do mix de produtos. “Perder uma oportunidade de satisfazer uma necessidade do cliente pode fazer com que você não tenha outra chance no futuro”, afirma.

Desenvolvimento

Para Ribeiro, é fundamental buscar o desenvolvimento em um ambiente cada vez mais complexo e incerto. “As franqueadoras terão que revisar seus orçamentos e projeções e envolver toda a rede em programas de capacitação constantes, para ampliar conhecimento e competências”, diz. Essa capacitação deve ser bem estruturada e medida em termos de efetividade e de retorno de investimento, segundo Ribeiro.

Uma das tendências para 2016 é aumentar o contato entre franqueado e franqueador. “Aumento de visitas de campo, convenções, chats, e-learning e redes sociais impactam bastante na forma de se relacionar com os franqueados”, diz Friedheim. O uso de ferramentas tecnológicas, como Whatsapp, também pode ajudar. “Assim, a rede toda estará conectada.”

Fontes:
Texto: revistapegn.globo.com
(Por Priscila Zuini)
Foto: Thinkstock

Quer publicar um release em nosso portal? Entre em CONTATO.

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outros artigos de maciel kenji sato

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos