4 Caminhos para o auto-conhecimento

4 Caminhos para o auto-conhecimento

A um nível puramente teórico compreendemos a ideia da diversidade e os seus benefícios.

Não poderia a Humanidade ser de tal forma distante da Natureza, que cada um dos seus quase 7 mil milhões de membros, não fariam parte de um todo funcional. Certo?

Mas então porque competimos? Porque recrutamos sempre da mesma forma, o mesmo tipo de pessoas? Porque nos recusamos a aceitar e aprender com quem tem experiência ? Porque julgamos quem pensa e age de forma diferente de nós?

A resposta é simples: porque não nos conhecemos.

Se soubermos quem somos e o que temos para oferecer ao mundo, não teremos dúvidas sobre o caminho nem receio de ficarmos obsoletos. 

Todos temos algo para oferecer e muito mais do que aquilo que nos demos crédito.

Refugiamo-nos em rótulos e títulos e isso fez de nós seres mais rígidos e menos criativos. A todo o tempo temos a possibilidade de mergulhar na nossa bagagem de talentos, paixões e experiências e expressá-los com empenho.

A criatividade não precisa de autorização, apenas de auto-conhecimento.

Enquanto profissional de Recursos Humanos era claro para mim quem eram os verdadeiros talentos: os que viam com entusiasmo a possibilidade de saírem da sua zona de conforto e se porem à prova. Era ali que cresciam e que descobriam o melhor de si!

A máquina é perfeita mas temos de aprender a funcionar com ela...conhecendo-nos.

Nem todos fomos feitos para vender, para comunicar de forma eloquente, para liderarmos organizações de centenas de pessoas, para analisarmos dados, para construirmos fórmulas, para jogar à bola.

Mas fomos todos feitos de algo único e absolutamente essencial para o contexto e momento em que nos encontramos. Se assim não fosse a vida seria absolutamente arbitrária e nada do que existe faria qualquer sentido.

Eis algumas dicas para se conhecer melhor.

  1. Liberte a mente: O auto-conhecimento é um processo que opera à margem da mente. Esta está repleta de condicionamentos limitativos e "poluição" decorrente da sua educação, sistema religioso, político, social e claro do que vê ao redor, nas redes sociais, televisão, etc.
  2. Questione-se: encontre um momento em que está tranquilo(a) e bem-disposto(a) , sente-se direito, respire fundo 4 a 5 vezes com a mão no coração e depois pergunte a si mesmo para a zona do coração, o que gostaria de fazer ou se determinada actividade o faz feliz. Aguarde alguns minutos e veja o que surge. O coração tem 40 mil células poderosas e com uma inteligência própria. É nele que residem as suas respostas.
  3. Recorde-se: A minha experiência diz-me que os maiores momentos de sabedoria e lucidez do ser humano ocorrem na infância e na velhice. Assim, na sua infância poderá residir grande parte das suas respostas. Até cerca dos 7 anos a sua mente ainda não foi condicionada pelo facto do seu cérebro se encontrar em ondas cerebrais de frequência Theta. Nessa altura poderá ter sonhado com algo que hoje lhe poderá fazer sentido.
  4. Imagine: Esta é a minha favorita! Aqui a mente não pode de todo interferir com os seus julgamentos do que é "possível" ou não. Que tal ir para o seu local predilecto ou fazer algo que lhe dá prazer e imaginar uma vida que lhe trouxesse alegria? O que o entusiasmar é porque provavelmente estará dentro de si. Se juntar uma música inspiradora a este processo, vai ver como poderá ter resultados inacreditáveis.

Agora que já tem algumas propostas para viajar até ao centro de si mesmo(a) ouse ser a pessoa única que nasceu para ser.

O puzzle da Humanidade foi feito para funcionar com todos nós e cada uma das peças é importante.

Boa viagem!

Filipa Larangeira Crespo de Carvalho

CEO Newmanity School | Well-being & Human-centric Leadership Coach | Future of Work Advisor | Lecturer


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