4 passos para cortar custos da sua empresa sem perder a eficiência
Em momentos de crise, é preciso reavaliar a relevância dos gastos para que o empreendimento sobreviva.
Com uma crise econômica sem previsão para terminar, muitas empresas buscam soluções para cortar custos e garantir sua sobrevivência. O grande desafio é conseguir fazer isso sem que a eficiência do negócio seja prejudicada.
O professor de estratégia da Educação Executiva do Insper, Carlos Caldeira, explica que muitos empreendedores não sabem como reduzir os custos da forma correta: “Às vezes, a empresa corta o táxi e o cafezinho sendo que tem coisas muito mais caras que podem ser cortadas”, diz.
José Sarkis Arakelian, professor da Faculdade de Administração da FAAP, afirma que é muito comum se preocupar mais com a parte de vendas e acabar esquecendo dos gastos. “É preciso parar e reavaliar. Comece checando os custos e veja quais ainda são necessários e quais precisam ser redimensionados”. Caldeira e Sarkis listaram os aspectos mais importantes para se considerar na hora de cortar custos e não perder a eficiência:
- Automação
De acordo com Caldeira, é sempre bom fazer um projeto de aumento de eficiência produtiva. Muitas empresas têm custos que não farão nenhuma diferença para sua eficiência e desenvolvimento. Por exemplo, alguns processos e etapas são desnecessários para a realização de determinadas tarefas. “A automação é uma boa saída para reduzir custos. Ela resolve problemas de contratação”, afirma.
- Terceirização
Esse é um caso que merece atenção e uma reavaliação. “Às vezes, valia a pena terceirizar um serviço, mas não agora”, diz Caldeira. Ele ainda afirma que o processo contrário também pode ser mais vantajoso. Não é raro que uma atividade interna seja bem mais cara do que se um terceiro a realizasse. A decisão entre terceirização ou internalização de um serviço mudam de caso em caso.
- Fornecedores
“O mercado não está favorável para ninguém. Todos os tipos de empresas estão tendo que reavaliar seus custos”, afirma Arakelian. É preciso contatar os fornecedores da empresa e tentar algum tipo de renegociação e um possível desconto nos produtos e serviços. Além disso, essa também é uma boa hora para ir atrás de novos fornecedores, que também estão em busca de novos clientes.
- Custos financeiros
Segundo Caldeira, os pequenos e médios empreendedores ainda têm dificuldade para entender os custos associados ao capital de giro. “É algo praticamente invisível. Muitas empresas percebem que estão perdendo dinheiro, mas nem sabem apontar o porquê”, diz. É preciso ter uma gestão cuidadosa dos estoques - que não podem ser muito grandes - e prestar atenção no prazo de recebimento dos produtos. Quanto maior o prazo de entrega de um fornecedor, maior é o custo da empresa, que deve ter capital de giro suficiente para suprir esse período.
Fontes:
Texto: revistapegn.globo.com
(Por Talita Mônaco)
Foto: Divulgação
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