621 - A primitividade da reinvenção
Estamos ultrapassando a era da transformação e partindo para a disrupção. Isso não significa que teremos que pegar um “Disruptor Klingon” e sair desintegrando à todos que não pensam da mesma forma que nós.
Aquilo que temos que transformar, ou ainda, desconstruir e reconstruir de uma forma mais otimizada e acessível, não precisa ser necessariamente alfo que nunca foi visto pela humanidade. Um exemplo, pode ser o churrasco.
Quer coisa mais primitiva que o churrasco? Desde que o homem pré-histórico descobriu o fogo e iniciou sua dieta carnívora, ele pega um pedaço de carne crua de algum animal, faz uma fogueira e deixa a carne assando sobre aquele braseiro. Talvez hoje em dia, estamos aprimorando um pouco com o tipo de carne, algumas facilidades de carvão pronto e uma pitada de variados tipos de sal (grosso, parrilha, do Himalaia, entre outros). Mas, tudo se resume, ainda hoje, em carne e brasa.
A inovação do churrasco pode ter sido focada, não apenas na forma de se fazer, mas sim, em sua finalidade. Aquilo que era de extrema necessidade de sobrevivência, em eras mais remotas da história humana, hoje pode ser revertida em uma oportunidade.
A oportunidade do bom churrasco, nem sempre está na carne utilizada, mas sim, na companhia. Reunir amigos e parentes em torno de um ritual carnívoro, pode ser uma das melhores experiências que o homem pode ter adotado de seu antepassado e com o poder da disrupção, transformado em um palco de idéias, relacionamentos, negócios e espiritualidade.
Tudo em nome da “disrupção” e da pós modernidade... desejo à todos um excelente churrasco!