8 mindsets que tem de deixar ir para ser um bom líder holístico

8 mindsets que tem de deixar ir para ser um bom líder holístico

(English version below)

Numa abordagem regenerativa, as empresas são como organismos vivos, numa necessidade constante mutação e adaptação. Principalmente, quando nos deparamos com desafios cada vez mais exigentes no sector do turismo, que precisa que uma macro regeneração aconteça.

Não precisamos de fazer mais, mas temos de fazer melhor.

Neste contexto, uma liderança holística surge com uma das respostas emergentes e necessária.

É urgente que os líderes abracem não apenas uma performance elevada, mas também, e acima de tudo, uma abordagem humanizada e regenerativa; cuidando do bem-estar das suas equipas, do equilíbrio do ambiente e privilegiando o respeito pelas comunidades que servem.

Mas para praticar e implementar essa liderança holística, é essencial que cada líder se liberte de algumas crenças e hábitos que têm enraizados.

Recordando que todos somos líderes. Que liderança em nada se relaciona com um título, mas com a capacidade de cada um de nós influenciar positivamente os outros em seu redor e impactar e regenerar o ambiente onde atua.

Tudo começa e tudo termina em cada um de nós. De todos para todos.

Serão apenas estas mudanças internas que irão permitir cultivar uma liderança enraizada na empatia, resiliência e sustentabilidade. Com foco nas Pessoas, no Planeta e nos Proveitos.

Aproveitando a energia do outono, em que tudo se liberta e tudo se regenera, para o novo poder emergir, deixo oito ‘mindsets’ que um líder deve libertar. Não só para ser um líder holístico transformador, mas também para se tornar um melhor ser humano.

Já o que o Turismo, acima de tudo, é de Pessoas para Pessoas.


1. Libertar da Necessidade de Perfeição

O turismo é uma indústria de constante movimento, onde cada interação pode apresentar desafios inesperados. A busca pela perfeição pode paralisar a tomada de decisões e sufocar a criatividade. Em vez disso, deve-se adotar o progresso em detrimento da perfeição. Os líderes holísticos compreendem que os erros são oportunidades de crescimento e inovação. Ao largar o perfeccionismo, cria-se espaço para a autenticidade, a conexão humana e respostas mais ágeis às necessidades tanto dos hóspedes quanto das equipas e das comunidades.

2. Deixar o Medo do Fracasso

Os líderes no turismo enfrentam frequentemente grandes desafios—seja o sucesso de um novo projeto ou a satisfação dos clientes e dos colaboradores. No entanto, o medo do fracasso pode impedir a tomada de riscos e de estratégias criativas que podem transformar como o turismo interage com o planeta. Liderança de alta performance envolve aceitar o fracasso como parte do caminho. Os líderes regenerativos reconhecem que é através do fracasso que surgem novas abordagens, mais alinhadas com o sucesso sustentável a longo prazo, protegendo as Pessoas, o Planeta e os Proveitos de todos.

3. Desapegar-se do Controlo

A indústria do turismo, particularmente em tempos imprevisíveis, como pandemias ou crises ambientais, exige flexibilidade. Enquanto líder, tentar controlar todos os resultados leva ao esgotamento e limita o crescimento da equipa. A liderança humanizada convida à delegação e à confiança. Ao largar a necessidade de controlar tudo, empodera-se a equipa para que esta contribua com as suas forças únicas, fomentando a colaboração e a inovação. A longo prazo, isso cria organizações mais resilientes e adaptáveis, onde a cocriação deixa os seus resultados.

4. Libertar Crenças Desatualizadas

O turismo está cada vez mais a mover-se em direção a modelos regenerativos e sustentáveis. Líderes que se apegam a crenças ultrapassadas sobre sucesso—como estratégias puramente orientadas para o lucro ou práticas extrativistas que prejudicam o ambiente— vão ficar para trás. Ao se libertar estes paradigmas antigos, permite-se liderar com propósito, alinhado aos valores atuais e necessários de um turismo responsável e consciente. No turismo regenerativo, os Proveitos a longo prazo estão entrelaçados com o Planeta e as Pessoas, criando ecossistemas prósperos para todas as partes interessadas.

5. Deixar de Querer Agradar a Todos

Embora o turismo enfatize frequentemente a satisfação do cliente, tentar agradar a todos é não só impossível, mas também insustentável. Os líderes devem reconhecer a importância de estabelecer limites e de priorizar o bem-estar da sua equipa, do planeta e das comunidades que servem. Os líderes regenerativos devem concentrar-se em tomar decisões que beneficiam o bem comum, e não apenas a satisfação imediata de alguns. Essa abordagem cultiva relações duradouras e um sentido mais profundo de responsabilidade pelo impacto do turismo.

6. Desapegar-se do Ego

A liderança holística no turismo é sobre serviço—às pessoas, ao planeta e aos futuros. A liderança guiada pelo ego, que busca apenas um reconhecimento pessoal, desvia o foco deste propósito. Libertar-se do ego permite tornar-se um líder mais compassivo e empático. Quando se lidera a partir de um lugar de humildade e com um propósito coletivo, cria-se um ambiente de trabalho onde cada membro da equipa se sente valorizado e inspirado a contribuir para uma missão maior. Mostrar as suas fragilidades e pedir ajuda, é um ato de coragem e não de fraqueza.

7. Libertar-se da Comparação

A indústria do turismo é altamente competitiva, mas comparar-se constantemente com os outros diminui o valor das suas contribuições únicas. Cada negócio ou líder no turismo tem algo distinto a oferecer, seja uma perspetiva cultural particular, inovação sustentável ou experiências únicas para os hóspedes. Ao libertar o hábito de se comparar, ou até de copiar o que já está feito, abre-se espaço para focar nos pontos fortes e liderar de forma autêntica. Isto fomenta uma indústria turística mais inclusiva e cooperativa, onde os líderes se elevam uns aos outros em vez de competirem.

8. Deixar a Obsessão pela Produtividade

Num ambiente de alta performance como o turismo, a produtividade é muitas vezes uma prioridade. No entanto, uma obsessão doentia com a produtividade pode levar ao esgotamento—tanto pessoalmente como da equipa. Um líder regenerativo reconhece a importância do equilíbrio, garantindo que a produtividade não compromete o bem-estar. Ao largar esta obsessão, abre-se espaço para o descanso, a criatividade e a sustentabilidade, que acabam por conduzir a uma performance superior e a um ambiente de trabalho mais saudável.


Ao se libertarem destas oito mentalidades limitadoras, os líderes no turismo não só se tornam pessoas melhores, mas também fomentam uma liderança holística que beneficia as suas equipas, os negócios e o planeta e comunidades. A liderança no turismo já não se trata de liderar com força ou perfeição, mas sim com propósito, humanidade e uma visão de longo prazo para a regeneração. Através destas mudanças internas, é possível criar um sector turístico que prospere, não só hoje, mas para as gerações futuras.

Regenerando a essência do passado.

Transformando positivamente o presente.

Criando um legado equilibrado de todos para todos, nos futuros emergentes.


8 mindsets you need to let go of to be a good holistic leader

In a regenerative approach, companies are like living organisms, in constant need of mutation and adaptation. Especially when we are faced with increasingly demanding challenges in the tourism sector, which needs a macro regeneration to take place.

We don't need to do more, but we do need to do better.

In this context, holistic leadership is one of the emerging and necessary responses.

Leaders must embrace not only high performance but also, above all, a humanized and regenerative approach. They must care for the well-being of their teams, the balance of the environment, and prioritize respect for the communities they serve.

However, to practice and implement this holistic leadership, each leader must free themselves from some deep-rooted beliefs and habits.

Remembering that we are all leaders. That leadership has nothing to do with a title, but with the ability of each of us to positively influence others around us and to impact and regenerate the environment in which we operate.

Everything begins and ends with each one of us. From everyone to everyone.

It is only these internal changes that will allow us to cultivate leadership rooted in empathy, resilience, and sustainability. With a focus on People, Planet, and Profit.

Taking advantage of the energy of autumn, when everything is released and regenerated, so that new power can emerge, I leave you with eight 'mindsets' that a leader must release. Not only to be a transformative holistic leader but also to become a better human being.

Once Tourism, above all, is about people for people.


1. Releasing the Need for Perfection

Tourism is an industry in constant motion, where every interaction can present unexpected challenges. The quest for perfection can paralyze decision-making and stifle creativity. Instead, progress should be embraced over perfection. Holistic leaders understand that mistakes are opportunities for growth and innovation. By letting go of perfectionism, space is created for authenticity, human connection, and more agile responses to the needs of guests, teams, and communities alike.

2. Let go of the fear of failure

Leaders in tourism often face major challenges — whether it's the success of a new project or the satisfaction of customers and employees. However, fear of failure can prevent risk-taking and creative strategies that can transform how tourism interacts with the planet. High-performance leadership involves accepting failure as part of the journey. Regenerative leaders recognize that it is through failure that new approaches emerge, more aligned with long-term sustainable success, protecting People, Planet, and Everyone's Profits.

3. Letting go of control

The tourism industry, particularly in unpredictable times such as pandemics or environmental crises, demands flexibility. As a leader, trying to control all outcomes leads to burnout and limits the team's growth. Humanized leadership invites delegation and trust. By letting go of the need to control everything, you empower the team to contribute its unique strengths, fostering collaboration and innovation. In the long run, this creates more resilient and adaptable organizations, where co-creation pays off.

4. Release Outdated Beliefs

Tourism is increasingly moving towards regenerative and sustainable models. Leaders who cling to outdated beliefs about success-such as purely profit-oriented strategies or extractive practices that harm the environment will be left behind. Letting go of these old paradigms allows you to lead with purpose, in line with the current and necessary values of responsible and conscious tourism. In regenerative tourism, long-term profits are intertwined with the planet and people, creating thriving ecosystems for all stakeholders.

5. Stop Wanting to Please Everyone

Although tourism often emphasizes customer satisfaction, trying to please everyone is not only impossible but also unsustainable. Leaders must recognize the importance of setting limits and prioritizing the well-being of their team, the planet, and the communities they serve. Regenerative leaders must focus on making decisions that benefit the common good, not just the immediate satisfaction of a few. This approach cultivates lasting relationships and a deeper sense of responsibility for the impact of tourism.

6. Detach from Ego

Holistic leadership in tourism is about service - to people, the planet, and the futures. Ego-driven leadership, which seeks only personal recognition, distracts from this purpose. Freeing yourself from the ego allows you to become a more compassionate and empathetic leader. When you lead from a place of humility and with a collective purpose, you create a working environment where each team member feels valued and inspired to contribute to a greater mission. Showing your weaknesses and asking for help is an act of courage, not weakness.

7. Freeing Yourself from Comparison

The tourism industry is highly competitive, but constantly comparing yourself to others diminishes the value of your unique contributions. Every business or leader in tourism has something distinctive to offer, whether it's a particular cultural perspective, sustainable innovation, or unique guest experiences. Releasing the habit of comparing, or even copying what's already been done, opens up space to focus on strengths and lead authentically. This fosters a more inclusive and cooperative tourism industry, where leaders lift each other up rather than compete.

8. Let go of the Obsession with Productivity

In a high-performance environment like tourism, productivity is often a priority. However, an unhealthy obsession with productivity can lead to burnout-both personally and for the team. A regenerative leader recognizes the importance of balance, ensuring that productivity does not compromise well-being. Letting go of this obsession makes room for rest, creativity and sustainability, which ultimately lead to higher performance and a healthier working environment.


By freeing themselves from these eight limiting mindsets, tourism leaders not only become better people but also foster holistic leadership that benefits their teams, the business, the planet, and communities. Leadership in tourism is no longer about leading with strength or perfection, but with purpose, humanity, and a long-term vision for regeneration. Through these internal changes, it is possible to create a tourism sector that thrives, not just today, but for future generations.

Regenerating the essence of the past.

By positively transforming the present.

Creating a balanced legacy for all in the emerging future.

Julia Dojas

Founder of Julia Dojas Sustainable Events | Expert in Sustainable Event Planning, Boutique Weddings & Eco-Friendly Corporate Events | Passionate About Plant-Based Cuisine, Natural Design & Creating Positive Impact Events

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Maravilhoso! Isso vale tanto para uma jornada pessoal quanto corporativa! obrigada Sandra Matos 🌱🐘🐾☀️

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