Aí vai o que "Fail Fast" realmente significa
Por David Brown, publicado em venturebeat.com e traduzido pela equipe LAJE
Como empreendedores, estamos todos familiarizados com a frase “fail fast”, mas o que ela realmente significa? E como colocar o conceito em prática? Além disso, o que é um “pivot”; ele pode ser feito sem abandonar tudo e começar de novo?
Falhas podem tomar muitas formas. Pode ser uma característica, pode ser um ajuste de um produto ao mercado, pode ser um modelo de negócios, a escolha de um cofundador, uma contratação ou mesmo a ideia de começar um novo negócio. Fail Fast não se aplica a todas estas categorias. Vamos a elas.
Vamos começar com as coisas às quais Fail Fast não se aplica. Se você faz muita pesquisa de mercado, se apaixona por uma ideia, começa um negócio com seu melhor amigo, trabalha nele por um tempo, mas tem dificuldade em fazê-lo decolar, isso quer dizer que você deve “falhar depressa” e fechar o negócio? Claro que não. A maioria dos maiores negócios do mundo tropeçaram por um tempo antes de encontrar a fórmula certa para deslanchar. Como o CEO de uma empresa muito bem-sucedida me disse uma vez: “Levou dez anos para eu me tornar um sucesso da noite para o dia”.
Do mesmo modo, se você está construindo um negócio e as coisas estão indo bem, mas você não se dá vem com o seu cofundador, você simplesmente o manda embora e encontra uma nova pessoa? Talvez não; construir um negócio de sucesso pode ser estressante e você deve investir tempo em trabalhar na sua relação com seu braço direito. Se você não o fizer, você vai contratar outro e ter o mesmo problema com ele logo em seguida.
Fail Fast não é sobre grandes problemas, é sobre os pequenos. É uma abordagem ao dirigir uma empresa ou desenvolver um produto que engloba vários pequenos experimentos com a ideia de que alguns deles vão funcionar e crescer e outros falhar e morrer.
Como o CEO de uma empresa muito bem-sucedida me disse uma vez: “Levou dez anos para eu me tornar um sucesso da noite para o dia”.
Não está certo se o seu produto deve requisitar aos usuários muitas informações antes do uso? Uma abordagem seria falar com várias pessoas, recolher diferentes pontos de vista, avaliar suas opiniões, decidir o que fazer, programar essas decisões na trajetória do produto, desenvolvê-las e testá-las e, só então, lançá-las. Ou se você não conseguir desenvolver nada a partir delas ou se elas não funcionarem, “fail fast”, faça um “pivot” e tente algo novo.
Não consegue decidir se o seu público-alvo é o grupo de CEOs listados pela Fortune 500 ou mães que jogam futebol? Você pode fazer uma análise de mercado, conversar com públicos de interesse, conduzir grupos focais antes de levar seu produto ao mercado. Ou você pode tentar lançá-lo e, se não der certo, “fail fast”, faça um “pivot” e foque no grupo certo.
Está agoniado com o time de vendas improdutivo que você contratou? Vale dar a eles mais uma chance? Dar a eles mais treinamento ou instrução? Esperar que o produto esteja mais maduro para eliminar as reclamações dos clientes? Talvez. Ou você pode chegar à conclusão de que você fez más contratações e que você deve “falhar depressa”, fazer o “pivot” e seguir em frente.
Esses são exemplos que ilustram um jeito de fazer negócios dia após dia, semana a semana. Não é a visão do todo, é uma abordagem. Desenvolver uma cultura de experimentação, estar aberto a tentar coisas novas, fazê-las rapidamente. Mas se não estiver funcionando, esteja aberto a falhar rápido e fazer seu “pivot”
David Brown é sócio-gerente da Techstars.