ABORTO LÍQUIDO
Apoiado na tese do grande sociólogo polonês Zigmunt Bauman "Modernidade Líquida", podemos perceber uma patente liquidez dos argumentos pró liberação do aborto.
O que se defende como liberdade da mulher sobre seu corpo não passa de um desejo por libertinagem, ou seja, um desejo pela irresponsabilidade, um desejo pela ruptura de vínculos, exatamente como descrito pelo grande sociólogo citado acima. É claro que só as pessoas com alto poder aquisitivo seriam "beneficiadas" por essa liberação - se é que pode se chamar de benefício a possibilidade de praticar aborto indiscriminadamente - pois o SUS não teria condições de atender as pessoas, sendo assim o argumento social de que iria diminuir crianças abandonadas e ajudar nas questões de miséria é pura conversa fiada.
Por fim é importante ressaltar que a defesa da liberação do aborto pressupões que a criança é uma propriedade, um objeto do qual a "mãe" ou genitora, acho mais adequado, poderia dispor livremente. Vale ainda ressaltar que o presente texto é contra a autorização do aborto indiscriminado, sou a favor que se mantenha a legislação atual com as duas excludentes de ilicitude, a saber o estupro e para salvar a vida da mãe (quanto ao feto anencéfalo não acredito ser o caso).
Que Deus nos ajude a assumirmos nossas responsabilidades e pararmos de querer uma vida dissoluta, pois essa postura infantil e mimada (Theodore Dalrymple) custará a dissolução da própria sociedade.