ACELERAÇÃO DA MIGRAÇÃO PARA O DIGITAL

Uma das principais consequências da Pandemia foi o isolamento social e a Casa como o lugar onde tudo acontece. Neste novo contexto, o digital foi a nossa janela para o mundo e um facilitador para realizar tarefas básicas do dia a dia como fazer compras, que eram feitas preferencialmente até agora no mundo físico. Segundo um estudo da Gabriela Arthur e Keiko Mori, da Google, segue as principais buscas de quem foi ao Google para nevegar na vida "digital first":

A transformação digital, que já estava acontecendo em várias companhias, foi acelerada na maior parte das empresas e segmentos de atividade, para capitalizar acima desta nova realidade. Segundo Gabriela e Keiko, "as jornadas de compra de diferentes setores se digitalizaram intensamente nos últimos 6 meses". Houve um aumento significativo de novas buscas na internet, em novas categorias e por pessoas que não costumavam fazer este tipo de busca.

Além disso da agenda de criação de muitos E-commerce ter sido adiantada e acelerada (e pequenas e médias lojas físicas se organizando para oferecer os seus produtos em marketplaces), principalmente no segmento de Supermercados, houve um crescimento muito expressivo de novos Consumidores durante a Pandemia, que nunca tinham pensando em comprar via internet. Também houve uma diversificação sem precedente do número de novas categorias compradas por quem já costumava comprar via Internet porém somente em categorias bem específicas e geralmente de Não Alimentar.

Embora o Alimentar ainda representa uma fatia muito pouco significativa das vendas online, a Pandemia ajudou a quebrar este tabu ou paradigma de que o Online só serve para comprar produtos não alimentar como Bazar, Eletro e Têxtil. Produtos de Higiene e Limpeza começaram a ser muito mais comprados online, assim como Bebidas e a última fronteira a ser ultrapassada já está também caindo : os produtos frescos.

Um novo Consumidor, mais omnicanal, e ávido por integração entre os canais de compra para ter uma experiencia cada vez mais fluida e intuitiva, está ditando a orientação estratégica das Companhias. As empresas orientadas para atender este novo Consumidor, e apresentando uma plataforma completa com sinergia on e offline são as mais bem sucedidas para enfrentar esta nova realidade e se sustentar no futuro. Os desafios logísticos e a ideia de trazer o estoque até o Cliente e não o contrário, através de novos serviços como click and collect, lockers, delivery, last milers, é um outro paradigma que caiu por terra. Em vários segmentos de atividade como Roupas ou Eletro, vários varejistas foram muito bem sucedidos nesta reinvenção.

O crescimento do E-Commerce durante a Pandemia, como consequência, foi de constante e consistente 3 dígitos. O ticket médio acabou caindo ligeiramente, devido a um mix mais amplo de produtos comprados online e de menor valor agregado do que aqueles tradicionalmente comprados. Em contrapartida, a freqüência de compras assim como o aumento de novos lares compradores, fez a quantidade de pedidos explodir. Tudo indica que este crescimento (mesmo se vai desacelerar em comparação com os números da Pandemia) continuará acelerado frente a uma situação Pré Covid. Essa nova tendência veio para ficar : quem experimentou, gostou e já declarou que continuará comprando online.

Essa nova tendência vem para somar e agregar mais experiencia e praticidade para o Consumidor. Quem ainda não entrou nesta grande transformação está bem atrasado, mas nunca é tarde demais para fazer o certo ...