Acelerando a transformação em negócios tradicionais
Olá! Meu nome é Gisele Ramos e esse é o meu primeiro artigo no LinkedIn. Sou especialista em marketing e inovação e, há pelo menos 10 anos, tenho atuado em prol do desenvolvimento do ecossistema de inovação em Minas Gerais. Deixei de ser "apenas" uma entusiasta da inovação para atuar diretamente na construção de estratégias territoriais.
Nesse período, transitei na chamada tríplice hélice - já atuei em governos (municipais e estaduais), em entidades empresariais de segmentos variados, em universidades e agora, tenho a minha própria empresa de consultoria e treinamentos - a GA2B! E, embora a nossa empresa esteja atuando fortemente com a inovação e transformação digital no agronegócio, decidimos explorar outra vertical: a do conhecimento e cultura de inovação para pequenos negócios.
Tenho percebido diversas iniciativas que apoiam o desenvolvimento das startups (embora o Brasil precise melhorar muito, já vemos alguns ecossistemas iniciando um processo de maturidade - como São Paulo, Floripa, Recife e BH) e uma grande dificuldade de "popularizar" a cultura de inovação em empresas de pequeno e médio porte. Sim, inovar também é difícil para as grandonas... mas lá existe recursos financeiro disponível para o desenvolvimento de uma cultura de inovação, mesmo que seja "de cima para baixo".
A criação de novos negócios continua sendo incentivada por vias tradicionais, incentiva-se o plano de negócio antes mesmo de refletirmos sobre o modelo que fará o negócio girar. Mesmo porque, ainda não aprendemos empreendedorismo nas escolas. Pensamento enxuto, resolução de problemas complexos e criatividade são disciplinas distantes da realidade da maioria dos brasileiros.
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Nesse contexto algo sempre me incomodou. Se as startups precisam ser aceleradas, os negócios "tradicionais" também. O dono de uma micro-indústria ou de uma padaria, açougue, loja de roupas e até mesmo uma manicure - todos precisam de orientação, de conhecimentos, de conexões e, principalmente, de disciplina para colocar em prática as estratégias. Precisam entender que para construir uma base firme para um negócio é necessário realizar pesquisas que vão além do seu mercado. É preciso entender os desejos e necessidades do seu consumidor, as tecnologias emergentes, os movimentos políticos e econômicos. É preciso profissionalizar de fato o empreendedorismo, porque senão irão no máximo empatar as finanças (no melhor cenário).
Todo negócio resolve um problema. E poucos são os empresários que constroem as suas estratégias com a visão clara sobre o problema que o negócio está resolvendo. Em uma mentoria recente um empreendedor disse que gostaria de investir em uma lanchonete e eu perguntei: "O que tem de errado com as outras lanchonetes que estão na mesma região que você pretende atuar?". Não havia uma resposta para essa pergunta, porque o empreendedor ainda não tinha parado para refletir sobre isso - e isso acontece com a grande maioria dos negócios que estão sendo criados. Não há diferencial competitivo. Não há proposta de valor. Não há inovação.
Se queremos mudar a cultura de um país, não podemos permitir que CNPJs sejam criados sem o mínimo de conhecimento, orientação, reflexão e estratégia. O pequeno negócio de hoje TEM que ser o médio de amanhã. E, por acreditar no potencial da cultura de inovação para impulsionar a nossa economia, criamos o Jornada de Empreendedores: um programa online onde ajudamos empreendedores a criar negócios do zero e promovemos a aceleração da transformação em negócios tradicionais. Mas esse, já é assunto para um próximo artigo. ;)
Representante Comercial
4 aExcelente, entrei a pouco no mundo do empreendedorismo, tenho como meta responder mensalmente 3 perguntas que para mim são essências para que o meu negocio evolua: Qual meu diferencial competitivo? Qual minha proposta de valor? Como posso inovação? Confesso que não é fácil, ainda bem que existem pessoas como você Gisele, comprometidas em ajudar pessoas como eu a gerar valor para sermos competitivos e inovadores.