Afinal, o que é Ciclo de Conversão de Caixa (CCC)?

Afinal, o que é Ciclo de Conversão de Caixa (CCC)?

Você já se atentou para o fato de que muitos dos indicadores financeiros na verdade falam mais sobre os aspectos operacionais do negócio do que efetivamente sobre finanças? Por exemplo, quando as empresas organizam seus painéis de indicadores, naturalmente depositam a responsabilidade sobre a gestão de capital de giro nas mãos dos gestores da área financeira, porém não param para refletir quais são as variáveis relevantes que afetam esse indicador.

O Ciclo de Conversão de Caixa (CCC) é um importante conceito que demonstra que as causas raízes da necessidade de capital de giro de uma empresa residem nas decisões de cunho operacional, e não nas áreas financeiras. O CCC, que também é chamado de cash-to-cash (C2C), pode ser definido como o “tempo despendido entre a entrada do investimento para o estoque até a reintegração do valor referente às vendas seja reintegrado ao caixa da empresa” (Zeidan e Vanzin, 2019).

Vamos detalhar um pouco mais esse conceito? Veja esse gráfico abaixo:

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De maneira geral, as empresas medianamente organizadas concentram suas análises sobre o capital de giro (CDG) e se assustam quando percebem que os montantes envolvidos no financiamento de suas operações começam a ficar alto. Entretanto, não conseguem estabelecer a relação entre os indicadores operacionais e o CDG. Resultado: enxergam o sintoma (CDG alto), mas não conseguem diagnosticar o que levou a tal necessidade de capital de giro, muito menos são capazes de propor ações práticas para reduzi-la.

 É interessante perceber que o CCC é uma medida temporal, ou seja, considera o total de dias que o caixa leva entre voltar para a empresa, desde o momento em que ele saiu para o pagamento das obrigações com os fornecedores. Em outras palavras, trata-se de um indicador que tem muito mais a ver com decisões relacionadas com gestão de suprimentos, de operações e de vendas do que especificamente das áreas financeiras. Isso significa que os gestores financeiros precisam atuar de forma muito integrada com seus pares das outras áreas. Um CFO estratégico precisa ter visão sistêmica, holística e integrada de toda a organização para poder estabelecer as devidas relações de causa e efeito entre as decisões operacionais e seus impactos nas finanças corporativas.

Ficam aqui algumas provocações para que os gestores financeiros reflitam sobre si e sua equipe:

  • Nós somos capazes de calcular corretamente o CCC de nossa empresa?
  • Nós temos mecanismos e ferramentas que os permitam monitorar precisamente o CCC e seus impactos no CDG?
  • Conseguimos avaliar os impactos de fenômenos externos como a pandemia e a guerra da Ucrânia nos resultados empresariais?
  • Nossas análises nos permitem simular cenários a partir das possíveis ações a serem implementadas nas nossas operações?

Participe da Jornada CFO Evolution 2022 e você receberá vários insights para ajudar a responder as questões acima. Nosso primeiro encontro acontecerá no dia 26/04, quando receberemos o Prof. Rodrigo Zeidan (NYU-Shangai e FDC-BH) para comentar os casos da MRV e da Tramontina que atuaram sobre o CCC e conseguiram um alívio de centenas de milhões de reais em seus CDG.

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Conceito fundamental na Gestão Financeira. Importante identificar os Drivers que Impactam a NCG, e atuar juntamente aos gestores da organização, com o objetivo de gerar caixa para a organização.

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