Afinal, qual é o foco?

Foco, força e fé. Em que mesmo?

As pessoas sempre em busca de teorias que lhe deem um direcionamento certeiro para os seus objetivos, as empresas dizem: foco no cliente, foco do cliente; os seus colaboradores têm um pensamento de automotivação, (principalmente nas situações de stress extremo): foco na carreira, e isso se repete nos demais aspectos da vida.

Mas, o que é a vida mesmo? Ninguém respondeu definitivamente, e que bom que não há uma resposta definitiva, mas todos nós cantamos e concordamos com Gonzaguinha quando diz que ela “é bonita, é bonita e é bonita”; essa beleza está nas relações humanas, talvez a vida seja isso, um eterno aprendizado das relações humanas, através das relações humanas.

Então foco em que mesmo? No outro, no próximo, pode ser o cliente, o colega, o parente, o amigo, ou até aqueles se veem ainda como inimigos.

Tirar o foco de si, da minha carreira, da minha empresa, do meu lucro, dos meus resultados, das minhas necessidades, dos meus desejos, e olhar também ao meu redor.

Isso não significa esquecer de mim, mas me lembra que não conquisto nada sozinha, que não faz sentido querer acumular, que o sentido de tudo está em partilhar, compartilhar as possibilidades, as oportunidades, o conhecimento, criar condições, seria isso “sustentabilidade”, “empatia”, “humanização”? Estamos em transição?

Será mesmo que todas as palavras da moda no mundo corporativo, que invadem nossa vida pessoal, social, estão tão interligadas, ao ponto de terem quase o mesmo significado e aplicação?

Será mesmo que é tudo tão simples assim, quase óbvio…

Ah, não, o óbvio não existe. O que é óbvio para mim, pode não ser para outra pessoa….

Mas, e se o óbvio for tão simples e tão óbvio que, por orgulho não reconhecemos sua existência? Pois isso significaria admitir que não somos tão brilhantes assim, não conseguimos enxergar a simplicidade do óbvio, não, definitivamente o óbvio não pode existir.

Foco no aprendizado.

Mas o importante é aprender as técnicas de trabalho, não é necessário aprender a pensar, a enxergar, a ouvir, a observar, o importante é dominar as técnicas e ferramentas de trabalho. Produzir.

Filosofia é uma bobagem.