Agora sim a máxima “problemas de casa ficam em casa” perdeu de vez a força.
A pandemia trouxe novos comportamentos e novas perspectivas de encarar as rotinas profissionais.
Independentemente de serem híbrido, presencial ou remoto, os novos modelos exigirão novas práticas de gestão. Esses novos processos incluirão um CUIDADO, principalmente, daqueles profissionais que optarem pelo modelo home.
Para quem acredita que trabalhar em casa é muito bom, há quem afirme o contrário. Além de toda a estrutura: boa conexão de internet, boa cadeira, ar condicionado (sim, porque pra aguentar os dias quentes, haja ar!), silêncio, tem ainda os filhos, cachorro, vizinhos barulhentos e tantas outras peculiaridades. Se antes as empresas mudavam a cor da sala, o layout das mesas, incluíam uma planta pra aproximar a equipe da natureza, agora os investimentos poderão ser maiores.
Se antes o filho ficava doente e mesmo assim os pais mandavam para a escola, ou deixavam com a avó, a babá ou com outra pessoa de confiança e monitoravam pelo escritório, agora (desde o início da pandemia) não é bem assim. Filho doente manha e quer o pai e a mãe. Quem sabia que o filho chorava na escola, na creche ou na casa da vó, sentia-se impotente e “com peso na consciência” muitas vezes, mas encarava a vida e seguia, afinal, “o que os olhos não veem o coração não sente”. Mas agora, o filho está chorando aqui na minha frente, está chamando mãe e eu estou ouvindo!
Para tudo e atende! É assim que é! E não poderia ser diferente. Mas e a produtividade do dia?! Fica pra noite, quando ele for dormir! E assim seguimos em frente, “trabalhando em casa” porque é melhor, é mais fácil.
“nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar”
A escolha pelo modelo de trabalho parece simples e individual, pelo menos é assim que está sendo anunciado. Mas até onde fica a conveniência da Empresa em permanecer com os seus profissionais em casa? O fato é que cuidar será necessário, motivar será fundamental e a criatividade será fator chave nos processos de gerenciamento.
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A hora do cafezinho não será mais motivo de parada, de bate papo de brainstorming. Teremos que pensar maneiras de integrar a equipe. Se antes os gestores de RH pensavam em Projetos de Integração de novos colaboradores, desenvolviam ações de pertencimento, de reconhecimento, de melhorias do clima organizacional, entre outros, agora o desafio parece bem maior. Talvez até seja necessário pensar em novas parcerias, em pessoas que estejam focadas nesse tema.
Se antes o funcionário saia do escritório com a cabeça cheia e corria para casa para desacelerar, pra onde ele vai correr no final do dia quando estiver de cabeça cheia e cansado? Não sabemos ainda! Alguém arriscaria?
O convite é ..
“Bora colocar a cabeça pra pensar em como fazer da casa uma bom local de trabalho?!
Marisol Germano Trindade
Relações Públicas e Especialista em Planejamento e Gestão Empresarial